Família subversiva: Família monoparental masculina
paternidade, monoparentalidade, adoção, cuidado, gênero
O objetivo deste trabalho está em identificar aspectos relativos a configurações individuais discursivas que expressam para os sujeitos a experiência de cuidado, paternidade numa perspectiva de gênero. A partir destas configurações desenvolvem-se indicadores que revelam aspectos do cuidado paternal nesta dimensão individual que se constitui a partir de práticas e modelos de compreensão social e histórica daquilo que seja família, paternidade, papéis e cuidado. Neste sentido tem-se como base teórica-pedagógica discursiva Paulo Freire, Edgar Morin e Fernando Rey que reconhecem a importância da subjetividade como elemento estruturante na produção científica e pedagógica. Sendo assim propõem-se uma revisão epistemológica para as ciências humanas no que se refere ao paradigma cartesiano rumo a um paradigma sócio-histórico complexo. Outrossim parte-se da compreensão de que a subjetividade se constitui por meio processual e vivencial cotidiano. Para compreensão da monoparentalidade solo adotiva e a dimensão do cuidado tem-se como base de análise a performatividade e a heteronormatividade apontadas por Judith Butler assim como a análise sociológica de campo e habitus e violência simbólica de Pierre Bourdieu. A pesquisa se baseia em uma análise qualitativa utilizando a análise de conteúdo de Bardin. Foram realizadas entrevistas semiestruturado e questionário sociodemográfico.