Ser humano não é dado: o sujeito entre a alienação e a insubmissão
Tecnologia; sujeito; inteligência artificial; capitalismo; subversão
Este trabalho investiga a interface entre a psicanálise e as tecnologias digitais contemporâneas, com foco em como estas influenciam a subjetividade na era digital. A partir da metáfora freudiana do aparelho psíquico e das reflexões lacanianas sobre o sujeito do inconsciente, o estudo analisa tecnologias como smartphones e inteligência artificial e a forma que elas sustentam noções tradicionais de sujeito e identidade, oriundas principalmente do pensamento moderno. Com contribuição de teóricos da filosofia, sociologia e da psicanálise, evidenciamos a influência do discurso capitalista na produção de subjetividades alienadas e como as metáforas da tecnologia digital inteligente favorecem a dominação do campo do sujeito. A pesquisa busca ressaltar a subversão do sujeito moderno operada pela psicanálise e reintroduzir sua importância na era digital. Aqui, a psicanálise emerge como um espaço potencial de resistência, promovendo a construção de um sujeito paradoxalmente insubmisso. Os resultados apontam para a necessidade de uma nova compreensão da subjetividade, capaz de lidar com as complexidades da sociedade contemporânea e de oferecer ferramentas para a construção de uma existência mais autêntica e livre. Desta forma, este trabalho contribui para a discussão acerca das tecnologias digitais, além de demonstrar a atualidade das teorias de Freud e Lacan para compreender a querela do sujeito em suas implicações éticas e sociais na era digital.