Pedagogia do Esperançar: concepções de direitos humanos e práticas metodológicas de educação em direitos humanos a partir da práxis da Pós-graduação lato sensu em Direitos Humanos Esperança Garcia
Educação em Direitos Humanos, Educação Superior, Direitos Humanos, Interseccionalidade, Decolonialidade.
A educação em direitos humanos nasce no marco modernidade/colonialidade com as declarações de direitos e, no Brasil, é reconhecida pela Constituição, ganhando status de política pública, em 2003. Apesar das conquistas normativas, a revisão da literatura aponta dois desafios na sua implementação: epistemológico e metodológico. A tese objetiva identificar como a prática do projeto político-pedagógico do Curso de Pós-graduação lato sensu em Direitos Humanos Esperança Garcia lida com esses desafios - o que se ensina como direitos humanos e como se ensina. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e realizar-se-á uma pesquisa documental e uma pesquisa empírica, utilizando como metodologia a escrevivência. A primeira, nas bases de dados (scielo, periódicos capes e banco de dissertações e teses, entre 2015 e 2000). A segunda, no Projeto Político-Pedagógico do Curso (ementas, bibliografias) e nas avaliações. E a terceira, a partir das memórias do vivido refletido e politizado pela autora. O marco teórico utilizado são as categorias de decolonialidade e interseccionalidade (COLLINS, 2018), autonomia (FREIRE, 2006), autorrecuperação/amorosidade (HOOKS, 2013) . No capítulo 1, discutiremos sobre o conceito de direitos humanos - qual a compreensão de direito dos direitos humanos e quem são os humanos dos direitos humanos a partir da decolonialidade e da interseccionalidade. No capítulo 2, analisaremos as ideias de educação, identificando a politicidade, a dialogicidade e a amorosidade. No capítulo 3, investigaremos concepções de direitos humanos e práticas metodológicas a partir da práxis da Especialização em Direitos Humanos Esperança Garcia.