O médico graduado na Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília tem seu perfil orientado para a formação do médico generalista, crítico e reflexivo, com responsabilidade social, compromisso com a cidadania, na perspectiva da integralidade da assistência como promotor da saúde integral do ser humano com competências e habilidades para promover a saúde, prevenir, diagnosticar e tratar as doenças que mais acometem a população e reabilitar o paciente. Domínio de habilidades técnicas efetivas para o gerenciamento dos problemas de saúde dos pacientes, atendimento de urgências e emergências; evidência de comportamento ético e humanístico; desenvolvimento da prática médica baseada em evidências; capacidade de atuar em equipe multiprofissional para a melhoria de saúde da população; raciocínio clínico e capacidade para transferir conhecimentos teóricos para a prática médica, na interpretação dos dados, na identificação da natureza e na resolução dos problemas; otimização dos recursos propedêuticos, valorizando o método clínico em todos os seus aspectos; capacidade contínua durante toda a vida como profissional, de autoria do próprio desempenho e de comunicação com a comunidade científica.
De acordo com os princípios delineados neste projeto pedagógico e considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais de 2014, atualizadas pela Resolução CNE/CES 03/2022 espera-se que o médico formado pela FM demonstre uma gama de atributos essenciais ao exercício profissional, que abrangem:
• Visão humanística e altruísta: Este atributo engloba não apenas valores e atitudes, mas também traços de caráter que permeiam o respeito humano, a integridade, a compaixão, o senso ético e um compromisso sólido com a profissão e a sociedade.
• Senso de responsabilidade: O médico deve possuir uma orientação clara para a promoção, proteção e recuperação da saúde, além da prevenção de doenças. Isso envolve compreender os diversos fatores que impactam as condições de saúde, trabalhar efetivamente em equipe e buscar continuamente novas informações, utilizando as tecnologias da informação e comunicação disponíveis para autorregular sua aprendizagem.
• Conhecimento e aplicação: É fundamental que o médico tenha um entendimento sólido das diversas bases científicas da Medicina e saiba aplicálas na prática profissional, seja em relação a indivíduos, famílias, grupos sociais ou problemas de saúde específicos. Além disso, deve estar engajado em um processo contínuo de aprendizagem.
• Domínio de habilidades profissionais: O médico deve possuir habilidades de comunicação eficazes, ser capaz de realizar um exame clínico completo, realizar procedimentos técnicos, interpretar exames diagnósticos, aplicar raciocínio crítico e tomar decisões adequadas no manejo de condições prevalentes, bem como em situações de urgência e emergência.
• Engajamento profissional: Espera-se que os médicos formados pela FM alcancem sucesso em programas de residência médica, contribuam para atividades relevantes de ensino e pesquisa em centros de excelência, obtenham aprovação em concursos públicos em diversos setores governamentais, assumam cargos de gestão na SES-DF e nos Ministérios da Educação e da Saúde, participem ativamente da formulação de políticas públicas de saúde, tenham sucesso na prática médica em outros países com rigorosos sistemas de revalidação de diplomas, se destaquem como profissionais competentes na rede de atenção à saúde, optem por carreiras acadêmicas, e possam até mesmo retornar como docentes na FM ou lecionar em outras instituições de ensino superior no Brasil e no exterior.
As dimensões cognitivas e psicomotoras envolvidas no processo de ensino-aprendizagem são avaliadas por meio de provas escritas de múltipla escolha, questões descritivas, discussões de casos clínicos, provas com simulações clínicas por meio da utilização de computadores e provas práticas.
Algumas disciplinas utilizam sistemas de avaliação com monografias, relatórios em grupo ou individuais.
As atividades de ambulatórios, enfermarias e plantões na emergência são supervisionados e cotidianamente avaliados, destacando-se nesse ponto além das dimensões cognitivas e psicomotora, a afetiva, por meio da observação direta da relação médico-paciente, da capacidade e precisão do raciocínio clínico, das habilidades psicomotoras e afetivas (comunicacionais), capacidades de iniciativa, de trabalho em equipe, bem como o relacionamento com colegas e professores.
A UnB instituiu, em 2013, a Comissão Própria de Avaliação (CPA), responsável por coordenar os processos de avaliação interna, pela Resolução CONSUNI nº 31/2013. A Comissão criou o Programa Avalia UnB com o objetivo de se aproximar das unidades acadêmicas e apresentar suas ações. Em visitas agendadas, a CPA apresenta o Relatório de Autoavaliação Institucional, os resultados dos processos de avaliações interna e externa e os resultados do acompanhamento dos egressos. Estes documentos são disponibilizados para subsidiar as tomadas de decisão pelos Colegiados e Comissões da FM. Complementarmente a avaliação própria utilizada desde 2016 pela FM auxilia no acompanhamento do curso e na adoção das medidas necessárias para o aprimoramento constante dos processos de ensino/aprendizagem.
Externamente, o curso de medicina é avaliado por diferentes instrumentos, a saber: o Exame Nacional do Desempenho de Estudantes (ENADE); parte do Conceito Preliminar do Curso (CPC); e, desde o ano de 2013, a FM aplica o Teste de Progresso (TP), fruto do trabalho de um consórcio de Escolas de Medicina da Região Centro-Oeste, com apoio da Associação Brasileira de Ensino Médico (ABEM).
Os resultados dessas avaliações globais são apresentados e discutidos em diversos âmbitos da FM: na Comissão Permanente do Internato, no Núcleo Docente Estruturante, no Colegiado de Ensino de Graduação e na Câmara de Representantes.
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