DIFERENCIAÇÃO, MATURAÇÃO E REGENERAÇÃO DE PALMA DE ÓLEO (Elaeis spp.) A PARTIR DE AGREGADOS CELULARES CULTIVADOS EM MEIO LÍQUIDO
Arecaceae; competência embriogênica; embriões somáticos; sacarose; Polietilenoglicol; germinação
A palma de óleo ou dendezeiro (Elaeis spp.) é a oleaginosa que possui a maior produtividade conhecida em óleo vegetal. Programas de incentivo à produção são demandas crescentes ao programa de melhoramento genético da cultura e produção de mudas de qualidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade embriogênica de agregados celulares de palma de óleo, cultivados em meio líquido, em diferenciar embriões somáticos (ESs), maturar e regenerar plantas. Para tanto, agregados celulares do híbrido interespecífico B35-1733, induzidos a partir de folhas imaturas de planta adulta e mantidos por seis anos em meio líquido, sob agitação, foram cultivados em meio de cultura semissólido de diferenciação. Uma vez diferenciados, a maturação foi realizada pela transferência dos ESs em estádio de desenvolvimento similar ao torpedo, dispostos em clusters, para meios de maturação, com diferentes composições de Polietilenoglicol (PEG) e sacarose, sendo avaliados quanto ao acúmulo de proteínas totais e análises histoquímicas. Por fim, os ESs foram transferidos para meio de regeneração, onde foram avaliados quanto à germinação. De maneira geral verificou-se que os cultivos embriogênicos em suspensão foram capazes de diferenciar ESs e que os tratamentos de maturação formados unicamente com sacarose proporcionaram os melhores resultados para a maturação dos ESs. As análises bioquímicas e histoquímicas confirmaram o aumento do acúmulo de proteínas solúveis totais nos ESs com o aumento das concentrações de PEG e sacarose no meio de cultivo. A germinação dos ESs em plantas ocorreu de maneira mais eficiente naqueles que foram maturados em meio suplementado com sacarose, enquanto os oriundos de tratamentos de maturação com PEG apresentaram sinais característicos de escurecimento e hiperhidricidade. Conclusivamente, o trabalho sugere um protocolo para que agregados celulares de palma de óleo, uma vez estabelecidos e mantidos em meio líquido, possam ser diferenciados em ESs e originarem plantas clonais.