Aula em 5 movimentos: A geometria na perspectiva do Ensino Exploratório
Ensino Exploratório. Tarefas Matemáticas. Cinco Práticas. Geometria. Metodologia.
Este trabalho investiga o Ensino Exploratório como abordagem pedagógica para o ensino de Matemática, buscando compreender de que maneira a implementação das cinco práticas propostas por Stein et al. (2008) — antecipar, monitorar, selecionar, sequenciar e conectar — pode contribuir para o desenvolvimento do raciocínio matemático de estudantes, nesee caso, do Ensino Médio. A proposta dialoga com as orientações da BNCC e do Currículo em Movimento do Distrito Federal, enfatizando a importância de promover atividades que favoreçam investigação e argumentação matemática. A pesquisa tem natureza qualitativa e foi desenvolvida em uma escola pública do Distrito Federal, envolvendo a elaboração e aplicação de duas tarefas: “Octa o quê?”, para introdu- ção do octaedro, e “Instagramável Questão”, proposta central desta dissertação abordando a estimativa da área de um balão (octaedro) a partir de sua montagem e planificação, em um contexto de festa junina. Os dados foram obtidos por meio de registros escritos, gravações em áudio e produções dos estudantes e anotações do professor-pesquisador. O referencial teórico apresenta os elementos centrais do Ensino Exploratório, estabele- cendo distinções entre atividade, tarefa, exercícios e problemas (PONTE, 2014), além de discutir os desafios da orquestração docente no processo de construção coletiva do conhe- cimento. Para ilustrar a dinâmica da aula exploratória, adota-se a metáfora da “aula como uma sinfonia”, em que cada movimento corresponde a uma das cinco práticas, ressaltando a complexidade e intencionalidade desse tipo de condução. As análises realizadas indicam que a adoção de tarefas na perspectiva do Ensino Explo- ratório favoreceu a mobilização de estratégias variadas, a argumentação e a construção coletiva do conhecimento. Os registros evidenciaram a participação ativa dos estudantes e a importância da mediação docente, especialmente durante a fase de monitoramento, em que o professor circula pelos grupos, observa as estratégias adotadas e propõe pergun- tas que instigam o raciocínio e aprofundam a investigação. Esses resultados reforçam o potencial dessa abordagem para promover aprendizagens em Matemática.