Cada vez mais, as tecnologias estão presentes nas salas de aula e no ambiente escolar. A presença do smartphone em sala de aula já é uma realidade para muitas escolas do Brasil e do mundo. Com o acesso a experimentos interativos em sala de aula, simulações, imagens, vídeos, softwares e componentes eletrônicos, os
estudantes podem explorar conceitos complexos, compreender processos e encarar o universo de maneira prática e inspiradora. Neste trabalho partiremos da funcionalidade de circuitos eletrônicos simples, como um circuito LED blinker, para relacionar com conceitos astronômicos e astrofísicos de pulsares, técnicas de
detecção e radioastronomia. O enfoque do trabalho está na apresentação de um experimento interativo, acessível e de baixo custo, para o ensino de astronomia e astrofísica através de componentes eletrônicos, uso de smartphones, análise de dados a partir de softwares livres e utilização de uma simulação 3D sobre pulsares.
Trata-se da proposta de uma sequência didática imersiva que busca envolver ativamente os estudantes no processo experimental, de forma que consigam relacionar os conteúdos escolares com a investigação e resolução de problemas em situações reais. A SD “Dos LEDs aos Pulsares” foi dividida em 5 momentos e sua
aplicação ocorreu em um período de 3 semanas, em duas etapas, uma no ensino médio ao final do segundo semestre de 2023, outra no ensino fundamental no segundo semestre de 2024, contando com uma população de estudo de 33 estudantes. A análise dos dados desta pesquisa foi conduzida seguindo os preceitos
metodológicos estabelecidos por Bardin (2004), com foco na análise de conteúdo. Para a construção dos dados utilizou-se dois instrumentos: questionários, respondidos pelos estudantes durante o trabalho; documentos produzidos pelos estudantes durante a pesquisa e o diário de campo produzido pelo pesquisador. Por fim, a SD
“Dos LEDs aos Pulsares” demonstrou ser uma abordagem potencialmente inovadora e eficaz para o Ensino de Física, Astronomia e Astrofísica nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, pois foi capaz de promover uma experiência de aprendizagem significativa e imersiva aos estudantes.

O presente trabalho foi desenvolvido com o intuito de apresentar de uma maneira diferenciada tópicos de eletromagnetismo para os alunos do 3º ano do Ensino médio por meio de materiais e fenômenos que são familiares aos alunos, aparecendo diversas vezes no cotidiano desses estudantes. Foi escolhido para a realização desse trabalho a aplicação de uma Sequência Didática inspirada na teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel o modelo de Unidade de Ensino Potencialmente Significativas – UEPS, proposto por Moreira (2013). Nessa investigação serão utilizados dispositivos geradores e receptores para aproximar o aluno de conceitos como corrente elétrica, circuito, campo magnético, indução eletromagnética antes trabalhados de forma tradicional durante as aulas em uma escola particular do Distrito Federal. Esse trabalho foi adaptado por meio de vídeos e simuladores para substituir experimentos práticos antes previstos para sua realização.

Este trabalho enfrenta o desafio persistente, no ensino de Física, de promover a aprendizagem de conceitos abstratos, em particular, a propagação de calor, cujas dificuldades são reiteradas por avaliações em larga escala. O objetivo foi investigar o potencial de uma sequência didática, ancorada na Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel, que integra recursos audiovisuais, um jogo de tabuleiro “Aventura Térmica” e mapas conceituais para favorecer a construção de significados. A pesquisa, de natureza aplicada e abordagem quali-quantitativa, foi realizada com nove estudantes do Ensino Médio noturno de uma escola pública do Distrito Federal. A intervenção constituiu um Produto Educacional com vídeos conceituais, o jogo de trilha e material para elaboração de mapas, articulado a um conjunto de instrumentos: pré-teste, pós-teste, teste de retenção, questionário de percepção e análise dos mapas produzidos. Na análise quantitativa, o teste de Wilcoxon indicou ausência de diferença significativa entre o pré-teste e um pós-teste de maior complexidade, mas revelou ganho estatisticamente significativo, de grande magnitude, entre o pré-teste e o teste de retenção, evidenciando aprendizagem duradoura. A análise qualitativa apontou elevada aceitação da abordagem lúdica e colaborativa; os mapas conceituais mostraram diferenciação progressiva e correção de imprecisões, ainda que a reconciliação integradora permaneça como desafio. Conclui-se que a articulação sinérgica de vídeos, jogo e mapas, orientada pela Teoria da Aprendizagem Significativa, promove aprendizagem mais profunda e consolidada, configurando um modelo pedagógico promissor para o ensino de conceitos abstratos em Física em contextos escolares desafiadores.

O ensino de Física, embora predominantemente associado ao Ensino Médio e ao Ensino Profissionalizante, também é encontrado nos Anos Finais do Ensino Fundamental. No entanto, é comum que essas aulas sejam ministradas por docentes com formação em Biologia ou Ciências Naturais, o que limita a discussão acadêmica para esse contexto escolar. Este estudo visa preencher essa lacuna ao desenvolver um Produto Educacional abrangente e alinhado com o rigor científico, oferecendo uma alternativa aos professores que lecionam nesse nível de ensino e buscam abordagens pedagógicas inovadoras. Tomamos como perspectiva que o ensino de Física pode ser um excelente promotor de Alfabetização Científica entre alunos desse nível escolar, e, assim, fundamentamos nossa abordagem em perspectivas consolidadas de educação e aprendizagem, especialmente no campo do Ensino de Física. Utilizamos o socioconstrutivismo de Vygotsky e o scaffolding como base teórica, combinados com a Metodologia Ativa da Aprendizagem Baseada em Problemas. Esses referenciais proporcionaram ferramentas fundamentais para nossas escolhas pedagógicas. Focamos na Termodinâmica básica como matéria de ensino, aplicada de forma prática, e implementamos nossa abordagem em oito turmas do 7º ano do Ensino Fundamental em uma rede escolar privada do Distrito Federal. A dinâmica das aulas foi centrada no debate científico, na colaboração entre os alunos, na realização de experimentos e na troca de conhecimento. Utilizamos registros diários, produção textual, prática e discussões em grupo como ferramentas de observação participante, alinhando nossa pesquisa à atuação menos direta do professor em sala de aula. Os resultados evidenciaram alto engajamento dos alunos, aumento na percepção da ciência como construção coletiva e desenvolvimento satisfatório de autonomia, além de estimular debates e questionamentos sobre conhecimentos científicos. Em suma, nossa abordagem proporcionou experiências pedagógicas enriquecedoras e lúdicas, algo incomum para o nível de ensino abordado.

O efeito fotoelétrico foi descoberto ao fim do século XIX por Hertz e explicado por Albert Einstein no início do século XX ao aderir às ideias de Max Planck acerca da quantização da energia emitida pelos osciladores harmônicos do corpo negro, casando o viés experimental ao teórico. Esse fenômeno evidenciou o caráter corpuscular da luz e ele está inserido nos primórdios da física quântica, sendo necessário a sua compreensão para um entendimento da física quântica dentro de uma linha histórica da física. Um dos grandes desafios da educação do século XXI é o reconhecimento das características do estudante indissociável de uma sociedade marcada pela hiperconectividade e a inteligência coletiva que, segundo Lévy (1999), constitui-se o principal motor da cibercultura. Esses indivíduos são chamados de nativos digitais. Essa “bolha” digital influenciou nas características da geração Z: na forma como eles consomem, comportam, trabalham e, principalmente, como se relacionam e aprendem. Essa geração não corresponde bem às relações unilaterais e, por consequência, ao ensino tradicional. Um tipo de TDIC (Tecnologia Digital da Informação e Comunicação) que esse presente trabalho indica como uma possível enfrentamento para a mediação (adequação da linguagem entre os professores e estudantes de tal geração), é uma sequência didática ambientada em recursos de um simulador computacional, buscando a descentralização da perspectiva narrativa e memorística em detrimento àquela da mediação como dialogia e crítica. Segundo Ferreira et al. (2021), os simuladores não substituem a realidade mas torna de mais fácil compreensão situações que requerem alto nível de abstração. Tavares (2008) destaca que o uso das simulações computacionais dinamiza sistemas físicos que no ensino tradicional são abordados de forma estática. Esta dissertação tem como objetivo geral investigar a eficácia de uma Unidade Potencialmente Significativa (UEPS) aplicada no ensino médio, à luz da teoria da aprendizagem de David Ausubel (1968), que propõe a utilização de um simulador computacional desenvolvido pela Universidade do Colorado disponível na plataforma PhET, para o ensino do efeito fotoelétrico, via UEPS, como instrumento de organização avançada dentro da Teoria da Aprendizagem Significativa. O produto educacional foi estruturado em quatro aulas de cinquenta minutos, aplicado e avaliado em uma escola particular do DF em outubro e novembro de 2021 a propósito de uma pesquisa translacional (Ferreira et al., 2021).

de tarefa de tornar as aulas desejáveis para isso é necessário inovar, buscando recursos motivacionais, a tecnologia é uma ferramenta muito útil capaz de despertar o gosto pela aprendizagem das ciências. É muito importante desenvolver o poder critico dos alunos na formulação de conceitos através da socialização (face book), sempre objetivando uma aprendizagem significativa de caráter acadêmico e humano. Diante deste cenário e embasado nas teorias de Aprendizagem de Ausubel e interação social de Piaget, buscou desenvolver atividades de eletrostática dando enfoque às formações de tempestades através de documentários, vídeos e textos complementares como recursos das aulas de física sendo todas as atividades desenvolvidas em laboratório de informática. Também foram produzidos documentários explorando textos complementares. Este projeto foi aplicado nos meses de abril a junho de 2016 em uma escola publica de João Pinheiro – MG: na Escola Estadual Quintino Vargas, envolvendo três turmas terceiro ano do Ensino Médio, em um total de 102 alunos. O material elaborado abordou os tópicos de condutores e dielétricos, processos de eletrização: contato, atrito e indução eletrostática, Lei de Coulomb, Campo elétrico, Efeito de Pontas. Em todos os módulos didáticos foi trabalhado, questões que buscam relacionar o saber científico com o dia-a-dia do educando. As atividades sempre trabalhadas coletivamente, promovendo uma maior socialização e trocas de experiência, mostrando a importância da cooperação. Ao professor coube o papel de mediador. O produto o blog constitui-se de quatro segmentos: construção de experimentos, dúvidas, exemplos do dia-a-dia e dicas de sites sobre eletrostática, com esta abordagem, parte das atividades dos alunos constituíam-se de atividades investigativas.

Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação no Curso de Mestrado Profissional de Ensino de Física (MNPEF), como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ensino de Física. Essa dissertação desenvolve uma sequência didática para ensino de eletricidade em uma turma de 9° ano. Pressupõe-se que o ensino de eletricidade em nível fundamental deve se munir de duas estratégias: a contextualização da temática científica e a atividade experimental, como formas de motivação do estudante e para aproximação do fazer científico para a sala de aula de ciências. Para tanto, as aulas se fundamentaram na Sequência de Ensino Investigativa (SEI), proposta por Carvalho (2013), entrecortada por pressupostos socio-interacionistas da teoria de Vigotski (2001).

Neste trabalho, a partir da contextualização sobre o consumo de energia elétrica, a sequência de aulas se concentrou em propor problemas relacionados à eficiência energética de lâmpadas. Para uma investigação mais comparativa entre as diferentes tipologias de lâmpadas, foi desenvolvida uma Bancada Experimental para medição de iluminância e consumo energético. Os estudantes foram divididos em grupos e estimulados a manipular o aparato experimental segundo suas próprias hipóteses. Além da investigação experimental, mesclou-se a leitura de textos para sistematização do conhecimento com discussões sobre os temas abordados, em um ambiente rico para intercâmbio de significados e vivências.