ConViver: grupos de convivência protetiva para crianças, adolescentes e suas famílias
desproteções relacionais; convivência; infância; intervenção, proteção social
A materialização de convivências protetivas de crianças, adolescentes e suas famílias acontece em uma construção social de diversos níveis macro e microssociais envolvendo o contexto sócio-histórico e os territórios de vivência das pessoas, as relações familiares e as ações institucionais e/ou estatais. A criação de espaços de convivência protetiva pode ser uma das formas de enfrentamento e de prevenção a inúmeras formas de desproteções no campo afetivo-relacional. Assim, um dos papéis da Política de Assistência Social é prevenir inseguranças de convívio com ações que contribuam para o fortalecimento de vínculos afetivos e sociais, no contexto familiar e comunitário e vínculos de cidadania com a garantia de segurança de acolhida. Esta pesquisa tem como objetivo geral desenvolver uma metodologia de intervenção grupal para a prevenção de vulnerabilidades relacionais e a promoção de convivências protetivas de crianças, adolescentes e suas famílias. Para tanto, tem como lócus unidades do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) do Distrito Federal e é desenvolvida em três etapas. A primeira consiste na identificação de vivências de proteção e desproteção relacional a partir da literatura, da visão de profissionais do SUAS e de famílias atendidas. A segunda e a terceira etapas referem-se ao desenvolvimento de uma intervenção com foco na convivência protetiva em duas modalidades: grupos on-line, com foco parental; e grupo presencial, com foco multifamiliar, com a participação de crianças, adolescentes e suas famílias. Delineamentos metodológicos qualitativos e participativos são propostos, com o uso de entrevistas e da pesquisa-intervenção. Os resultados alcançados ao longo do processo serão analisados conforme metodologia da análise temática. Espera-se que a compreensão de processos de desproteção relacional e o desenvolvimento de intervenções, com foco na convivência protetiva, sejam ferramentas para o trabalho social com famílias e para a prevenção de insegurança de convívio, bem como subsidiem as políticas sociais para a ampliação de ações de proteção no campo da convivência.