Banca de DEFESA: Railson Borges Lima

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Railson Borges Lima
DATA : 25/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: FUP
TÍTULO:

EDUCAÇÃO DO CAMPO, AGROECOLOGIA E O MODO DE VIDA CAMPONÊS: UMA ANÁLISE SOBRE AS PRÁTICAS DE ATUAÇÃO DOS EGRESSOS DA LEDOC/UFPI/CPCE


PALAVRAS-CHAVES:

Educação do Campo, egressos, práxis, agroecologia, territorialização, modo de vida camponês


PÁGINAS: 129
RESUMO:

O objetivo do presente trabalho é analisar as contribuições da práxis dos egressos do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, para territorialização da agroecologia e fortalecimento do modo de vida camponês na mesorregião de Bom Jesus, sul do Piauí. A partir de diferentes painéis de investigação, entendemos que a agroecologia se constitui como ciência, prática e movimento, podendo ser incorporada a diferentes contextos desde a prática à academia. Focamos nosso olhar em como se dão os reflexos da territorialização camponesa a partir da agroecologia e da Educação do Campo através da práxis dos egressos. Para tanto, a partir da compreensão dessa, alinhada à Educação do Campo e à agroecologia, apoiamo-nos na teoria do conhecimento edificada pelo pensamento marxista, ao trabalharmos as categorias do Materialismo Histórico-dialético, tais como: territorialidade, materialidade, dialética e contradição. A fundamentação teórica da pesquisa foi dividida em quatro partes: 1 - introdução apresentada por meio de um memorial que descreve o meu lugar de fala e o interesse pelo tema, o contexto da pesquisa, a justificativa e a metodologia; 2 - caracterização dos conceitos de território, de campesinato e da questão agrária, a partir do olhar sobre o cerrado piauiense; 3 - discussão do projeto Matopiba e de seu impacto socioambiental, evidências dos conflitos, dos impactos e dos desafios impostos pelo agronegócio à reprodução do modo de vida camponês, com ênfase no papel dos movimentos, dos sindicatos, das redes e das organizações no enfrentamento e na resistência às violações dos direitos dos povos do campo no Sul do Piauí; 4 - diálogo sobre agroecologia e Educação do Campo, historicizando sua construção e expansão como política pública ao associá-las às práticas políticas contra-hegemônicas. E, de maneira mais específica, mostramos como a agroecologia faz-se presente na práxis dos egressos do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFPI/CPCE. De forma metodológica, a pesquisa apresenta-se como sendo de cunho qualitativo e participativo, com base no uso de procedimentos, tais como: pesquisa de campo com entrevistas semiestruturadas e rodas de conversa. A análise dos dados foi baseada no uso de descrição densa da realidade, a partir de análise comparativa (triangulação de dados após entrevistas) entre os saberes da Educação do Campo e as práticas agroecológicas desenvolvidas pelos egressos, de acordo com o método descritivo/interpretativo. Esse método foi adotado como forma de desvelar as vozes e as experiências dos sujeitos, no plano democrático. O corpus da pesquisa inclui, como corte temporal, os anos de 2014 a 2021. Após análises desse interstício, constatamos que a contribuição da práxis dos egressos para a territorialização camponesa através da agroecologia e do fortalecimento do modo de vida camponês na mesorregião de Bom Jesus, torna-se perceptível graças à reconfiguração da matriz formativa do curso que, a partir do segundo semestre de 2017, passou a conceber elementos da arte e da agroecologia como princípios formativos alicerçados na epistemologia da práxis. De forma transversal e dialógica, esses elementos incorporam a unicidade entre teoria e prática, o que potencializa a auto-organização dos estudantes e possibilita maior aproximação das comunidades camponesas e da construção de um novo perfil extensionista dos estudantes, os quais, de acordo com depoimentos de egressos entrevistados, garantiram a continuidade do vínculo com o seu curso universitário e com as comunidades camponesas da mesorregião de Bom Jesus, mesmo após terem concluído sua graduação. Contudo, o desafio colocado pela pesquisa refere-se a pensar formas de incidir e executar políticas públicas que possam garantir a formação continuada de egressos que atuem nas escolas de educação básica, de forma que possam sensibilizarem-se com a possibilidade de promover, cada vez mais, atividades e projetos que motivem a transformação da forma escolar atual por meio da agroecologia. Para tanto, é imprescindível que tenhamos um currículo integrado à concepção formativa da Educação do Campo, que possa dialogar com seus princípios e com suas matrizes formativas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - KELCI ANNE PEREIRA - UFPI
Interno - 1643541 - LUIS ANTONIO PASQUETTI
Presidente - 2322876 - MONICA CASTAGNA MOLINA
Interna - 1118845 - REGINA COELLY FERNANDES SARAIVA
Notícia cadastrada em: 22/09/2023 08:22
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