Análise Espaço-Temporal da Ocupação Urbana do Distrito Federal e do Potencial de Identificação de Feições do Terreno por meio de Novas Tecnologias de Sensoriamento Remoto
urbanização, padrões espaciais, área urbana, vegetação, sensoriamento remoto, classificação.
As mudanças no uso da terra afetam os ecossistemas, gerando impactos desde o nível local até o global. Essas mudanças ocorrem tanto pela expansão urbana quanto rural. Nos últimos anos, a magnitude desses impactos tornou-se cada vez mais evidentes. O padrão de ocupação do Distrito Federal (DF) caracteriza-se por apresentar uma grande extensão de áreas urbanas consolidadas e em expansão, principalmente a partir do início da década de 1990. Muitas dessas áreas em expansão são irregulares, notadamente, invasões de áreas públicas e parcelamento para fins urbanos de áreas originalmente destinadas para ocupação rural. Essa ocupação desordenada têm causado diversos impactos ambientais negativos. O objetivo desta tese é analisar o padrão histórico das ocupações urbanas no DF a partir de dados de sensoriamento remoto, identificando padrões, vetores, impactos e tendências. Complementarmente, foi analisada uma nova tecnologia de sensoriamento remoto orbital para identificar e monitorar áreas de vegetação nativa e áreas rurais do DF. Esta tese é composta por dois capítulos organizados na forma de artigo, com introdução, metodologia, resultados, discussões e conclusões próprios para serem submetidos em periódicos científicos de maneira individualizada. O primeiro capítulo apresenta a evolução espacial da mancha urbana do DF nos últimos sessenta anos, seus principais vetores, padrões e impactos na paisagem. O segundo capítulo apresenta uma análise do potencial de identificação de diferentes coberturas vegetais no bioma Cerrado a partir de dados obtidos por uma constelação de nanosatélites de alta resolução espacial (mosaicos do satélite PlanetScope - PS), tendo, como estudo de caso, o DF. Dessa forma, o primeiro capítulo tem foco maior na área urbana e o segundo capítulo, na área rural e na vegetação nativa do DF. Os resultados do primeiro capítulo mostraram que o DF ainda está em plena expansão urbana, não havendo sinais de desaceleração. Os principais fatores que direcionam a forma da mancha urbana e limitam seu crescimento, são os ambientais, seguidos dos topográficos e depois, dos normativos, demonstrando que as métricas de paisagem são um método eficiente de analisar a evolução urbana. Já o segundo artigo demonstrou que os mosaicos mensais do PS são eficientes para identificar diferentes tipos de uso e cobertura de terras. Além disso, são capazes de identificar as mudanças sazonais da cobertura do solo decorrentes das atividades agrícolas.