A ocupação territorial da Amazônia Legal é anterior à chegada dos portugueses, e, desde então, o Estado brasileiro tenta regulamentar o uso e domínio das terras, onde o processo de transformação dos marcos regulatórios priorizava a regulamentação da posse e depois o domínio e o direito de propriedade. Entretanto, atualmente, ainda se discute não haver exatidão nos números de terras públicas não destinadas na região, o que dificulta a complexa construção de estratégias para o combate ao desmatamento e a conservação da sociobiodversidade da região. Assim, a presente pesquisa pretende: Definir os principais conceitos que precisam ser uniformizados nas esferas do poder público e identificar a atual situação fundiária das terras públicas não destinadas na Amazônia Legal; Analisar a padronização das informações fundiárias literais e geoespaciais dos bancos de dados oficiais, a partir das sobreposições existentes; Avaliar a dinâmica do desmatamento (2008/2018 e 2019/2022) em terras públicas não destinadas e seus efeitos, como sobrecadastramento de terras, ineficácia de leis e normas, e sua relação com a boa governança de terras. Palavras-chave: Amazônia Legal, Regularização e Governança Fundiária, Segurança Jurídica, Grilagem de Terras, Políticas Públicas.