Banca de QUALIFICAÇÃO: AMOM RODRIGUES DE MORAIS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : AMOM RODRIGUES DE MORAIS
DATA : 30/01/2025
HORA: 10:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

Subjetividade Pós-moderna e a Clínica dos Estados-limite: da relação entre o problema da representação e a constituição psíquica


PALAVRAS-CHAVES:

Subjetividade; Pós-modernidade; Psicanálise; Metapsicologia; Estados-limite


PÁGINAS: 76
RESUMO:

O presento trabalho para fins de qualificação pretende compreender o estatuto da subjetividade na sociedade e cultura pós-modernas, em particular, no que se refere à expansão dos assim chamados estadoslimite, em um recorte temático cujo objeto é o problema da capacidade e função da representação psíquica associada às condições de simbolização e constituição dos limites do Eu e do psiquismo. Nosso intuito é demonstrar os impasses e possibilidades contidos nas relações entre as tendências culturais e a clínica contemporânea dos limites, mais precisamente, sua metapsicologia. Isto, ao insistir que essa nova lógica cultural da ordem vigente engendra novas formas de constituição subjetiva. A questão de fundo que interessa aqui, portanto, são as mutações pós-modernas das modalidades de subjetivação, em particular, nas suas expressões metapsicológicas e políticas. Tem sido cada vez mais consensual de que muitas manifestações clínicas como os distúrbios psicossomáticos, as adições, toxicomanias generalizadas como problema grave de saúde pública, certas depressões, desordens alimentares, o aumento dos diagnósticos de transtornos do humor e da personalidade entre tantas outras não podem mais ser encaixadas nas estruturas clássicas, tais como a neurose, a psicose e a perversão. Essas manifestações clínicas não são propriamente e completamente novas, porém o aumento da incidência e prevalência associado ao caráter grave que as acompanha legitima a necessidade de uma atenção maior. Tais casos têm sido incluídos na ampla categoria de estados-limite, patologias-limite, transtornos borderline, transtornos narcísicos-identitários. Trata-se de um estudo eminentemente teórico onde se realizou uma pesquisa bibliográfica. Até o momento o texto está estruturado em três capítulos. O primeiro, mais metodológico realiza uma revisão de literatura para apresentarmos uma espécie de estado da arte em que se encontra nosso tema de pesquisa. No segundo capítulo (Marx e Freud como sintomas da modernidade), iniciamos a primeira parte da tese: Fronteiras políticas da psicanálise. Nela realizamos uma contextualização epistemológica, traçamos os delineamentos teórico-metodológicos e o direcionamento ético-político. No terceiro capítulo, ainda fazendo parte da contextualização política da subjetividade moderna, procuramos apresentar Freud como um teórico da modernidade. Freud inova ao explicitar o negativo nos processos de modernização que ao invés de produzir sujeitos livres, autônomos e emancipados, faz aparecer o selvagem e o servo de forças pulsionais no coração do homem esclarecido kantiano. A modernidade na sua contradição sob a razão burguesa não cessaria de gerar elementos “primitivos” e, assim, estaria condenada à formação de uma subjetividade limitada e bloqueada.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DOMENICO UHNG HUR - UFG
Interna - 1734473 - DEISE MATOS DO AMPARO
Presidente - 1847556 - ELIANA RIGOTTO LAZZARINI
Interna - 1032047 - KATIA CRISTINA TAROUQUELLA RODRIGUES BRASIL
Notícia cadastrada em: 10/01/2025 08:08
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