AS TRAJETÓRIAS E AS VIVÊNCIAS DOS ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO: TECENDO DIÁLOGOS
discente; pós-graduação; vivência; educação superior; capitalismo; Brasil.
Inserida no contexto capitalista, a pós-graduação brasileira, revela contradições que, ao mesmo tempo em que promove a produção de conhecimento e a qualificação profissional, é profundamente marcada pela lógica da produtividade e competitividade. Essa dinâmica muitas vezes desconsidera os impactos sobre a vivência dos estudantes, ignorando efeitos adversos, como a intensificação do trabalho, a sobrecarga acadêmica, o isolamento social (individualismo) e a precarização das condições de vida dos estudantes. Na presente tese objetivou-se investigar e identificar a percepção dos estudantes de pós-graduação brasileiros sobre sua vivência e os espaços de participação acadêmica na pós-graduação, por meio da análise das interações em comunidades virtuais. A pesquisa fundamenta-se teoricamente na Psicologia Social e Psicologia Cultural. Metodologicamente, utiliza-se a netnografia, enquanto pesquisa documental, uma abordagem que possibilita acessar as percepções e vivências dos sujeitos por meio da análise de interações em contextos virtuais. Para tal, recorreu-se a um grupo de Facebook de estudantes brasileiros de pós-graduação. A presente tese foi construída e orientada por reflexões críticas sobre as condições estruturais da pós-graduação no Brasil e busca apontar possibilidades futuras de reorganização do modelo educacional, valorizando práticas mais inclusivas, colaborativas e voltadas ao bem-estar integral dos estudantes. Resultados e discussão. Nesse cenário, a vivência e a participação acadêmica na universidade dos estudantes de pósgraduação podem ser entendidas como temas centrais de análise, evidenciando a necessidade de uma crítica e a transformação do modelo vigente.