Pessoas têm nome: estudantes autistas em seu percurso escolar na Educação Básica e Universidade
Estudante Autista; Inclusão Escolar; Subjetividade; Diagnóstico; Produções Subjetivas
Há aproximadamente 20 anos, o Brasil iniciou o processo de inclusão escolar que hoje deve se inscrever nas várias realidades das instituições de ensino brasileiras. A inclusão escolar é uma provocação a essas instituições ao trazer para dentro de seus espaços, pessoas anteriormente excluídas e suas singularidades. Entre estes, as pessoas autistas, cuja presença nas instituições educacionais concorre com o diagnóstico. O presente Projeto de Pesquisa tem como objetivo compreender as produções subjetivas geradas por estudantes autistas no seu processo de escolarização até a universidade a partir de suas vivências. O trabalho traz como base teórica a Teoria da Subjetividade de González Rey em diálogo com autores que abordam a temática do autismo, da inclusão do estudante autista e da escola/universidade inclusiva. Será utilizada a metodologia construtivointerpretativa que se baseia nos princípios da Epistemologia Qualitativa em que a produção de conhecimento é entendida de forma singular e dialógica entre pesquisador e participantes concebendo-os como sujeitos desse processo. Um diário de pesquisa acompanhará todo o processo que se caracteriza pelos seguintes procedimentos: observação participante; produções escritas; dinâmicas conversacionais e digitais A pesquisa será realizada com estudantes autistas que estão cursando o ensino médio e a graduação na Universidade de Brasília pois há o interesse em compreender como esses estudantes subjetivam as experiências do ensino médio e se organizam transição para a educação superior.