Esta pesquisa visa contribuir a pensar o conceito de emancipação humana em sua conexão com os direitos humanos e suas perspectivas para uma vida em liberdade. É uma investigação de caráter reflexivo especulativo com o qual pretendo averiguar a potencialidade desses conceitos para a compreensão e análise da dinâmica dessa relação teórica, principalmente, nos estudos que enfatizam uma concepção crítica a partir da teoria inicialmente defendida pelo filósofo e jurista espanhol Joaquin Herrera Flores e outros autores que se somaram às suas reflexões e realizar uma interlocução com a crítica marxista sobre as determinações histórico-sociais que favorecem as mudanças que protagonizam a emancipação humana, ou a limitam. Para isso, essa pesquisa concentra-se em analisar o debate que problematiza o horizonte da emancipação humana em conexão com a luta pelos direitos humanos e suas contradições, quando percebe-se que em todo o mundo os direitos são afirmados e negados de acordo com interesses econômicos, sociais e culturais. De acordo com o pensamento marxiano, a emancipação humana significa a ausência de qualquer forma de dominação. A partir dessa perspectiva é que este estudo se propõe à reflexão sobre se os direitos humanos ecoados em discursos de movimentos sociais emancipatórios possuem potencial emancipador ou podem se perder nos formalismos jurídicos e estatais. Com a preocupação, por óbvio, de não cair na mera elucubração ou trilhar caminhos já muito percorridos, esta pesquisa tem o desafio de avançar na compreensão desse tema e dos conceitos que lhes são pertinentes para, sob análise do método histórico-dialético, contribuir para o alcance da atualidade e relevância dos direitos humanos e da sua possibilidade para a promoção efetiva de um projeto emancipador.