O Feminino e a Mulher na Psicanálise: Construções Históricas e Epistemológicas
psicanálise; feminino; mulher; feminismo; epistemologia
Os debates e teorias sobre o feminino e as mulheres estão presentes na
Psicanálise há mais de cem anos, sendo um dos temas mais controversos da área. Para
Freud, o feminino está associado à passividade e à submissão, além de estipular que o
caminho normal para a feminilidade seria o que leva à maternidade. Tais elaborações não
foram bem recebidas por todos, gerando grande rebuliço não apenas no meio psicanalítico,
como também em áreas como o Feminismo, a Filosofia e os Estudos de Gênero.
Atualmente, observamos inúmeras teorias sobre as mulheres e o feminino na Psicanálise,
passando por teóricos como Lacan, Winnicott, Butler e Irigaray. Porém, permanece
predominante o pensamento psicanalítico freudolacaniano sobre o tema, que é criticado por
trazer uma visão falocentrica da mulher. Dessa maneira, vemos também um crescimento de
teorias que buscam integralizar os conhecimentos da Psicanálise com outras disciplinas,
como os Estudos de Gênero, procurando perspectivas que abarquem as mulheres
contemporâneas e seus vários desdobramentos. Assim, o objetivo desta dissertação é
analisar os contextos históricos que influenciaram e influenciam o pensamento psicanalítico
sobre o feminino e as mulheres, além de discutir como as teorias atuais sobre o tema estão
sendo desenvolvidas. Por fim, buscamos relatar e criticar o próprio debate acerca do
feminino em Psicanálise, em especial a questão da lógica fálica.