Projeto Pedagógico do Curso

A situação ambiental no Brasil, incluindo o manejo e conservação de recursos naturais e
aumento da sustentabilidade sócioambiental dos sistemas de produção, é hoje parte central da
agenda política nacional e internacional. Interações de processos ecológicos e sociais em
diferentes escalas espaciais e temporais implicam maior complexidade e necessidade do domínio
de novas ferramentas de análise e gestão que não são oferecidas pelos cursos disciplinares
tradicionais. O Bacharel em Ciências Ambientais tem uma formação generalista em diversos
campos das Ciências Ambientais, sendo-lhe oportunizada a formação mais aprofundada em pelo
menos uma das quatro cadeias de seletividade propostas, com o objetivo de instrumentalizá-lo
para atuar na área com a proposição de abordagens criativas para a solução de problemas
ambientais. Desta forma, o egresso do Curso de Bacharelado em Ciências Ambientais é:
o um profissional com entendimento do funcionamento natural de sistemas ecológicos,
considerando as interações com sistemas humanos.
o um profissional com entendimento do nível de complexidade associado ao funcionamento
de sistemas ecológicos e apto a pensar criativamente sobre esses processos e a trabalhar
problemas ambientais multidisciplinares.
o um profissional que, independentemente da cadeia de seletividade para a qual tenha optado,
apresente condições reais de desenvolver atividades em todos os eixos das ciências
ambientais, incluindo aspectos sociais, econômicos, de biodiversidade e de geodiversidade.
o um profissional que enfatize o pensamento e a aprendizagem, com capacidade de análise
integrada das questões ambientais, para além das abordagens lineares e fragmentadas.
As opções de carreira incluem planejamento, gestão e regulação ambiental no setor
privado e público e organizações não-governamentais, mediação e resolução de conflitos
ambientais, além de consultorias. O grande número de segmentos profissionais que pode
potencialmente contratar cientistas ambientais mostra que se trata de um mercado de trabalho
aberto e em constante transformação. Outro aspecto relevante é o fato de as projeções indicarem
que se trata de um mercado de trabalho em expansão e sempre com forte tendência de maior
ampliação no futuro.
Esse profissional deverá trabalhar de forma interdisciplinar com:
• Planejamento ambiental;
• Manejo e conservação de recursos hídricos (superficiais e subterrâneos);
• Recuperação de áreas degradadas;
• Passivos ambientais;
• Estudos ambientais diversos;
• Licenciamento ambiental de empreendimentos;
• Monitoramento ambiental;
• Conservação e uso da biodiversidade;
• Educação ambiental.

O curso forma um profissional que gerencia os sistemas ecológicos de forma a assegurar
sua viabilidade em longo prazo. Para isso, busca-se o desenvolvimento de competências e
habilidades para formar profissionais com um entendimento científico dos sistemas sociais e
ecológicos que possam ser aplicados no contexto de políticas e gestão do meio ambiente.
Para sua formação pessoal, é necessário um sólido e abrangente conhecimento em uma
área complexa e inter/multidisciplinar, que é a área ambiental. Tendo em vista a rapidez de
geração de novos conhecimentos científicos e tecnológicos na área, que logo são difundidos pelo
setor produtivo e reclamados pela sociedade e pelos governos, é necessário que o estudante
aprenda a “aprender coisas e soluções” (PARECER N.º: CNE/CES 1.303/2001), para se ajustar
às necessidades do mercado de trabalho.
O profissional tem plena capacidade de trabalhar em equipe. Durante a graduação
desenvolve habilidades de domínio de linguagens e os vocabulários próprios das áreas afins,
comunicando-se por escrito e verbalmente de forma eficiente, com uso de diversos meios
existentes para a comunicação eficaz. A capacidade de trabalho em equipes também é altamente
estimulada por meio das discussões em disciplinas integradoras e de extensão. Além disso, ele
tem capacidade crítica para analisar seus próprios conhecimentos e refletir sobre sua necessidade
de auto-aperfeiçoamento contínuo, buscando a melhoria de sua capacidade de investigação
científica e visando à sua atuação em atividades de planejamento, execução, coordenação e
avaliação. A formação humanística é estimulada para melhor atuação ambientalmente
responsável, atendendo-se normas e preceitos éticos e legais que são fundamentais para o pleno
exercício da cidadania do profissional da área, em consonância com sua responsabilidade social.

No contexto da valorização do papel da educação e do conhecimento no mundo moderno, como sendo fatores primordiais da inovação e da transformação do real, a competência pedagógica buscada é aquela que, desde o início, conjuga conhecer e inovar e se mantém permanentemente atualizada diante dos novos desafios.
O conhecimento não é considerado meramente como estoque de saber acumulado e transmitido, mas, sobretudo, como capacidade processual de renovar-se, tendo no questionamento reconstrutivo sua definição essencial. Não se restringe, assim, à qualidade formal, definida como domínio metodológico. Ao invés da qualidade formal precisa atingir a qualidade pela crítica ao conhecimento elaborado sempre em confronto com a realidade.
Nesse sentido, a concepção do curso de Ciências Ambientais se torna inovadora ao construir uma nova forma de perceber e interligar os aspectos de cada cadeia de seletividade ao conhecimento necessário de sustentabilidade. Conhecer para intervir, inovar para melhorar as condições de vida da população. Para tanto, deve despertar no discente o gosto pela investigação como estratégia de revelar real e propor dinâmicas alternativas para mudanças sustentáveis globais. As atividades pedagógicas, associadas as estratégias estabelecias no PPP, permitem a consolidação do conhecimento vinculado a investigação e a interação social. O conhecimento multidisciplinar obtido com a interação e integração das cadeias de seletividade propostas no PPP criam a condição de um novo processo de investigação e de atividades de extensão que potencializam no discente a capacidade de aproximação com a dinâmica da sociedade.

A avaliação consistirá de duas provas teóricas (PT1 e PT2) e relatórios das aulas
experimentais (RAE). A Média final (MF) levará em conta a nota individual das
avaliações PT1, PT2 e RAE, que terão peso de 0.35, 0.35 e 0.3, respectivamente.
Média Final: MF = (PT1 Í 0,35) + (PT2 Í 0,35) + (RAE Í 0,3)
Provas teóricas (PT). As provas consistirão em avaliação escrita, sem consulta, sobre os
conhecimentos abordados durante a disciplina. Terão duração de duas horas/aula e
serão realizadas no mesmo horário e local das aulas.
Relatórios das aulas experimentais (RAE): Confeccionados em papel, à mão ou por meio
de programas computacionais apropriados, deverão conter introdução, parte
experimental, resultados, discussões, conclusões e referências bibliográficas.
Introdução: descrição dos princípios químicos e/ou físicos do método, suas
características e aplicações; assim como o(s) objetivo(s) do experimento. Parte
experimental (também denominada Material e Métodos): especificação dos materiais,
dos equipamentos e dos métodos empregados durante a realização do experimento.
Resultados e discussão: apresentação dos dados brutos, dos resultados obtidos e dos
cálculos realizados. Todos os resultados deverão ser apresentados, explicados e
discutidos à luz dos objetivos propostos. Conclusões: síntese dos resultados e parecer
crítico do experimento na forma de itens. Referências bibliográficas: Lista do material
de apoio utilizado para a confecção do relatório. Os relatórios deverão conter, no
máximo, cinco páginas, incluindo-se o espaço reservado para os gráficos e tabelas.
Não é necessária a confecção de capas! Também deverá conter, na primeira página, o
título do experimento, o nome da disciplina, o nome do professor/supervisor e o
nome/matrícula dos estudantes integrantes da equipe. No caso de relatórios
confeccionados por meio de programas computacionais, utilizar fonte 11 ou 12,
espaçamento 1,5 e margem 2,5 cm. As tabelas e as figuras deverão ser visíveis,
colocadas no corpo do texto e não como anexos.
O estudante estará aprovado se MF ≥ 5,00, caso contrário (MF < 5,00) o estudante é
reprovado. Em ambos os casos será adotada a tabela indicada pela UnB para
atribuição de menções: SS de 9,0 a 10; MS de 7,0 a 8,9; MM de 5,0 a 6,9; MI de 3,0 a
4,9; II de 0,1 a 2,9. Os estudantes que não atingirem a freqüência mínima de 75 %
serão automaticamente reprovados com menção SR.

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