Banca de DEFESA: Waleriano Ferreira de Freitas

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Waleriano Ferreira de Freitas
DATA : 02/12/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Remoto - Microsoft Teams
TÍTULO:

Epidemiologia e manejo dos pacientes com criptococose no Distrito Federal, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Criptococose; meningite; AIDS.


PÁGINAS: 119
RESUMO:

Introdução: A criptococose e uma doença infecciosa causada por fungos do gênero Cryptococcus reconhecida como importante ameaça a saúde das pessoas portadoras de deficiência da imunidade celular, com quadros potencialmente fatais de meningite em pacientes com AIDS, sendo nesta população, a terceira doença infecciosa oportunista mais prevalente. A América Latina e a terceira região global com mais casos e mortes por criptococose, com uma letalidade intra-hospitalar variando de 30 a 60%. No Brasil, a criptococose e a principal micose sistêmica e oportunista associada a mortes em pacientes com AIDS. Esta levedura e adquirida via inalatória, podendo causar infecção em animais e humanos, com capacidade de infectar todos os órgãos do corpo, desde a pele, pulmões e SNC. O acometimento neurológico requer reconhecimento precoce e manejo especializado principalmente diante da hipertensão intracraniana. A terapia antifúngica direcionada ao patógeno e realizada com anfotericina B, 5-flucitosina ou fluconazol habitualmente. Medicações como corticoides, acetazolamida ou manitol não são adequados para o manejo da hipertensão intracraniana e esta deve ser controlada com drenagem de louro seja por punção lombar ou derivações liquóricas. Métodos: Estudo observacional, analítico, descritivo e retrospectivo do tipo coorte histórica, com objetivo principal de conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes com criptococose do Distrito Federal e os determinantes da letalidade na capital federal de 2014 a 2019. Foram utilizados dados secundários extraídos de prontuários de pacientes com criptococose neste período. Os critérios de inclusão estabeleciam pacientes da rede pública de saúde do Distrito Federal do Brasil com qualquer amostra positiva para fungos do gênero Cryptococcus. O rastreio dos pacientes foi realizado através de dados obtidos do Laboratório Central de Brasília ou do laboratório do Hospital da Universidade de Brasília. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas e clínicas. Resultados: Foram avaliados 100 pacientes, com um média de idade de 40,1 +/- 17 anos com a maioria dos pacientes entre 19 e 60 anos. O sexo masculino representou 70% dos pacientes e o Cryptococcus neoformans foi a espécie mais prevalente. Já o SNC foi acometido em 89% dos casos e a coinfecção com HIV identificada em 66% dos pacientes do estudo, com marcada imunossupressão como mostra a mediana CD4 de 49 células/mm3. O diagnóstico de hipertensão intracraniana ocorreu em 41% dos participantes com mediana da pressão de abertura de 33,5 cm H2O, porém a pressão de abertura não foi avaliada em 44% dos pacientes. A letalidade em 2 e 10 semanas foi de 26,9% e 38,7% respectivamente. Conclusão: A criptococose representa um grande desafio para a saúde pública visto os custos no manejo, o acometimento prioritário de pessoas em idade produtiva, lapso de conhecimento dos profissionais quanto ao diagnóstico e tratamento da criptococose e suas complicações.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2901079 - ANDRE MORAES NICOLA
Interno - 2279074 - GUSTAVO ADOLFO SIERRA ROMERO
Externa à Instituição - MARCELA DE FARIA FERREIRA
Externo à Instituição - ERNANE PIRES MACIEL
Notícia cadastrada em: 16/11/2022 10:38
SIGAA | Secretaria de Tecnologia da Informação - STI - (61) 3107-0102 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - app30_Prod.sigaa24