MICROORGANISMOS POTENCIAIS NO CRESCIMENTO DE MUDAS FLORESTAIS
Bioestimuladores efetivos, produção florestal, multifuncionalidade.
A busca pelo incremento na capacidade produtiva é uma realidade no setor florestal, assim como na
etapa de produção de mudas. A adoção de bioestimuladores recebe destaque e reflete como uma
alternativa eficaz e de baixo custo, com efeitos notórios nos caracteres de crescimento das plantas.
Durante a etapa em viveiro, as mudas possuem elevada exigência por nutrientes minerais, em
contrariedade, os solos do Cerrado geralmente são ácidos e de baixa fertilidade natural, o que exige o
uso de fertilizantes e consequente aumento no custo de produção. Para tanto, a partir da capacidade de
promoção de crescimento, os microorganismos podem atenuar tais problemáticas, via efeitos múltiplos,
orientados pela secreção de compostos orgânicos, indução hormonal e até a solubilização de nutrientes
no solo. Os objetivos de ambos os capítulos são correlacionados a conexão entre mudas florestais
(Khaya senegalensis (exótica) e Schizolobium parahyba var. parahyba (nativa)) e microorganismos
promotores de crescimento (fungo (Trichoderma harzianum) e bactérias (Bradyrhizobium elkanni + B.
diazoefficiens)), tanto de forma isolada (inoculação de apenas uma cepa), quanto em conjunto (co-
inoculação). Sob as condições de avaliação, o comportamento de ambos os microorganismos foi
benéfico via incrementos nas variáveis de altura, sistema radicular e diâmetro do caule. A inserção da
caracterização do contexto químico do solo (fertilidade), abre espaço para futuras pesquisas e valida o
termo: “tripé da produção”, correlacionado as mudas florestais, solo e microorganismos, através de
benefícios mútuos e dinâmicos, a fim de gerar maior atenção em torno da conservação e manutenção
da qualidade e saúde dos solos, interligado às mudas vigorosas sob efeitos bioestimuladores capazes
de minimizar os custos de produção, orientados pela menor dependência de fertilizantes (recursos
naturais finitos).