ATRIBUTOS DO COMBUSTÍVEL FLORESTAL E RISCO DE INCÊNDIO EM CERRADO, COM E SEM DISTÚRBIO POR FOGO, E PLANTIO DE EUCALIPTO
fogo, incêndios, serapilheira, cerrado, eucalipto
Os incêndios são fenômenos que resultam em danos econômicos mundiais. Assim, o conhecimento do comportamento em diferentes ambientes, pode contribuir no combate e controle e uso. Sendo um fenômeno natural, o fogo, é essencial para o desenvolvimento de algumas espécies, auxilia na renovação da paisagem nos ecossistemas e é um fenômeno que modela florestas. No entanto, a cada ano, devastam grandes extensões territoriais, causando incontáveis perdas e prejuízos imensuráveis. Assim, definir metodologias de uso como estratégias de minimização de danos, podem ser úteis nas ações de controle do fogo. O entendimento da atuação do fogo no Cerrado, otimiza ações de combate a incêndios em determinados ambientes que possuem carência de metodologias ou insuficiência de recursos para as operações. No estudo do fogo sabe-se que algumas variáveis influenciam a proporção e o tipo de incêndio, entretanto é necessário compreender as alterações sofridas pelo ambiente, clima, tipo de combustível existente no local. No Brasil, a ocorrência de incêndios está fortemente associada a quantidade de material combustível disponível, especialmente no período de seca. Dessa maneira, o objetivo principal desse estudo é avaliar as mudanças no cerrado sentido restrito, com e sem registro de fogo, e florestal (eucalipto), visando compreender os impactos no risco de incêndio florestal. O estudo foi desenvolvido na Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília, em três áreas de cerrado, com delimitação de cinco parcelas em cada área de estudo, sendo área 1 com registro de queima anual, área 2 com registro de fogo há 11 anos e área 3 sem registro de fogo aproximadamente 30 anos; e plantio florestal com eucalipto divididos em dez parcelas. Nas áreas de cerrado foi realizado inventário florestal para caracterízação fitossociológica, estrutural e diversidade florística. Foram coletadas serapilheira nos quatro ambientes de estudo para caracterização, quantificação e classificação diamétrica da biomassa existente. Coletou-se amostras de solo, nas quinze parcelas, em três pontos diagonais, em cinco perfis de solo (0 - 25cm, 25 – 50cm, 50 – 75cm, 75 – 100cm) , para avaliação dos componentes nutricionais edáficos das áreas. Inicialmente o trabalho foi dividido em 3 capítulos, tendo como terceiro capítulo a análise imediata da biomassa coletada, moída e analisada no laboratório de secagem. Esperando resultados para contribuir para o entendimento das características do combustível florestal (constituição, distribuição e comportamento) presente em áreas de cerrado, com e sem distúrbio por fogo, e também em plantio de eucalipto; entender a contribuição de folhas, galhos e gramíneas invasoras na carga total de biomassa superficial, bem como as prováveis modificações desses componentes, após a ocorrência de fogo, no estoque de carbono e nas emissões de gases de efeito estufa; entender como a mudança de uso do solo (savana para floresta) afeta o risco de incêndios florestais; e embasar os gestores de unidades de conservação, com base na carga e distribuição de combustível florestal, para a prevenção e combate em áreas de riscos de fogo.