Dinâmica de éxciton no vale de heteroestruturas de van der Waals for
mada por Dicalcogenetos de Metais de Transição (DMTS-2H)
Palavras-chaves: Heteroestruturas de DMTs, éxciton, propriedades ópticas, vletrônica, spintrônica.
Resumo
Os dicalcogenetos de metais de transição (DMTs) bidimensionais (2D), com fórmula geral MX2 ,
onde M=W/Mo e X=S/Se/Te constituem uma plataforma ideal para a exploração e o controle de
propriedades físicas da matéria na nanoescala, abrindo novos horizontes para aplicações em
dispositivos eletrônicos e fotônicos. Esses materiais são encontrados na natureza na forma
volumétrica e, semelhante ao grafeno, podem ser sintetizados em camadas de espessura atômica,
possibilitando o acesso a fenômenos originário do confinamento quântico próprio de materiais em
baixa dimensionalidades. Monocamadas de DMTs possuem características semicondutora e
apresentam gap direto nos pontos não equivalentes K e K’ da zona de Brillouin. Devido ao
confinamento espacial e à blindagem dielétrica reduzida, esses materiais possuem forte interação
Coulombiana, de modo que o espectro de fotoluminescência é dominado por pares de elétrons e
buracos fortemente ligados (éxciton). Além disso, a assimetria de inversão temporal e o forte
acoplamento spin-órbita (ASO) possibilitam à excitação seletiva dos vales via luz circularmente
polarizada e, consequentemente, o acoplamento dos graus de liberdade do spin e do pseudo spin do
vale. Essas propriedades favorecem o controle da dinâmica de éxciton no vale da nano estrutura
(monocamada, bicamada e heterobicamadas) e deslumbrado novas perspectivas para aplicações na
valetrônica e spintrônica. Os estudos sobre essa subárea da matéria condensada, ainda carecem ser
aprofundados afim de superar alguns desafios que ainda persistem, como os curtos tempos de vida
dos éxciton e da coerência dos vales (da ordem de ps), gerados pela forte hibridização entre as
funções de onda de elétrons e buracos. No entanto, em estudos recentes têm-se observado a
possibilidade de formação de éxciton intercamada, tanto em bicamadas quanto em heteroestruturas,
herdando os graus de liberdade de spin e vale de éxciton intra camadas nas monocamadas de DMTs.
Essa nova espécie excitônica apresentam tempos de recombinação e de espalhamento intervales
(dezenas ns), muito maiores o que os tempos característicos dos éxciton intra camada. Enquanto as
monocamadas de DMTs já foram extensivamente estudadas, as heteroestruturas ainda são pouco
exploradas, conferindo, portanto, uma grande motivação para a nossa pesquisa. Nesse contexto,
propomos um modelo teórico capaz de descrever a dinâmica de éxciton nos vales de uma
heteroestrutura de van der Waals formada por WS2/MoS2. O nosso modelo nos permitiu aprofundar
o entendimento sobre os mecanismos de espalhamento de éxciton intercamda através do estudo das
propriedades de emissão, com o espectro de fotoluminescência (PL) e da polarização do vale (VP).