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Dissertações |
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CLAUDIA GONÇALVES SIQUEIRA
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Consumo de Alimentos Ultraprocessados e Doenças Bucais
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Orientador : JORGE OTAVIO MAIA BARRETO
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MEMBROS DA BANCA :
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JORGE OTAVIO MAIA BARRETO
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EVERTON NUNES DA SILVA
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VERONICA CORTEZ GINANI
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ANA GABRIELA COSTA NORMANDO
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Data: 24/03/2025
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“Objetivo: Avaliar a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o desenvolvimento de doenças orais, incluindo cáries dentárias, doenças periodontais, erosão dentária e câncer oral. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática com meta-análise para analisar a relação entre diferentes tipos de alimentos ultraprocessados e os desfechos de saúde bucal. Foram incluídos estudos observacionais de vários países, faixas etárias e padrões alimentares. Resultados: Foi identificada uma associação significativa entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o aumento do risco de cáries dentárias, especialmente doces e confeitos (OR = 1,76, IC 95%: 1,37–2,26; tamanho total da amostra = 4.732; I² = 96,37%). O consumo de bebidas industrializadas mostrou uma forte relação com a erosão dentária (OR = 1,76, IC 95%: 1,42–2,19; tamanho total da amostra = 4.711; I² = 85,32%). O consumo de carnes ultraprocessadas foi associado ao aumento do risco de câncer oral (OR = 1,49, IC 95%: 1,24–1,79; tamanho total da amostra = 1.056; I² = 0,00%). Conclusão: Este estudo destaca a necessidade de pesquisas rigorosas para aprofundar o entendimento dessas associações e enfatiza a importância de políticas públicas voltadas para a redução do consumo de alimentos ultraprocessados. Promover alimentos mais saudáveis e minimamente processados é essencial para melhorar a saúde bucal e prevenir complicações relacionadas.”
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“Objective: To evaluate the association between ultra-processed food consumption and the development of oral diseases, including dental caries, periodontal disease, dental erosion, and oral cancer. Methods: A systematic review with meta-analysis was conducted to analyze the relationship between different types of ultra-processed foods and oral health outcomes. Observational studies from various countries, age groups, and dietary patterns were included. Results: A significant association was identified between ultra-processed food consumption and an increased risk of dental caries, especially sweets and confectionery (OR = 1.76, 95% CI: 1.37–2.26; total sample size = 4,732; I² = 96.37%). The consumption of industrialized beverages showed a strong relationship with dental erosion (OR = 1.76, 95% CI: 1.42–2.19; total sample size = 4,711; I² = 85.32%). The consumption of ultra-processed meats was associated with an increased risk of oral cancer (OR = 1.49, 95% CI: 1.24–1.79; total sample size = 1,056; I² = 0.00%). Conclusion: This study highlights the need for rigorous research to deepen the understanding of these associations and emphasizes the importance of public policies aimed at reducing ultraprocessed food consumption. Promoting healthier, minimally processed foods is essential to improving oral health and preventing related complications.”
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LARISSA OTAVIANO MESQUITA
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Efeito da pandemia de Covid-19 na mortalidade causada por Diabetes Mellitus no Brasil: Análise de série temporal
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Orientador : KENIA MARA BAIOCCHI DE CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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KENIA MARA BAIOCCHI DE CARVALHO
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WALTER MASSA RAMALHO
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LUIZA EUNICE SÁ DA SILVA
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ERIKA CARVALHO DE AQUINO
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Data: 25/04/2025
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“O Diabetes mellitus (DM) constitui uma preocupação global no campo da saúde pública, particularmente no Brasil. Este estudo teve como objetivo analisar as tendências de mortalidade por DM antes e durante a pandemia para avaliar a possível influência da pandemia de COVID-19 na tendência de mortalidade do DM no Brasil. A mortalidade foi avaliada por meio das taxas de mortalidade padronizadas estratificadas por faixa etária (20–29 anos, 30–49 anos, 50–69 anos, 70 anos ou mais), sexo (masculino, feminino) e região do Brasil (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste). As taxas de mortalidade foram calculadas usando o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e estimativas populacionais nacionais oficiais. Uma análise de séries temporais foi realizada, usando o modelo de regressão de Prais–Winsten para avaliar a tendência de mortalidade relacionada ao DM em dois cenários: antes (2010–2019) e incluindo o período da pandemia (2010–2023). A variação percentual anual (APC) e os intervalos de confiança de 95% (ICs) foram calculados para determinar as tendências como decrescentes, crescentes ou estacionárias. As taxas de mortalidade relacionadas ao DM variaram de 28,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2011 a 24,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2023, com os maiores valores na região Norte. Um aumento na mortalidade foi observado a partir de 2020 em diante. A análise de regressão apresenta tendência decrescente no período pré-pandêmico (2010–2019) em mulheres (- 1,87%), 50–69 anos (-1,19%) e ≥70 anos (-1,35%). Um declínio também foi observado no Nordeste (-1,45%), Sudeste (-1,84%), Centro-Oeste (-0,62%) e no total do país (-0,98%). No entanto, após incorporar dados do período da pandemia (2010–2023), a tendência se tornou estacionária para indivíduos com idade ≥70 anos e para o Nordeste, Sudeste e Brasil. Essa mudança torna a mortalidade esperada incerta e destaca a necessidade de estratégias de enfrentamento eficazes após a pandemia. _
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“Diabetes mellitus (DM) is a major global public health concern, particularly in Brazil. This study aimed to analyze DM-related mortality trends before and during the pandemic to assess the possible influence of the COVID-19 pandemic on the mortality trend of DM in Brazil. Mortality was assessed using standardized mortality rates stratified by age group (20–29 years, 30–49 years, 50–69 years, 70 years or more), sex (male, female), and geography (North, Northeast, Southeast, South, and Midwest). Mortality rates were calculated using the Brazilian Mortality Information System and official national population estimates. An analytical ecological time series analysis was performed using the Prais–Winsten regression model to assess the DM-related mortality trend in two scenarios: before (2010–2019) and including the pandemic period (2010–2023). The annual percentage change (APC) and 95% confidence intervals (CIs) were calculated to synthesize the trends as decreasing, increasing, or stationary. DM-related mortality rates varied from 28.1 in 2011 to 24.1 in 2023, with the highest values in the northern region. An increase in mortality was observed from 2020 onwards. Regression analysis shows a decreasing trend in pre-pandemic period (2010–2019) in women (-1.87%), 50–69 years (-1.19%), and ≥70 years (-1.35%). A decline was also observed in the Northeast (-1.45%), Southeast (-1.84%), Midwest (-0.62%), and nationwide (-0.98%). However, after incorporating data from the pandemic period (2010–2023), the trend became stationary for individuals aged ≥70 years and for the Northeast, Southeast, and Brazil. This change makes the expected mortality uncertain and highlights the need for effective coping strategies after the pandemic._
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RAYANE BARBOSA MONICA
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Avaliação da oportunidade na notificação de mpox na região das Américas
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Orientador : WILDO NAVEGANTES DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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WILDO NAVEGANTES DE ARAUJO
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WALTER MASSA RAMALHO
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THIAGO AUGUSTO HERNANDES ROCHA
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KATIA YUMI UCHIMURA
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Data: 25/04/2025
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“Introdução: A disseminação global de doenças infecciosas demanda estratégias eficazes de vigilância para a detecção e resposta a surtos. Este estudo ressalta a importância da Vigilância Baseada em Eventos (VBE) como uma ferramenta da inteligência epidêmica essencial para a detecção oportuna de ameaças à saúde pública tomando a mpox como outra emergência de saúde pública pós-covid-19. Objetivo: Descrever o tempo decorrido entre a primeira notificação da detecção de um caso de mpox em um país da Região das Américas, e a sua publicação em fontes oficiais ou não oficial, no período de janeiro de 2022 a julho de 2024. Método: Foram utilizados dados públicos sobre a data da primeira notificação de caso feita à OMS sob o RSI como ponto de partida. Em seguida foi realizada a busca da primeira publicação oficial e não oficial para cada país ou território notificador. Foi classificado como oportunos aqueles que apresentaram até um dia entre a notificação à OMS e a publicação oficial ou não. Resultados: Dos 56 países e territórios, incluindo territórios Ultramarinos Britânicos, Holandeses e Franceses, 31 notificaram pela primeira vez um caso de mpox no período estudado. Estados Unidos, Brasil e Colômbia concentraram o maior número de casos ao longo dos anos, enquanto os óbitos ocorreram predominantemente em Estados Unidos, Colômbia e México. Entre os países notificantes, 25 (80,6%) foram oportunos, sendo que 17 (54,8%) notificaram no mesmo dia da publicação oficial. As menores oportunidades foram observadas no Peru (26 dias), Aruba (19 dias) e a Ilha de São Martino (8 dias). Conclusão: O estudo demonstrou que a maioria dos países foram oportunos, de acordo ao Regulamento Sanitário Internacional. A persistência de surtos de doenças infecciosas evidencia a importância da VBE na detecção e resposta oportunas. Este estudo identificou desafios na notificação de casos de mpox, destacando a necessidade de aprimorar a integração da VBE com sistemas de vigilância e reduzir desigualdades estruturais, principalmente nas ilhas do Caribe, principalmente sob risco do impacto à saúde em países com economia baseada no turismo.”
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“_Background: The global spread of infectious diseases demands effective surveillance strategies for outbreak detection and response. This study highlights the importance of Event-Based Surveillance (EBS) as an essential epidemic intelligence tool for the timely detection of public health threats, taking mpox as another post-covid-19 public health emergency. Objective: To describe the time elapsed between the first notification of the detection of a case of mpox in a country in the Region of the Americas, and its publication in official or unofficial sources, in the period from January 2022 to July 2024. Method: Public data on the date of the first case notification made to the WHO under the IHR was used as a starting point. We then searched for the first official and unofficial publication for each notifying country or territory. Those with up to one day between notification to the WHO and official or unofficial publication were classified as timely. Results: Of the 56 countries and territories, including British, Dutch and French Overseas Territories, 31 reported a case of mpox for the first time in the period studied. The United States, Brazil and Colombia concentrated the largest number of cases over the years, while deaths occurred predominantly in the United States, Colombia and Mexico. Among the notifying countries, 25 (80.6%) were timely, with 17 (54.8%) notifying on the same day as the official publication. The lowest timeliness was observed in Peru (26 days), Aruba (19 days) and the island of San Martino (8 days). Conclusion: The study showed that most countries were timely, in accordance with the International Health Regulations. The persistence of infectious disease outbreaks highlights the importance of EBV in timely detection and response. This study identified challenges in reporting mpox cases, highlighting the need to improve the integration of EBV with surveillance systems and reduce structural inequalities, especially in the Caribbean islands, especially at risk of health impacts in countries with a tourism-based economy.__”
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ISABELA CRISTINA DE CASTRO ALVES
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Caracterização da segurança dos alimentos na agricultura familiar na alimentação escolar do Distrito Federal
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Orientador : VERONICA CORTEZ GINANI
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MEMBROS DA BANCA :
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VERONICA CORTEZ GINANI
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RAQUEL BRAZ ASSUNCAO BOTELHO
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ISLANDIA BEZERRA DA COSTA
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LAIS MARIANO ZANIN
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Data: 16/05/2025
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“Introdução: A alimentação ofertada nas escolas públicas no Brasil deve seguir as diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Uma das exigências do programa é que, no mínimo, 30% dos recursos financeiros repassados pelo governo federal sejam destinados à aquisição de alimentos da agricultura familiar, incluindo frutas e hortaliças, que muitas vezes são ofertadas cruas. No entanto, esses alimentos estão frequentemente associados a surtos de doenças de transmissão hídrica e alimentar. A ingestão de alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas e físicas pode causar mais de 200 doenças, além de resultar em incapacidades permanentes ou morte. Diante desse cenário, o presente estudo teve como objetivo analisar a percepção dos agricultores familiares do Distrito Federal, fornecedores do PNAE, em relação à segurança dos alimentos que produzem, além de investigar as condições ambientais e sanitárias envolvidas na produção. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório, de abordagem quantitativa e qualitativa, realizado com agricultores familiares do DF que fornecem hortaliças e frutas ao PNAE. Foram realizadas visitas às propriedades para coleta de dados e amostras de frutas, vegetais, água, solo e fezes dos agricultores. Além disso, aplicaram-se dois questionários: um para identificar características sociodemográficas e outro para avaliar o cumprimento das Boas Práticas Agrícolas (BPA). Também foram realizadas entrevistas semiestruturadas para explorar as percepções dos agricultores sobre segurança dos alimentos e práticas agrícolas. As análises microbiológicas e parasitológicas foram aplicadas a todas as amostras coletadas, utilizando métodos validados. As entrevistas foram transcritas e analisadas por meio de análise de conteúdo com apoio do software IRaMuTeQ®. Resultados: Todos os participantes (n=9) eram do sexo masculino, com faixa etária predominante entre 41 e 50 anos. A maioria se autodeclarou parda (88,9%) e possuía ensino médio (33,3%). Em relação à renda, 33,3% dos participantes relataram rendimentos mensais entre US$ 880,60 e US$ 1.760,00. Em muitas propriedades, foi identificado saneamento básico precário. A água utilizada provinha majoritariamente de poço profundo ou artesiano (77,7%) e era distribuída por encanamento (88,8%). Em 66,6% das propriedades, o lixo era recolhido por serviço de limpeza pública, mas 77,7% não dispunham de local adequado para dejeções, utilizando fossas não conectadas à rede pública de esgoto. A análise das fezes dos agricultores revelou a presença de Escherichia coli e ovos de Ascaris lumbricoides em 33,3% das amostras. Quanto ao uso de insumos, 88,8% utilizavam adubo orgânico, e metade desses também usava adubo químico. A E. coli foi identificada em mais da metade das amostras de solo, e cinco espécies parasitárias foram detectadas, com destaque para larvas de nematóides (94,4%). Na água de irrigação, não foram encontradas formas evolutivas de parasitas, mas apenas duas propriedades estavam livres de coliformes e E. coli. Entre os alimentos analisados, 70,4% apresentaram contaminação por enteroparasitas. Embora todas as amostras estivessem dentro dos limites para Staphylococcus aureus, coliformes totais e bactérias mesófilas foram detectados em todas as propriedades. Três propriedades apresentaram inconformidades em relação à presença de E. coli. A avaliação das BPA indicou um cenário heterogêneo. Os maiores índices de conformidade foram observados nos tópicos de manejo da propriedade, gestão da água, transporte e controle de pragas. A análise lexical das entrevistas identificou cinco categorias principais: práticas adotadas, cuidados, definição de BPA, dificuldades e facilitadores. Os agricultores relataram práticas variadas, reconhecendo barreiras como pragas, exigência estética dos produtos, e falta de apoio técnico. Os facilitadores apontados incluíram capacitações e apoio de órgãos públicos, ainda que com ressalvas quanto à frequência e efetividade desse acompanhamento. Conclusão: A presença de microrganismos indicadores e parasitas nas amostras analisadas demonstra que a segurança dos alimentos produzidos ainda está comprometida, apesar da percepção positiva dos agricultores quanto à adoção de boas práticas. Esses resultados reforçam a importância da capacitação contínua e do fortalecimento das políticas públicas voltadas ao apoio técnico e à educação sanitária no meio rural. A adoção efetiva de boas práticas agrícolas é essencial para garantir alimentos seguros, proteger a saúde dos estudantes e agricultores e viabilizar a consolidação dos objetivos do PNAE.
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“Introduction: The food offered in public schools in Brazil must comply with the guidelines of the National School Feeding Program (PNAE). One of the program's requirements is that at least 30% of the funds transferred by the federal government be allocated to the purchase of food from family farming, including fruits and vegetables, which are often served raw. However, these foods are frequently associated with waterborne and foodborne disease outbreaks. The consumption of food contaminated by bacteria, viruses, parasites, or chemical and physical substances can cause more than 200 diseases and may result in permanent disabilities or even death. In this context, the present study aimed to analyze the perception of family farmers in the Federal District, who supply products to the PNAE, regarding the safety of the food they produce, as well as to investigate the environmental and sanitary conditions involved in production. Methods: This is an exploratory study with both quantitative and qualitative approaches, conducted with family farmers in the Federal District who supply vegetables and fruits to the PNAE. Visits were made to the farms to collect data and samples of fruits, vegetables, water, soil, and feces from the farmers. In addition, two questionnaires were administered: one to identify sociodemographic characteristics and another to assess compliance with Good Agricultural Practices (GAP). Semi-structured interviews were also conducted to explore farmers’ perceptions regarding food safety and agricultural practices. Microbiological and parasitological analyses were carried out on all collected samples using validated methods. The interviews were transcribed and analyzed through content analysis with the aid of the IRaMuTeQ® software. Results: All participants (n=9) were male, with the predominant age group between 41 and 50 years. Most self-identified as mixed race (88.9%) and had completed high school (33.3%). Regarding income, 33.3% reported monthly earnings between US$ 880.60 and US$ 1,760.00. Many farms showed evidence of poor basic sanitation. Water was mainly sourced from deep or artesian wells (77.7%) and distributed via plumbing (88.8%). In 66.6% of the farms, waste was collected by public sanitation services, but 77.7% lacked an adequate location for waste disposal, using septic tanks not connected to the public sewage system. The analysis of the farmers’ feces revealed the presence of Escherichia coli and Ascaris lumbricoides eggs in 33.3% of the samples. Regarding input use, 88.8% of farmers used organic fertilizer, and half of them also used chemical fertilizers. E. coli was found in more than half of the soil samples, and five parasitic species were identified, with a high prevalence of nematode larvae (94.4%). No evolutionary forms of parasites were found in the irrigation water, but only two properties were free from coliforms and E. coli. Among the analyzed food samples, 70.4% showed contamination by enteroparasites. Although all samples were within acceptable limits for Staphylococcus aureus, total coliforms and mesophilic aerobic bacteria were detected on all farms. Three farms had noncompliance in terms of E. coli presence.The GAP evaluation revealed a heterogeneous scenario. The highest compliance rates were observed in property management, water management, transportation, and pest control. Lexical analysis of the interviews identified five main categories: adopted practices, precautions, definition of GAP, challenges, and facilitators. Farmers reported a variety of practices and acknowledged challenges such as pests, aesthetic demands of the products, and lack of technical support. Facilitators mentioned included training and support from public agencies, although concerns were raised regarding the frequency and effectiveness of this support. Conclusion: The presence of indicator microorganisms and parasites in the analyzed samples shows that the safety of the food produced is still compromised, despite the farmers’ positive perception of adopting good practices. These results highlight the importance of continuous training and the strengthening of public policies aimed at technical support and sanitary education in rural areas. The effective adoption of Good Agricultural Practices is essential to ensure safe food, protect the health of students and farmers, and support the achievement of PNAE’s goals.”
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ADRIANO GOMES PINTO
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A Vitória Fitness? Disputas Simbólicas sobre Alimentação Saudável em Redes Sociais Digitais
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Orientador : MIGUEL ANGELO MONTAGNER
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MEMBROS DA BANCA :
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MIGUEL ANGELO MONTAGNER
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XIMENA PAMELA CLAUDIA DIAZ BERMUDEZ
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PEDRO DE ANDRADE CALIL JABUR
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LIGIA AMPARO DA SILVA SANTOS
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Data: 26/06/2025
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“A digitalização da sociedade tem criado novos dilemas para a promoção da alimentação adequada e saudável, no âmbito da saúde coletiva. Nesse contexto, a crescente atuação de profissionais de saúde em redes sociais digitais, assim como a popularização de outros tipos de influenciadores de alimentação, têm aumentado o volume de informações sobre alimentação que circulam cotidianamente nos dispositivos de milhões de brasileiros. Mais do que isso, essa infodemia alimentar faz parte do curso da história das disputas sociais e simbólicas para a definição de alimentação saudável. O objetivo desta pesquisa foi analisar as disputas simbólicas ao redor da alimentação em redes sociais digitais de vídeos curtos, a partir de uma pesquisa qualitativa, baseada na sociologia reflexiva de Pierre Bourdieu e de um pano de fundo da hipermodernidade de Gilles Lipovetsky. Observou-se, em resultado, que há em curso uma hibridização de conceitos que determinam o que é a alimentação saudável nas redes sociais digitais de vídeos curtos: ela é tanto racional, quanto espetacularizada, individualizada e mercadológica, sem que se possa perceber com nitidez os limites de cada uma de suas características. Sugere-se que sejam feitos estudos interdisciplinares com a população que consome esses vídeos curtos, com vistas para suas repercussões na saúde, assim como que sejam aprimoradas as ferramentas oficiais de disputa simbólica da alimentação saudável e da saúde nos ambientes digitais”.
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The digitalization of society has created new dilemmas for the promotion of adequate and healthy eating within the field of public health. In this context, the increasing presence of health professionals on digital social networks, along with the popularization of other types of food influencers, has amplified the volume of information about food circulating daily on the devices of millions of Brazilians. More than that, this food infodemic is part of the ongoing history of social and symbolic disputes over the definition of healthy eating. The aim of this research was to analyze the symbolic disputes surrounding food on short-form video digital social networks, through a qualitative study grounded in Pierre Bourdieu’s reflexive sociology and against the backdrop of Gilles Lipovetsky’s concept of hypermodernity. The findings indicate an ongoing hybridization of the concepts that define what healthy eating means in these short-form video platforms: it is both rational and spectacularized, individualized and market-oriented, with blurred boundaries between these characteristics. It is suggested that interdisciplinary studies be conducted with the audiences who consume these short videos, in order to better understand their health-related impacts. Additionally, it is recommended that official tools for the symbolic contestation of healthy eating and health in digital environments be strengthened and improved”.
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JULIANA SANTOS MORENO
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Práticas dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias: potencialidades e limites frente à pandemia de covid-19 no Brasil
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Orientador : MARIA FATIMA DE SOUSA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA FATIMA DE SOUSA
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NATALIA FERNANDES DE ANDRADE
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DANIELA SAVI GEREMIA
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JOSE DA PAZ OLIVEIRA ALVARENGA
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Data: 01/07/2025
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“Este estudo qualitativo teve como objetivo analisar os desafios e as potencialidades vivenciados por Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) durante a pandemia de covid-19 no Brasil. Foram realizadas 54 entrevistas semiestruturadas de forma remota, envolvendo profissionais de todos os 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. A análise dos dados foi conduzida com base na técnica de análise temática proposta por Braun e Clarke (2006), permitindo identificar transformações significativas nas práticas cotidianas desses trabalhadores da saúde. Os resultados indicam que a pandemia impôs restrições importantes, sobretudo em relação às visitas domiciliares, que são a base da atuação dos ACS e ACE. Além disso, foi evidenciada a precarização das condições de trabalho, marcada pela escassez de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), pela ausência de treinamentos específicos para lidar com a covid-19 e pela insegurança vivenciada durante o exercício da função. Outro aspecto crítico foi o enfrentamento do negacionismo e da desinformação, que exigiu dos profissionais um esforço adicional para promover a conscientização da população sobre a importância das medidas preventivas e da vacinação. Apesar dos inúmeros desafios, o estudo revela a resiliência e a capacidade de adaptação desses profissionais. Por meio do uso de mídias sociais e outras formas alternativas de comunicação, os ACS e ACE conseguiram manter o vínculo com as comunidades e assegurar a continuidade do cuidado, reforçando o papel central da Atenção Primária à Saúde (APS) na resposta à crise sanitária. O estudo destaca a importância do reconhecimento e valorização desses profissionais.”
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Mostrar Abstract
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“This qualitative study aimed to analyze the challenges and potentialities experienced by Community Health Workers and Endemic Disease Control Agents during the covid-19 pandemic in Brazil. A total of 54 semi-structured interviews were conducted remotely, involving professionals from all 26 Brazilian states and the Federal District. The data analysis was carried out using the thematic analysis technique proposed by Braun and Clarke (2006), which allowed for the identification of significant transformations in the daily practices of these healthcare workers. The results indicate that the pandemic imposed important restrictions, especially concerning home visits, which are the core of Community Health Workers and Endemic Disease Control Agents work. Furthermore, the study highlighted the precarious working conditions, characterized by the scarcity of Personal Protective Equipment (PPE), the lack of specific training to deal with covid-19, and the insecurity faced during their duties. Another critical aspect was the confrontation of denialism and misinformation, which required professionals to make an additional effort to raise public awareness about the importance of preventive measures and vaccination. Despite the numerous challenges, the study reveals the resilience and adaptability of these professionals. Through the use of social media and other alternative communication methods, Community Health Workers and Endemic Disease Control Agents were able to maintain their connection with the communities and ensure the continuity of care, reinforcing the central role of Primary Health Care (APS) in responding to the public health crisis. The study emphasizes the importance of recognizing and valuing these professionals.”
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JOAO LUÍS LIMA ALBUQUERQUE
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PARTICIPAÇÃO POPULAR NA GESTÃO EM SAÚDE: a diretriz constitucional versus a realidade no Distrito Federal
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Orientador : MARIA CELIA DELDUQUE NOGUEIRA PIRES DE SA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE LUIZ DUTRA FENNER
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KATARINNE LIMA MORAES
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MARIA CELIA DELDUQUE NOGUEIRA PIRES DE SA
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MARIA INEZ MONTAGNER
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Data: 28/07/2025
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Mostrar Resumo
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Resumo (português): “A participação popular na formulação, fiscalização e avaliação das políticas públicas de saúde é um dos pilares do Sistema Único de Saúde, conforme previsto na Constituição Federal de 1988. No entanto, a distância entre o ideal normativo e a realidade institucional ainda desafia a efetividade dos espaços de controle social, especialmente no Distrito Federal. A dissertação teve como objetivo analisar a conformidade da participação popular na gestão do Sistema Único de Saúde no Distrito Federal, com foco nos Conselhos de Saúde, em relação à diretriz constitucional e ao marco normativo infralegal. Trata-se de uma pesquisa qualitativa composta por quatro estudos articulados. O primeiro consistiu em revisão integrativa da literatura sobre a participação social nos Conselhos de Saúde no Brasil. O segundo realizou levantamento documental das normativas legais e infralegais sobre a gestão democrática da saúde no Distrito Federal. O terceiro configurou-se como estudo de caso sobre o uso da Lei de Acesso à Informação para obtenção de dados junto às Superintendências Regionais de Saúde. O quarto estudo baseou-se na análise documental das resoluções e atas dos Conselhos de Saúde distrital e regionais, utilizando análise de conteúdo temática de Laurence Bardin e hermenêutica jurídica sistemática. Os resultados indicaram distanciamento significativo entre o previsto na legislação e a realidade da atuação dos conselhos, com fragilidades na institucionalização, baixa transparência, e ausência de publicidade ativa de informações essenciais. Constatou-se centralização decisória no governo distrital e baixa incidência das deliberações dos conselhos sobre a formulação e execução das políticas públicas. Conclui-se que a participação social na saúde no Distrito Federal não se efetiva de acordo com o ideal constitucional, recomendando-se o fortalecimento dos Conselhos Regionais de Saúde e a adoção de medidas normativas e administrativas para assegurar a transparência e o caráter vinculante de suas deliberações.”
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Mostrar Abstract
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“_Popular participation in the formulation, oversight, and evaluation of public health policies is one of the cornerstones of Brazil’s Unified Health System (SUS), as established by the 1988 Federal Constitution. However, the gap between normative ideals and institutional reality continues to challenge the effectiveness of social control mechanisms, particularly in the Federal District. The dissertation aimed to analyze the compliance of popular participation in the management of the Unified Health System in the Federal District, focusing on the Health Councils, in relation to the constitutional directive and the infralegal normative framework. It is qualitative research composed of four interconnected studies. The first consisted of an integrative literature review on social participation in Health Councils in Brazil. The second conducted a documentary survey of legal and infralegal norms concerning democratic health management in the Federal District. The third was a case study on the use of Access to Information Law to obtain data from the Regional Health Superintendencies. The fourth study was based on documentary analysis of the resolutions and minutes of the district and regional Health Councils, employing Bardin’s thematic content analysis and systematic legal hermeneutics. The results indicated a significant gap between the legislation’s provisions and the actual performance of the councils, with weaknesses in institutionalization, low transparency, and absence of active disclosure of essential information. Decision-making was found to be centralized in the district government, with the low impact of council deliberations on public policy formulation and execution. It is concluded that social participation in health in the Federal District is not effectively realized according to the constitutional ideal, recommending the strengthening of the Regional Health Councils and the adoption of normative and administrative measures to ensure transparency and the binding nature of their deliberations._”
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BEATRIZ OLIVEIRA BLACKMAN MACHADO
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Territórios políticos: o cozinhar e o comer na Cozinha Solidária do MTST no Sol Nascente, DF
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Orientador : DAIS GONCALVES ROCHA
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MEMBROS DA BANCA :
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DAIS GONCALVES ROCHA
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LIGIA AMPARO DA SILVA SANTOS
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NILZA ROGÉRIA DE ANDRADE NUNES
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XIMENA PAMELA CLAUDIA DIAZ BERMUDEZ
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Data: 03/12/2025
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“Ao chegar no Brasil, a pandemia de Covid-19 agravou a insegurança alimentar e nutricional, aumentando a fome no país. Desde as contribuições acadêmicas e políticas de Josué de Castro em sua obra Geografia da Fome (1946) até os dias atuais, a fome atravessa diversos corpos e vivências, determinados por diferentes sistemas de opressão. A fome neste trabalho é considerada um fenômeno social complexo e que se agravou no contexto da pandemia de covid-19 e na ausência do Estado. Diante das crises instaladas, as organizações da sociedade civil e os movimentos sociais mobilizaram antigas e criaram novas estratégias de combate à fome. Dentre elas destacamos as Cozinhas Solidárias sobre a qual nos debruçamos para construir este estudo. Dessa forma, o surgimento e expansão recentes das Cozinhas Solidárias no país têm sido de interesse de pesquisadoras e pesquisadores. Em sua maioria os estudos abordam questões sobre os públicos assistidos ou sobre o potencial de garantir a segurança alimentar e nutricional e outros direitos. Porém, ainda são escassos na literatura estudos que evidenciam as trabalhadoras das cozinhas, em sua maioria mulheres negras, e sua importância tanto para que as cozinhas alcancem o seu potencial como para a promoção da qualidade de vida de suas comunidades. Portanto, temos como objetivo geral do estudo, compreender a práxis do comer e do cozinhar como atos políticos a partir da experiência da Cozinha Solidária do MTST no Sol Nascente, no Distrito Federal. Nossas perguntas orientadoras foram: “o que constitui os atos de comer e cozinhar como atos políticos nessa experiência?”; “como se deu o processo de politização desses atos?” e ainda “quais as interfaces e distinções entre a Cozinha Solidária e as políticas públicas com as quais ela se relaciona?”. Enquanto abordagem metodológica o estudo se configura como qualitativoexploratório a partir da Pesquisa Participativa Baseada na Comunidade. Com apoio das lideranças locais, criamos um grupo de 10 mulheres que estiveram engajadas nas atividades da Cozinha Solidária entre janeiro e julho de 2024. Realizamos três encontros, entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025, os quais foram gravados e transcritos. Além disso, realizei a vivência no território com registros no diário de campo entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025. Os materiais foram analisados conforme a Análise temática reflexiva, com uso das lentes teóricas: marxista, da interseccionalidade e cozinhar e comer como atos políticos. A partir das análises, os resultados indicaram que a formação política proveniente do MTST e das parcerias cumpriram um importante papel na politização das cozinheiras e como consequência na formação política dos atos de cozinhar e comer. Além da formação, a amorosidade foi outro componente do combate à fome na Cozinha Solidária, que se traduziu na promoção da equidade e do cuidado nos momentos de distribuição das refeições. Já em relação às políticas públicas, no que se refere ao Programa Cozinha Solidária, identificamos a ausência de medidas que incidem diretamente na melhoria das condições de trabalho das cozinheiras bem como de reconhecimento e valorização do seu trabalho e das diversas atividades que promovem na comunidade. Enquanto isso o Restaurante Comunitário, que fica próximo à cozinha, foi reconhecido como um equipamento capaz de promover o acesso à alimentação para mais pessoas, porém a qualidade das refeições a adequação aos hábitos alimentares dos frequentares precisa de investimentos. Sugerimos que estudos futuros se debrucem sobre os efeitos da institucionalização na sustentabilidade e no potencial revolucionário das Cozinhas Solidárias, e nas estratégias de valorização e reconhecimento do trabalho das mulheres negras cozinheiras nesses espaços. Ao longo do estudo destacamos o uso da lente interseccional para visibilizar as trabalhadoras das Cozinhas Solidárias no intuito de romper com as repetições dos sentidos que a cozinha, o cozinhar e as cozinheiras tiveram no passado, e que não deveriam ser perpetuados nessa experiência. Esperamos que este trabalho contribua para o campo da alimentação e nutrição, das políticas públicas de segurança alimentar e nutricional, bem como dos estudos críticos em alimentação, afirmando a relevância das mulheres negras cozinheiras que ocupam espaços de cozinhar coletivos para a transformação dos contextos de fome e na de garantia do direito humano à alimentação adequada, em suas comunidades e em todo o país._
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“When the Covid-19 pandemic reached Brazil, it exacerbated food and nutrition insecurity, intensifying hunger across the country. From the academic and political contributions of Josué de Castro in his work Geography of Hunger (1946) to the present day, hunger has affected diverse bodies and lived experiences shaped by multiple systems of oppression. In this study, hunger is understood as a complex social phenomenon that worsened in the context of the Covid-19 pandemic and the absence of state intervention. Amid these overlapping crises, civil society organizations and social movements mobilized both traditional and new strategies to confront hunger. Among these, we highlight the Solidarity Kitchens, which form the focus of this research. The recent emergence and expansion of Solidarity Kitchens across Brazil have attracted growing scholarly attention. Most studies address the populations they serve or their potential to promote food and nutrition security and other social rights. However, there remains a scarcity of research highlighting the women who work in these kitchens—mostly Black women—and their essential role not only in enabling these spaces to fulfill their transformative potential, but also in enhancing the well-being of their communities. Therefore, the general objective of this study is to understand the praxis of eating and cooking as political acts through the experience of the MTST Solidarity Kitchen in Sol Nascente, in the Federal District. Our guiding research questions were: What constitutes the acts of eating and cooking as political acts in this experience? How did the process of politicization of these acts unfold? What are the interfaces and distinctions between the Solidarity Kitchen and the public policies with which it interacts? Methodologically, the study adopts a qualitative and exploratory approach grounded in Community-Based Participatory Research (CBPR). With the support of local leadership, we formed a group of ten women who were actively engaged in the activities of the Solidarity Kitchen between January and July 2024. Three group meetings were conducted between November 2024 and February 2025; these sessions were recorded and transcribed. In addition, participant observation was carried out in the territory, with field notes recorded between September 2024 and February 2025. The materials were analyzed using reflexive thematic analysis, guided by three theoretical lenses: Marxist theory, intersectionality, and the framework of cooking and eating as political acts. The findings indicate that the political education fostered by the MTST and its partnerships played a significant role in the politicization of the cooks and, consequently, in the political formation of the acts of cooking and eating. Beyond political education, amorosity—the practice of care and affection—emerged as another essential element in the struggle against hunger within the Solidarity Kitchen, expressed through the promotion of equity and care during meal distribution. Regarding public policies, particularly the Solidarity Kitchen Program, we identified a lack of measures directly aimed at improving the working conditions of the cooks, as well as insufficient recognition and appreciation of their labor and the multiple community-building activities they promote. Meanwhile, the nearby Community Restaurant was recognized as an important public facility that expands access to food; however, its meal quality and alignment with local food cultures require further investment. We suggest that future studies examine the effects of institutionalization on the sustainability and revolutionary potential of Solidarity Kitchens, as well as strategies to value and recognize the work of Black women cooks within these spaces. Throughout this study, we emphasize the use of an intersectional lens to make visible the women workers in Solidarity Kitchens, seeking to break with historical meanings attached to the kitchen, cooking, and women cooks—meanings that should not be perpetuated in this experience. We hope this research contributes to the fields of food and nutrition, public policies on food and nutrition security, and critical food studies, by affirming the central role of Black women cooks who occupy collective cooking spaces in transforming contexts of hunger and advancing the human right to adequate food within their communities and across the country._”
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MARIA DAIANE DA SILVA SALES
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Prevalência de dupla carga de má nutrição em crianças: uma análise no contexto da América Latina e do Distrito Federal
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Orientador : VIVIAN SIQUEIRA SANTOS GONCALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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ARIENE SILVA DO CARMO
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NATHALIA MARCOLINI PELUCIO PIZATO
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VERONICA CORTEZ GINANI
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VIVIAN SIQUEIRA SANTOS GONCALVES
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Data: 19/12/2025
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“ Introdução: A manifestação simultânea de duas formas de má nutrição é definida como dupla carga de má nutrição. Esta condição pode ser a nível individual, domiciliar e/ou populacional. As mudanças significativas no estilo de vida, nos hábitos alimentares e na prática de atividade física, além do processo de transição epidemiológica e demográfica que ocorreram nas últimas décadas, provocaram mudanças no cenário nutricional global, tornando a dupla carga de má nutrição um problema emergente de saúde pública, em especial em países de baixa e média renda. Objetivo: Estimar a prevalência de dupla carga de má nutrição em crianças na América Latina e no Distrito Federal (DF), investigando sua associação com contextos de vulnerabilidade social no DF. Métodos: Dois artigos foram desenvolvidos como produtos da dissertação. O primeiro estudo trata-se de uma revisão sistemática com metanálise, conduzida de acordo com o checklist PRISMA, utilizando as seguintes bases de dados: Medline, Embase, Scopus, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Web of Science, Cochrane Library, ProQuest Dissertations & Theses Global e Google Scholar. Três metanálises foram calculadas agrupando os estudos em: coexistência de atraso no crescimento e excesso de peso; anemia e excesso de peso; e deficiências de micronutrientes e excesso de peso. O segundo artigo refere-se à um estudo observacional, transversal, realizado com dados de crianças do 2° ao 4° ano de escolas públicas de ensino fundamental do Distrito Federal. Foram utilizados dados siociodemográficos, antropométricos, de consumo alimentar, prática de atividade física e de exames bioquímicos para a realização de análises descritivas e estatísticas utilizando a regressão de Poisson (p<0,05). Resultados: A revisão sistemática incluiu 33 estudos transversais. A prevalência da coexistência de atraso no crescimento e excesso de peso, anemia e excesso de peso e deficiências de micronutrientes e excesso de peso, foi 4,00% (IC95%3,00-6,00; I²=99,98), 2,00% (IC95% 2,00-3,00; I²=97,22%) e 10,00% (IC95% 5,00-14,00; I²=99,09%), respectivamente. As maiores prevalências foram observadas no Peru e no Brasil. O estudo observacional incluiu 978 crianças e apresentou prevalência de dupla carga de má nutrição no Distrito Federal de 4,85% (IC95% 2,15-10,58). Não foi observada associação entre estar inserido em contextos de alta vulnerabilidade social e a presença de dupla carga de má nutrição, mesmo após análise ajustada (p>0,05). Conclusões: Os resultados observados ressaltam a necessidade de esforços para o enfrentamento da dupla carga de má nutrição, no contexto regional da América Latina, e local do Distrito Federal. Além disso, as políticas de alimentação e nutrição precisam considerar as especificidades das regiões de alta vulnerabilidade social, afim de intervenções mais eficazes e equitativas.”
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“ Introduction: The simultaneous manifestation of two forms of malnutrition is defined as the double burden of malnutrition. This condition can occur at the individual, household, and/or population level. Significant changes in lifestyle, eating habits, and physical activity, in addition to the epidemiological and demographic transition that has occurred in recent decades, have caused changes in the global nutritional landscape, making the double burden of malnutrition an emerging public health problem, especially in low- and middle-income countries. Objective: To investigate the prevalence of the double burden of malnutrition in children in Latin America and the Federal District of Brazil, and its association with contexts of social vulnerability. Methods: Two articles were developed as products of the dissertation. The first study is a systematic review and metaanalysis, conducted according to the PRISMA checklist, using the following databases: Medline, Embase, Scopus, Virtual Health Library (VHL), Web of Science, Cochrane Library, ProQuest Dissertations & Theses Global, and Google Scholar. Three meta-analyses were calculated by grouping the studies into: coexistence of stunting and overweight; anemia and overweight; and micronutrient deficiencies and overweight. The second article refers to an observational, crosssectional study conducted with data from children in grades 2 to 4 of public elementary schools in the Federal District. Data on sociodemographic, anthropometric, dietary intake, physical activity, and biochemical tests were used to perform descriptive and analytical statistical analyses using Poisson regression (p<0.05). Results: The systematic review included 33 cross-sectional studies. The prevalence of the coexistence of stunting and overweight, anemia and overweight, and micronutrient deficiencies and overweight was 4.00% (95%CI 3.00-6.00; I²=99.98), 2.00% (95%CI 2.00-3.00; I²=97.22%), and 10.00% (95%CI 5.00-14.00; I²=99.09%), respectively. The highest prevalences were observed in Peru and Brazil. The observational study included 978 children and showed a prevalence of double burden of malnutrition in the Federal District of 4.85% (95%CI 2.15-10.58). No association was observed between being inserted in contexts of high social vulnerability and the presence of double burden of malnutrition, even after adjusted analysis (p>0.05). Conclusions: The results observed highlight the need for efforts to address the double burden of malnutrition in the regional context of Latin America and the local context of the Federal District. In addiction, food and nutrition policies need to consider the specificities of regions with high social vulnerability, in order to develop more effective and equitable interventions.”
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Teses |
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Silvano Barbosa de Oliveira
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ANÁLISE DO IMPACTO DO DISTANCIAMENTO SOCIAL E MODELAGEM ESTATÍSTICA DOS CASOS E ÓBITOS DE COVID-19 NO BRASIL
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Orientador : WILDO NAVEGANTES DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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WILDO NAVEGANTES DE ARAUJO
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IVAN RICARDO ZIMMERMANN
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WALTER MASSA RAMALHO
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LEILA DENISE ALVES FERREIRA AMORIM
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WANDERSON KLEBER DE OLIVEIRA
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Data: 20/01/2025
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“A pandemia de COVID-19 foi um dos maiores desafios já enfrentados pela saúde pública global, exigindo respostas rápidas e coordenadas para minimizar seus impactos. No Brasil, medidas como o distanciamento social e restrições de mobilidade, adotadas no início da pandemia, tiveram um papel importante na contenção inicial de casos e óbitos. No entanto, a resposta enfrentou sérias limitações, como a subnotificação de casos e óbitos, atrasos na divulgação de dados e dificuldades para projetar cenários futuros, agravadas pela escassez de testes de diagnóstico e pela dificuldade em coletar informações em tempo hábil. Esta pesquisa destacou o papel essencial dos dados secundários na tomada de decisões durante a pandemia, apontando fragilidades do sistema de vigilância epidemiológica e propondo metodologias alternativas. O primeiro artigo mostrou que medidas de distanciamento social, especialmente quando o isolamento superou 50%, contribuíram para reduzir as taxas de transmissão do vírus. O segundo artigo abordou os efeitos da escassez de testes no início da pandemia, que impactaram diretamente a classificação dos óbitos. O terceiro artigo reforçou a necessidade de acesso a dados em tempo real para que medidas de controle possam ser implementadas de forma mais eficaz e oportuna. Os resultados desta pesquisa oferecem contribuições valiosas para a gestão de crises sanitárias, apontando caminhos para aprimorar as estratégias de vigilância e análise preditiva, além de fortalecer a capacidade de resposta a futuras epidemias.”
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“COVID-19 pandemic was one of the greatest challenges ever faced by global public health, requiring swift and coordinated responses to minimize its impacts. In Brazil, measures such as social distancing and mobility restrictions, implemented in the early stages of the pandemic, resulted an important role in the initial containment of cases and deaths. However, the response faced significant challenges, including underreporting of cases and deaths, delays in data reporting, and difficulties in projecting future scenarios, exacerbated by a lack of diagnostic supplies and difficulties in timely data collection. This study highlighted the essential role of secondary data in decision-making during the pandemic, pointing out weaknesses in the epidemiological surveillance system and proposing alternative methodologies. The first article demonstrated that social distancing measures, particularly when isolation exceeded 50%, contributed to reducing transmission rates. The second article addressed the impact of the lack of diagnostic supplies in the early stages of the pandemic, which directly affected the classification of deaths. The third article emphasized the need for access to real-time data to enable more effective and timelier implementation of control measures. The findings of this research provide valuable contributions to crisis management in public health, outlining pathways to improve surveillance and predictive analysis strategies and to strengthen the capacity to respond to future epidemics.”
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CARLA PINTAS MARQUES
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PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA ANÁLISE SOBRE O PROCESSO DE TRABALHO NO DISTRITO FEDERAL
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Orientador : MARIA FATIMA DE SOUSA
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELA SAVI GEREMIA
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ELIZABETE PIMENTA ARAÚJO PAZ
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EVERTON NUNES DA SILVA
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JOSE DA PAZ OLIVEIRA ALVARENGA
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MARIA FATIMA DE SOUSA
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Data: 31/01/2025
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“ INTRODUÇÃO: A Atenção Primária à Saúde (APS) é o primeiro nível de atenção e caracteriza-se por um conjunto de ações no âmbito individual e coletivo, que abrangem desde a promoção e a prevenção de agravos, até o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. A enfermagem exerce uma prática profissional socialmente relevante na APS, já determinada historicamente através de um processo coletivo de trabalho quando produz ações de saúde articuladas com os demais membros da equipe. OBJETIVO: Compreender as práticas da enfermagem da Atenção Primária à Saúde no Distrito Federal sob a ótica do processo de trabalho contextualizando a coordenação do cuidado. MÉTODO: Trata-se de estudo integrante da pesquisa nacional “Práticas de Enfermagem no Contexto da Atenção Primária à Saúde (APS): Estudo Nacional de Métodos Mistos”, estabelecendo-se o recorte dos dados referentes ao Distrito Federal, na Região Centro-Oeste. Constituiu-se de abordagem metodológica mista, do tipo exploratório e descritivo, com dados qualiquantitativos, onde analisou-se a primeira categoria, “Processo de trabalho realizado pelo enfermeiro da APS”, que contém a subcategoria “Coordenação do cuidado”.”
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“ INTRODUCTION: Primary Health Care (PHC) is the first level of care and is characterized by a set of actions at the individual and collective levels, ranging from the promotion and prevention of diseases to diagnosis, treatment, rehabilitation and health maintenance. Nursing exercises a socially relevant professional practice in PHC, already historically determined through a collective work process when it produces health actions articulated with the other members of the team. OBJECTIVE: To understand the nursing practices of Primary Health Care in the Federal District from the perspective of the work process, contextualizing the coordination of care. METHOD: This is a study that is part of the national survey "Nursing Practices in the Context of Primary Health Care (PHC): National Study of Mixed Methods", establishing the cut of data referring to the Federal District, in the Midwest Region. It consisted of a mixed methodological approach, exploratory and descriptive, with qualitative and quantitative data, where the first category, "Work process performed by PHC nurses", was analyzed, which contains the subcategory "Care coordination". .”
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ESTEVAO CUBAS ROLIM
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MÍDIAS SOCIAIS E PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO EM HIPERTENSOS: DESAFIOS EMERGENTES NA PRÁTICA PROFISSIONAL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE FRENTE À SOCIEDADE DO CANSAÇO
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Orientador : ANA VALERIA MACHADO MENDONCA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA VALERIA MACHADO MENDONCA
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VERONICA CORTEZ GINANI
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JOSE DA PAZ OLIVEIRA ALVARENGA
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NATALIA FERNANDES DE ANDRADE
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WANIA RIBEIRO FERNANDES
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Data: 20/02/2025
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“As Doenças Crônicas Não Transmissíveis são uma causa importante de morbimortalidade e custos. A Hipertensão Arterial Sistêmica é altamente prevalente e relacionada a complicações, especialmente nas populações mais vulneráveis. A oferta de cuidado adequado inclui não só atendimento e prevenção de complicações, mas também atividades de educação em saúde e promoção da saúde. Tais atividades podem ser otimizadas com ferramentas digitais para promoção da saúde nas mídias sociais. No entanto, a Sociedade do Cansaço, conforme descrita por Byung-Chul Han, apresenta contexto paradoxal no qual as mesmas mídias que promovem autocuidado frequentemente incentivam a autoexploração. Esta tese aprofunda a investigação teórica do autocuidado e autoexploração a partir do enfoque de pacientes com hipertensão dentro do paradigma da Sociedade do Cansaço. Este estudo, com perspectiva da Pesquisa Participativa Baseada na Comunidade e baseado em revisões de escopo e análise crítica da obra de Byung-Chul Han, explora as contradições da promoção da saúde em mídias sociais na promoção da saúde e avalia as tensões entre autocuidado e autoexploração.”
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“Chronic Non-Communicable Diseases are a significant cause of morbidity, mortality, and healthcare costs. Systemic Arterial Hypertension is highly prevalent and associated with complications, especially among vulnerable populations. Adequate care provision includes not only treatment and prevention of complications but also health education and health promotion activities, with potential benefits being more pronounced for young adults with hypertension due to their longer exposure to the disease. These activities can be optimized with digital tools for health promotion on social media. However, the Burnout Society, as described by Byung-Chul Han, presents a paradox where the same media that promotes self-care often encourages self-exploitation. This thesis proposes to investigate the balance between self-care and self-exploitation in hypertensive patients within the paradigm of the Burnout Society. The research, from the perspective of the Community Based Participatory Research and based on scoping reviews and their counterpoint with Byung-Chul Han’s work, seeks to explore the contradictions of health promotion on social media and to assess the tensions between self-care and self-exploitation.”
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ÁDRIA JANE ALBARADO
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Museu de grandes novidades: um olhar sobre campanhas de comunicação de HIV e aids no Brasil
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Orientador : ANA VALERIA MACHADO MENDONCA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA VALERIA MACHADO MENDONCA
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DAIS GONCALVES ROCHA
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XIMENA PAMELA CLAUDIA DIAZ BERMUDEZ
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ANA MARIA DE BRITO
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FLAVIA DO BONSUCESSO TEIXEIRA
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Data: 16/04/2025
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“Campanhas midiáticas são as mais comuns estratégias de Comunicação em Saúde no Brasil. De maneira histórica e tradicional, a partir de direcionamentos epidemiológicos, são divulgadas em mídias de massa com o objetivo de prevenir doenças infectocontagiosas, inclusive HIV e aids. Sendo, portanto, utilizadas constantemente como estratégia de Vigilância em Saúde. Apesar de serem adotadas desde o início da epidemia de HIV e aids, ano após ano, ocorrem novas infecções, em particular, entre pessoas jovens e vulnerabilizadas. E quando se busca referências sobre a avaliação da referida intervenção, observa-se uma lacuna nas discussões da Saúde Coletiva. Diante deste contexto, esta tese visa analisar as campanhas de comunicação sobre HIV e aids veiculadas pelo Ministério da Saúde brasileiro. O recorte temporal é de 2012 a 2022. Trata-se de um Estudo de Caso com cinco fases, a partir da Triangulação de Métodos e que inclui: Análise de Conteúdo de peças das campanhas; Avaliação Normativa de notas técnicas e/ou informativas, briefings e planos de mídia; Revisão de Escopo; Análises Estatística e Comparativa de dados epidemiológicos e políticas públicas; e, Pesquisas Documental e Bibliográfica. No que se refere às bases epistemológicas e sob a perspectiva da transdisciplinaridade inerente às áreas, adota-se uma série de teóricos da Saúde Coletiva e da Comunicação Social, em especial das subáreas da Epidemiologia, Vigilância e Comunicação em Saúde e, Sociologia da Comunicação, respectivamente. Os resultados preliminares demonstram que as campanhas abordam métodos dos níveis de prevenção primária e secundária em 81% e 93% das peças, na respectiva ordem. Os níveis terciário e quaternário só aparecem em 8% e 32%. As campanhas citam os métodos de prevenção sem informações explícitas sobre cada um e só as intervenções biomédicas são abordadas. Há uma atuação positiva para o incentivo de métodos de barreira e testagem em massa, e lacunas quanto ao tratamento como prevenção, à resposta aos determinantes sociais e à prevenção combinada. As campanhas precisam de avaliação e aperfeiçoamento enquanto estratégia de Comunicação em Saúde adotada com o objetivo prevenir HIV e aids, sobretudo se consideradas as especificidades das populações-chave e prioritárias.”
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“Media campaigns are the most common Health Communication strategies in Brazil. Historically and traditionally, based on epidemiological guidelines, they are disseminated in the mass media with the aim of preventing infectious diseases, including HIV and AIDS. They are therefore constantly used as a Health Surveillance strategy. Despite being adopted since the beginning of the HIV and AIDS epidemic, new infections occur year after year, particularly among young and vulnerable people. And when we look for references on the evaluation of this intervention, we see a gap in the discussions on Collective Health. In this context, this thesis aims to analyze the communication campaigns on HIV and AIDS run by the Brazilian Ministry of Health. The time frame is 2012 to 2022. This is a fivephase Case Study, based on the Triangulation of Methods, which includes: Content Analysis of campaign pieces; Normative Evaluation of technical and/or information notes, briefings and media plans; Scope Review; Statistical and Comparative Analysis of epidemiological data and public policies; and, Documentary and Bibliographic Research. With regard to the epistemological bases and from the perspective of the inherent transdisciplinarity of the areas, a series of theorists from Collective Health and Social Communication were adopted, especially from the sub-areas of Epidemiology, Surveillance and Health Communication and Sociology of Communication, respectively. The preliminary results show that the campaigns address methods from the primary and secondary prevention levels in 81% and 93% of the pieces, in the respective order. The tertiary and quaternary levels only appear in 8% and 32%. The campaigns mention prevention methods without explicit information about each one and only biomedical interventions are covered. There is positive action to encourage barrier methods and mass testing, and gaps regarding treatment as prevention, the response to social determinants and combined prevention. Campaigns need to be evaluated and improved as a health communication strategy adopted with the aim of preventing HIV and AIDS, especially if the specificities of key and priority populations are taken into account.”
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Gabrielle Kéfrem Alves Gomes
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ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DA INCORPORAÇÃO DAS INSULINAS ANÁLOGAS NA REDE ASSISTENCIAL DO SUS
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Orientador : NOEMIA URRUTH LEAO TAVARES
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRÉ DE OLIVEIRA BALDONI
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DAYDE LANE MENDONCA DA SILVA
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LEONARDO RÉGIS LEIRA PEREIRA
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NOEMIA URRUTH LEAO TAVARES
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RINALDO EDUARDO MACHADO DE OLIVEIRA
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Data: 28/04/2025
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“Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) constitui um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia, que é o resultado de defeitos na ação e/ou na secreção de insulina. No caso do Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) o tratamento é baseado na aplicação de insulinas exógenas. No intuito de tornar o perfil de insulina injetada mais próximo do nível fisiológico, insulinas análogas foram desenvolvidas que incluem as de ação prolongada e de ação rápida. No Brasil, a incorporação das insulinas análogas no SUS para o tratamento do DM1 se deu com a inclusão das insulinas de ação rápida pela Portaria SCTIE-MS nº 10 publicada no Diário Oficial da União (DOU) nº 38, de 22 de fevereiro de 2017 e regulamentado pelo Protocolo Clínico para Diabetes Tipo 1 aprovado pela Portaria Conjunta Nº 08, de 15 de março de 2018 assistencial do SUS. Método: Tratase de uma Pesquisa de Implementação (Implementation Research) utilizando método misto em multifaces (Multiphase Mixed Methods).O estudo foi realizado em três etapas: a primeira etapa consiste em um inquérito nacional online junto aos gestores estaduais e municipais de saúde a respeito da estrutura da rede assistencial, serviços referenciais e os fluxos estabelecidos para disponibilização das insulinas análogas de ação rápida nos municípios brasileiros a partir da implementação do PCDT DM1/MS. Na segunda etapa, uma análise documental dos protocolos estaduais de acesso às insulinas análogas a fim de analisar a sua qualidade comparado ao PCDT DM1/MS a partir do instrumento AGREE II (Appraisal of Guidelines Research & Evaluation). Na terceira etapa uma avaliação de Conhecimentos, Atitudes e Práticas (CAP) junto aos responsáveis pela prescrição e dispensação de insulinas análogas de ação rápida. Resultados: Foram analisados 13 documentos e a maioria (46%) estava intitulada como protocolos para dispensação. Quanto a avaliação global, o PCDT apresentou maior pontuação (5,7) seguido de um documento estadual, com média de 5,0. Apenas uma das diretrizes foi recomendada sem modificações, sendo três delas não recomendadas. Em todos os documentos avaliados foram identificadas fragilidades importantes em mais de um Domínio, com destaque para os baixos valores para “aplicabilidade”; “envolvimento das partes interessadas” e “independência editorial”. No inquérito nacional observou-se que em relação a aquisição estadual de insulinas análogas, sejam elas basal ou de ação rápida, a maioria 89% (n=24) dos estados já a realizava. Ainda que a incorporação de insulinas análogas de ação rápida a nível federal tenha ocorrido em fevereiro de 2017, o recebimento das insulinas análogas nos estados ocorreu somente a partir de outubro de 2018 em 77,7% (n=21) deles, de novembro de 2018 a janeiro de 2019 em 18,5% (n=5) dos estados e foi finalizado o início da distribuição em março de 2019 no último Estado. Quanto à distribuição, esta se iniciou em cerca da metade dos estados em outubro (51,8% (n=14)), e no restante dos estados o início desta etapa se estendeu de novembro de 2018 até abril de 2019. O início da dispensação ocorreu de forma mais distribuída entre outubro de 2018 a maio de 2019. Em relação ao processo de disponibilização das insulinas análogas, a maioria dos estados 59,3% (n=16) referiram dispensar as insulinas análogas em farmácias do CEAF na capital do Estado ou farmácias regionais; 11,1% (n=3) de forma descentralizada junto à rede de serviços públicos dos municípios do Estado e em dois deles (7,4%) somente em centros de referência, sendo que os demais estados referiram formas mistas de dispensação. Conclusão: Ainda existe uma lacuna para a padronização da estrutura e da qualidade de documentos orientativos de acesso ao tratamento do DM nos estados brasileiros. Observa-se uma fragilidade na relação de documentos oficiais que normatizem ou orientem a construção destes documentos estaduais. Adicionalmente, observa-se uma lacuna de diretrizes formais para guiar o processo de implementação no Brasil, o que se constitui em oportunidade para o desenvolvimento de modelos alinhados à realidade do SUS. Necessidade de Alinhamento das ações necessárias e responsáveis, minimizando entraves e integrando as esferas de gestão.
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“Introduction: Diabetes Mellitus (DM) comprises a heterogeneous group of metabolic disorders characterized by hyperglycemia, resulting from defects in insulin action and/or secretion. In Type 1 Diabetes Mellitus (T1DM), treatment relies on the administration of exogenous insulin. To achieve a more physiologically similar insulin profile, insulin analogs were developed, including long-acting and rapid-acting formulations. In Brazil, the incorporation of insulin analogs into the Unified Health System (SUS) for T1DM treatment occurred with the inclusion of rapid-acting insulin analogs through Ordinance SCTIE-MS No. 10, published in the Federal Official Gazette (DOU) No. 38 on February 22, 2017, and regulated by the Clinical Protocol for Type 1 Diabetes, approved by Joint Ordinance No. 08 on March 15, 2018. Method: This study is an Implementation Research using a Multiphase Mixed Methods approach. It was conducted in three phases: (1) a national online survey with state and municipal health managers to assess the structure of the healthcare network, reference services, and the established distribution flow of rapid-acting insulin analogs in Brazilian municipalities following the implementation of the T1DM/MS Clinical Protocol; (2) a document analysis of statelevel protocols for accessing insulin analogs, evaluating their quality compared to the T1DM/MS protocol using the AGREE II (Appraisal of Guidelines Research & Evaluation) instrument; and (3) an assessment of Knowledge, Attitudes, and Practices (KAP) among healthcare professionals responsible for prescribing and dispensing rapid-acting insulin analogs. Results: A total of 13 documents were analyzed, with most (46%) classified as dispensing protocols. Regarding global assessment, the T1DM/MS protocol obtained the highest score (5.7), followed by a state document with an average score of 5.0. Only one guideline was recommended without modifications, while three were not recommended. All evaluated documents presented significant weaknesses in multiple domains, particularly in "applicability," "stakeholder involvement," and "editorial independence." The national survey revealed that 89% (n=24) of states had already implemented the procurement of basal or rapid-acting insulin analogs at the state level. Although the federal-level incorporation of rapid-acting insulin analogs occurred in February 2017, the distribution to states began only in October 2018 in 77.7% (n=21) of states, between November 2018 and January 2019 in 18.5% (n=5) of states, and was completed in March 2019 in the final state. Distribution started in approximately half of the states in October 2018 (51.8%, n=14), while in the remaining states, it extended from November 2018 to April 2019. Dispensing began more gradually, occurring between October 2018 and May 2019. Regarding the provision process, most states (59.3%, n=16) reported dispensing insulin analogs through Specialized Component of Pharmaceutical Assistance (CEAF) pharmacies in the state capital or regional pharmacies; 11.1% (n=3) through a decentralized model via municipal public health services, and 7.4% (n=2) only in reference centers, with the remaining states reporting mixed dispensing models. Conclusion: There remains a gap in the standardization of structure and quality for access guidelines to T1DM treatment across Brazilian states. A significant weakness is observed in the availability of official documents that regulate or guide the development of state-level protocols. Additionally, the lack of formal guidelines to support the implementation process in Brazil presents an opportunity for the development of models aligned with the reality of SUS. Strategic alignment of necessary and responsible actions is essential to minimize barriers and integrate different levels of healthcare management.
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LUCAS AGUSTINHO FERNANDES
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AVALIAÇÃO DO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE BUCAL DOS ADOLESCENTES DAS CAPITAIS BRASILEIRAS
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Orientador : HELENA ERI SHIMIZU
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MEMBROS DA BANCA :
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HELENA ERI SHIMIZU
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GILBERTO ALFREDO PUCCA JUNIOR
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MAURO NISKIER SANCHEZ
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LUCIANA SEPULVEDA KOPTCKE
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MARIA DO CARMO MATIAS FREIRE
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Data: 29/05/2025
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“Políticas de promoção da saúde bucal nas escolas são implementadas em aproximadamente 72,4% dos países, entretanto, sua avaliação é um desafio para a maioria deles. No Brasil, o Programa Saúde na Escola (PSE) tem esse compromisso a saúde bucal na escola, porém seu processo de monitoramento e avaliação ainda apresenta lacunas. Este estudo objetiva avaliar o Programa Saúde na Escola com foco nos fatores associados à promoção da saúde bucal dos estudantes das escolas das capitais brasileiras. Trata-se de um estudo avaliativo de desenho transversal realizado em três etapas: (I) análise da implementação do Programa por meio da análise documental das normativas e análise descritivas da adesão ao PSE de 2007 a 2021; (II) análise da infraestrutura das escolas que registraram ações de saúde bucal em que a Análise Fatorial Exploratória e a Análise Multivariada da Variância foram utilizadas para examinar a relação entre as atividades de saúde bucal e as características organizacionais das escolas; e (III) análise da associação das ações de saúde bucal do Programa com a frequência de escovação, utilização de serviços odontológicos e relato de dor de dente de adolescentes das capitais brasileiras em 2019 por meio de um estudo ecológico de análise multinível da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Na primeira etapa (I) do estudo, identificou-se que a institucionalização do PSE no Brasil permitiu a expansão das ações de promoção da saúde na escola em 15 anos de implementação, evidenciado pela crescente adesão que atingiu mais de 97% dos municípios do território nacional. Na segunda etapa (II), foi verificada associação das atividades de saúde bucal com a infraestrutura das escolas, encontrando que há diferenças significativas entre os grupos de atividades nas variáveis relacionadas ao ambiente favorável à alimentação e higiene (p=0,000), à integração escola-comunidade e nutrição escolar (p=0,000) e à participação da comunidade escolar (p=0,027), assim, sugere-se que melhorar a infraestrutura e reforçar a colaboração intersetorial podem potencializar as ações de promoção da saúde bucal na escola. E na terceira (III) etapa, constatou-se que a adesão ao PSE apresentou resultado positivo na frequência de escovação dos estudantes, com um coeficiente de 0,341 (p=0,022) e odds ratio (OR) de 1,41 (IC95% 1,05-1,89), indicando que estudantes de escolas com o PSE têm 1,41 vezes mais chances de escovar os dentes duas ou mais vezes ao dia. E a presença do PSE foi um fator protetor para dor de dente, com um coeficiente de -0,312 (p=0,028) e OR de 0,73 (IC95% 0,55-0,97). Logo, os resultados enfatizam a importância do PSE na promoção de saúde bucal em escolas, em especial no aumento da frequência de escovação e proteção contra a dor de dente. Em suma, o PSE contribui para a melhoria das condições de saúde bucal dos adolescentes, ao passo que garantir a qualidade da infraestrutura das escolas e da relação intersetorial são essenciais para seu efeito. Além disso, reforça a importância de aprimorar o monitoramento e a avaliação contínua do PSE, integrando dados populacionais para ampliar a compreensão sobre os efeitos dessas intervenções no contexto brasileiro.”
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“School-based oral health promotion policies are implemented in approximately 72.4% of countries; however, their evaluation poses a challenge for most. In Brazil, the School Health Program (PSE) is committed to promoting oral health in schools, though its monitoring and evaluation processes still exhibit gaps. This study aims to assess the School Health Program, focusing on factors associated with oral health promotion among students in schools located in Brazilian capital cities. It is a crosssectional evaluative study conducted in three stages: (I) an analysis of program implementation through document review of norms and descriptive analysis of PSE participation from 2007 to 2021; (II) an analysis of the infrastructure in schools reporting oral health actions, using Exploratory Factor Analysis and Multivariate Analysis of Variance to examine the relationship between oral health activities and organizational characteristics of schools; and (III) an analysis of the association between the PSE's oral health actions and students' toothbrushing frequency, dental service utilization, and reports of toothache in 2019 through a multilevel ecological analysis of the National School Health Survey (PeNSE). In the first stage (I), findings indicated that institutionalizing the PSE in Brazil enabled the expansion of health promotion actions in schools over 15 years, with program participation exceeding 97% of municipalities nationwide. In the second stage (II), associations were identified between oral health activities and school infrastructure, revealing significant differences among activity groups in variables related to a supportive environment for nutrition and hygiene (p=0.000), school-community integration, school nutrition (p=0.000), and community participation (p=0.027). These findings suggest that enhancing infrastructure and strengthening intersectoral collaboration may enhance the impact of oral health promotion activities in schools. In the third stage (III), the results showed a positive effect of PSE participation on student's toothbrushing frequency, with a coefficient of 0.341 (p=0.022) and an odds ratio (OR) of 1.41 (95% CI 1.05-1.89), indicating that students in PSE-affiliated schools were 1.41 times more likely to brush their teeth two or more times daily. Additionally, PSE participation was a protective factor against toothache, with a coefficient of -0.312 (p=0.028) and an OR of 0.73 (95% CI 0.55-0.97). Thus, the findings highlight the importance of the PSE in promoting oral health in schools, especially in increasing toothbrushing frequency and protecting against toothache. Overall, the PSE contributes to improving adolescent's oral health, while ensuring school infrastructure quality and intersectoral relations are essential for its effectiveness. Additionally, the study emphasizes the importance of improving continuous monitoring and evaluation of the PSE by integrating population data to broaden understanding of the impacts of these interventions in the Brazilian context”
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FABRICIO VIEIRA CAVALCANTE
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PRONTIDÃO LABORATORIAL NO CONTEXTO DE EMERGÊNCIAS SANITÁRIAS: O CASO DA PANDEMIA DA COVID-19
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Orientador : LEONOR MARIA PACHECO SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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LEONOR MARIA PACHECO SANTOS
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WILDO NAVEGANTES DE ARAUJO
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LIGIA MARIA CANTARINO DA COSTA
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FLAVIA MIQUETICHUC NOGUEIRA NASCENTE
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MARCIA DE CANTUARIA TAUIL
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Data: 23/06/2025
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Resumo (português): “_INTRODUÇÃO: A pandemia da Covid-19 evidenciou a relevância da vigilância epidemiológica e genômica como ferramentas essenciais para a identificação e controle de doenças infecciosas. Nesse contexto, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) assumiram um papel estratégico, sendo responsáveis pelo apoio diagnóstico, realização de exames laboratoriais, identificação de agentes etiológicos e monitoramento de novas variantes. Durante a crise sanitária, os LACENs destacaram-se na implementação de técnicas de vigilância genômica, que permitiram não apenas a identificação do SARS-CoV-2, mas também o rastreamento de suas variantes. Essa capacidade de análise é essencial para detectar mudanças no perfil epidemiológico e orientar ações de saúde pública, como a alocação de recursos e a definição de medidas de controle. Ademais, os dados gerados pelos laboratórios alimentaram sistemas de informação, possibilitando a divulgação oportuna de informações cruciais para os serviços de saúde, população e para os gestores da saúde. Diversas estratégias para mitigar a incidência de casos da doença foram adotadas pelos órgãos governamentais da saúde, quais sejam: isolamento, distanciamento social, quarentena, medidas de contenção comunitária e a vacinação. OBJETIVO: Avaliar a capacidade de resposta dos Laboratórios de Saúde Pública (LACENs) no contexto da pandemia da Covid-19 no Brasil. MÉTODO: Trata-se de estudo epidemiológico observacional baseado em dados secundários sobre a prontidão dos LACENs do Brasil para combate a Covid-19 extraídos do painel público do Ministério da Saúde; bancos de dados de universidades públicas e privadas, Secretária de Saúde do DF e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/Brasília). Dados genômicos foram coletados no Dashboard Rede Genômica/ GISAID. O período das análises dos dados compreendeu do dia 20/03/2020 a 31/12/2024. RESULTADOS: Foram desenvolvidos quatro estudos apresentados em forma de artigo. O primeiro estudo identificou as etapas da pesquisa translacional de projetos desenvolvidos no Brasil sobre testes diagnósticos para mitigação da Covid-19 por regiões do Brasil, Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, Produto Interno Bruto e taxa de mortalidade. As maiores concentrações de projetos estão localizadas em SP (n=38), seguido por Pernambuco (n=14) e Minas Gerais (n=10), sendo a região Sudeste do Brasil a com maior concentração de pesquisas sobre testes diagnósticos para o SARS-CoV-2. A grande maioria das pesquisas (33%) estavam no momento da coleta dos dados na penúltima etapa T3 (Implementação). No segundo estudo foi realizada avaliação da capacidade das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito Federal (DF) para realizarem o diagnóstico laboratorial da Covid-19, onde se analisou as 165 UBSs existentes no DF. Os principais achados reportam que 91% dos enfermeiros tanto das UBS tradicionais como sentinelas estão capacitados, assim, como mais de 50% dos técnicos de enfermagem, além, da atuação dos odontólogos na capacitação na coleta e realização de testes na época da coleta. Destacase que mais da metade das UBS possuíam disponibilidade de insumos e materiais diagnósticos (caixa isotérmica, gelo artificial reciclado rígido, termômetro e geladeira). O terceiro, foi um estudo retrospectivo, transversal com dados de casos/óbitos – Ministério da Saúde, análises de RT-PCR – LACEN/DF e genômica do GISAID, onde se evidenciou que no ano de 2020 o LACEN/DF teve um pico no tempo de resposta para liberação dos resultados em 8 dias no mês de julho. Nos anos subsequentes 2021 a 2023 o tempo de liberação foi de menos de um dia, tendo uma forte atuação do setor privado na cooperação para o sequenciamento das amostras em Brasília e um excelente desempenho do LACEN/DF nesse processo. O quarto artigo, transversal, analítico, registrou 251.287 sequenciamentos do SARS-CoV-2 no Brasil para os anos de 2021 a 2024 com uma diminuição Tempos Médio de Resposta (TMR) ao longo dos anos. Em 2023 e 2024 foi de 82,4 dias e de 70 dias, respectivamente, e a maioria das UFs apresentaram redução significativa destes valores. Ao longo do período se percebe heterogeneidade deste indicador, entre regiões, variantes prevalentes e entre UFs. Os laboratórios públicos e fundações privadas sem fins lucrativos foram os principais atores nesta iniciativa. CONCLUSÃO: Os resultados apontam para uma cooperação mútua dos LACENs, instituições privadas e universidades e instituições de pesquisa do Brasil para enfrentamento da Covid-19, seja no desenvolvimento de tecnologias diagnósticas, na capacitação profissional, no rastreio e acompanhamento da doença, no processamento das amostras e na articulação das informações laboratoriais com a Rede de Atenção à Saúde nos três níveis de assistência para mitigação da pandemia da Covid-19 e preparação para emergências sanitárias que possam existir. Portanto, a pandemia reforçou a necessidade de investimentos contínuos na infraestrutura laboratorial e na capacitação técnica. A capacidade instalada dos laboratórios de saúde pública é um componente essencial para um sistema de vigilância eficaz, capaz de atuar não apenas em situações emergenciais, mas também de consolidar uma abordagem preventiva e sustentável para a promoção da saúde pública._”
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“__INTRODUCTION: The Covid-19 pandemic has highlighted the relevance of epidemiological and genomic surveillance as essential tools for the identification and control of infectious diseases. In this context, the Central Public Health Laboratories (LACENs) have assumed a strategic role, being responsible for diagnostic support, laboratory testing, identification of etiological agents, and monitoring of new variants. During the health crisis, LACENs stood out in implementing genomic surveillance techniques, which allowed not only the identification of SARS-CoV-2 but also the tracking of its variants. This analytical capacity is essential for detecting changes in the epidemiological profile and guiding public health actions, such as the allocation of resources and the definition of control measures. Moreover, the data generated by the laboratories fed into information systems, enabling the timely dissemination of crucial information to health services, the population, and health managers. Various strategies were adopted by governmental health agencies to mitigate the incidence of disease cases, namely: isolation, social distancing, quarantine, community containment measures, and vaccination. OBJECTIVE: To assess the response capacity of Public Health Laboratories (LACENs) in the context of the Covid-19 pandemic in Brazil. METHOD: This is an observational epidemiological study based on secondary data regarding the readiness of LACENs in Brazil to combat Covid-19, extracted from the public dashboard of the Ministry of Health; databases from public and private universities; the Health Department of the Federal District; and the Oswaldo Cruz Foundation (Fiocruz/Brasília). Genomic data were collected from the Genomic Network Dashboard/GISAID. The data analysis period spanned from March 20, 2020, to December 31, 2024. RESULTS: Four studies were developed and presented in the form of articles. The first study identified the stages of translational research in projects developed in Brazil on diagnostic testing for Covid-19 mitigation, by region, Municipal Human Development Index, Gross Domestic Product, and mortality rate. The highest concentrations of projects were found in São Paulo (n=38), followed by Pernambuco (n=14) and Minas Gerais (n=10), with the Southeast region having the largest concentration of research on diagnostic tests for SARS-CoV-2. The vast majority of the studies (33%) were in the penultimate stage T3 (Implementation) at the time of data collection. The second study evaluated the capacity of Basic Health Units (UBS) in the Federal District (DF) to perform laboratory diagnosis of Covid-19, analyzing the 165 UBSs in the DF. The main findings reported that 91% of nurses from both traditional and sentinel UBSs were trained, as well as more than 50% of nursing technicians. Dentists also contributed to training for sample collection and testing at the time of data collection. It is worth noting that more than half of the UBSs had the necessary diagnostic supplies and materials available (isothermal box, rigid recycled artificial ice, thermometer, and refrigerator). The third study was a retrospective, cross-sectional study using case/death data from the Ministry of Health, RT-PCR analyses from LACEN/DF, and genomic data from GISAID. It showed that in 2020, LACEN/DF had a peak response time of 8 days for result release in the month of July. In the subsequent years, from 2021 to 2023, the response time dropped to less than one day, reflecting strong participation from the private sector in sequencing cooperation in Brasília and excellent performance by LACEN/DF. The fourth article, a crosssectional and analytical study, recorded 251,287 SARS-CoV-2 sequences in Brazil between 2021 and 2024, with a decrease in Mean Response Times (MRT) over the years. In 2023 and 2024, MRT was 82.4 days and 70 days, respectively, and most states showed a significant reduction in these values. Throughout the period, heterogeneity in this indicator was observed among regions, prevalent variants, and states. Public laboratories and private nonprofit foundations were the main actors in this initiative. CONCLUSION: The results point to mutual cooperation among LACENs, private institutions, universities, and research institutions in Brazil in addressing Covid-19 whether through the development of diagnostic technologies, professional training, disease tracking and monitoring, sample processing, or the coordination of laboratory information with the Health Care Network across all three levels of care for mitigating the pandemic and preparing for future health emergencies. Therefore, the pandemic has reinforced the need for continued investment in laboratory infrastructure and technical training. The installed capacity of public health laboratories is an essential component of an effective surveillance system, capable of responding not only in emergency situations but also of consolidating a preventive and sustainable approach to promoting public health._”
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Yluska Myrna Meneses Brandão e Mendes
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ATENÇÃO OBSTÉTRICA NOS HOSPITAIS DE ENSINO DO BRASIL: ESTUDO BASEADO NA CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON
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Orientador : DAPHNE RATTNER
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MEMBROS DA BANCA :
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DAPHNE RATTNER
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ELISABETH CARMEN DUARTE
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JULIANA MACHADO SCHARDOSIM
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MARCOS AUGUSTO BASTOS DIAS
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CARMEN SIMONE GRILO DINIZ
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Data: 30/06/2025
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“A atenção obstétrica no Brasil tem sido historicamente caracterizada por um modelo tecnocrático, que persiste inclusive em Hospitais de Ensino (HE), instituições onde se espera a incorporação de práticas baseadas em evidências e fundamentadas na humanização do cuidado. Como resposta a esse cenário, o Ministério da Saúde instituiu, em 2017, o Projeto de Aprimoramento e Inovação no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Neonatologia (Apice ON), com o objetivo de transformar os modelos de formação, atenção e gestão em HE vinculados à Rede Cegonha. As taxas de cesáreas, frequentemente realizadas sem indicação obstétrica ou clínica, têm aumentado em diversos países. Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleça como ideal o limite máximo de 15% para todos os partos, o Brasil alcançou, em 2023, uma média de 59,6%, posicionando-se entre os países com as maiores taxas do mundo. Diante disso, têm sido empreendidos esforços governamentais para reduzir cesáreas, preservando aquelas que são clinicamente indicadas e podem salvar vidas. A Classificação de Robson é recomendada pela OMS como ferramenta padrão para avaliar, monitorar e comparar as taxas de cesáreas entre diferentes contextos e ao longo do tempo e utiliza características obstétricas para a construção de 10 grupos de risco epidemiológico. Desde 2011, o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) coleta dados que permitem a sua aplicação no Brasil. Neste contexto, esta tese buscou responder à seguinte pergunta: qual o cenário das cesáreas sem indicação obstétrica ou clínica nos hospitais brasileiros, a partir da aplicação da Classificação de Robson aos dados do projeto Apice ON? O objetivo geral foi avaliar as mudanças ocorridas no perfil das cesáreas nos hospitais participantes do Apice ON, com base na Classificação de Robson. Os objetivos específicos foram: (i) descrever as mudanças estruturais, de práticas e na evolução das cesáreas segundo a Classificação de Robson nesses hospitais; e (ii) investigar as alterações no perfil das cesáreas durante a pandemia de Covid-19. O estudo foi conduzido em duas etapas, ambas com abordagem quantitativa, retrospectiva e do tipo antes-e-depois, abrangendo os hospitais participantes do projeto. A primeira etapa utilizou dados do Sinasc, CNES e SIH/SUS referentes ao primeiro semestre de 2017 e ao segundo semestre de 2019. A segunda etapa analisou dados do Sinasc de 2019 a 2022. Os resultados indicam avanços pontuais na infraestrutura hospitalar, no protagonismo da enfermagem obstétrica, bem como maior qualificação das informações registradas. No entanto, as taxas de cesáreas permaneceram elevadas, inclusive nos grupos de baixo risco. Durante a pandemia, observou-se um aumento expressivo dessas taxas, especialmente em estados que aprovaram legislações permitindo a cesárea a pedido no SUS. Espera-se que esta tese contribua para o debate sobre a qualificação da atenção ao parto no Brasil e em contextos internacionais, destacando a importância da formação profissional, os riscos da institucionalização da cesárea eletiva, o fortalecimento das políticas públicas e a continuidade de projetos estratégicos como o Apice ON. Reforça-se, assim, o papel dos HE como espaços privilegiados de ensino, cuidado e inovação na atenção obstétrica no Brasil”.
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“Obstetric care in Brazil has historically been characterized by a technocratic model, which persists even in Teaching Hospitals (HE), institutions where the incorporation of evidence-based practices based on the humanization of care is expected. In response to this scenario, in 2017, the Ministry of Health established the Project for Improvement and Innovation in Care and Teaching in Obstetrics and Neonatology (Apice ON), with the aim of transforming the models of training, care, and management in HE linked to the Rede Cegonha. Cesarean section rates, often performed without obstetric or clinical indication, have increased in several countries. Although the World Health Organization (WHO) establishes the maximum limit of 15% as ideal for all births, Brazil reached an average of 59,6% in 2023, ranking among the countries with the highest rates in the world. In view of this, government efforts have been undertaken to reduce cesarean sections, preserving those that are clinically indicated and can save lives. The Robson Classification is recommended by the WHO as a standard tool for assessing, monitoring and comparing cesarean section rates across different contexts and over time, and uses obstetric characteristics to construct 10 epidemiological risk groups. Since 2011, the Live Birth Information System (Sinasc) has been collecting data that allow its application in Brazil. In this context, this thesis sought to answer the following question: what is the scenario of cesarean sections without obstetric or clinical indication in Brazilian hospitals, based on the application of the Robson Classification to data from the Apice ON project? The general objective was to evaluate the changes that occurred in the profile of cesarean sections in the hospitals participating in Apice ON, based on the Robson Classification. The specific objectives were: (i) to describe the structural changes, practices and evolution of cesarean sections according to the Robson Classification in these hospitals; and (ii) investigate changes in the profile of cesarean sections during the COVID-19 pandemic. The study was conducted in two stages, both with a quantitative, retrospective, and before-and-after approach, covering the hospitals participating in the project. The first stage used data from Sinasc, CNES, and SIH/SUS for the first half of 2017 and the second half of 2019. The second stage analyzed data from Sinasc from 2019 to 2022. The results indicate specific advances in hospital infrastructure, in the protagonism of obstetric nursing, as well as greater qualification of the information recorded. However, cesarean section rates remained high, even in low-risk groups. During the pandemic, a significant increase in these rates was observed, especially in states that approved legislation allowing cesarean sections on request in the SUS. This thesis is expected to contribute to the debate on the qualification of childbirth care in Brazil and in international contexts, highlighting the importance of professional training, the risks of institutionalizing elective cesarean sections, the strengthening of public policies and the continuity of strategic projects such as Apice ON. This reinforces the role of HE as privileged spaces for teaching, care and innovation in obstetric care in Brazil”.
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Francisca Lidiane Sampaio Freitas
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VULNERABILIDADE E CONDIÇÕES DE ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE DE PESSOAS TRANS E TRAVESTIS: ANÁLISES DO BRASIL E DO DISTRITO FEDERAL
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Orientador : EDGAR MERCHAN HAMANN
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MEMBROS DA BANCA :
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ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA
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DANIEL CANAVESE DE OLIVEIRA
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EDGAR MERCHAN HAMANN
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MARIA DA GRACA LUDERITZ HOEFEL
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WILDO NAVEGANTES DE ARAUJO
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Data: 20/08/2025
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“Introdução: As pessoas trans possuem necessidades de saúde gerais e específicas que exigem atendimento integral, mas enfrentam condições cotidianas de vulnerabilidade que geram desigualdades no acesso aos serviços de saúde. No Brasil, não foi encontrada revisão de escopo que analisasse situações de vulnerabilidade social e/ou programática dessa população sob a perspectiva teórica de vulnerabilidade multidimensional. No Distrito Federal (DF), não se identificou pesquisa particularmente no que tange ao acesso a serviços de saúde entre pessoas trans e travestis admitidas no ambulatório especializado. Método: Dois estudos foram desenvolvidos neste trabalho. O primeiro estudo consiste em uma revisão de escopo para mapear e analisar situações de vulnerabilidade social e/ou programática que afetam o acesso à saúde da população trans. Foram pesquisados artigos brasileiros em seis bases de dados científicas, sem restrição de idioma, publicados entre 2019 e abril de 2023. Os títulos e resumos foram importados para a plataforma Rayyan, onde foram selecionados para extração de dados. A segunda pesquisa correspondeu a um estudo transversal, com dados coletados de prontuários de travestis, mulheres trans e homens trans (> 18 anos) admitidos no Ambulatório Trans do DF nos anos de 2018, 2019, 2021 e 2022. Para identificar fatores associados a ‘não ter sido acessado(a) pela ESF’, empregou-se análise bivariada (teste X2 ou exato de Fisher) com cálculo da razão de prevalência e IC95%, seguida de regressão logística binária para estimar OR ajustada com IC95%. Resultados: Na revisão de escopo, foram incluídos 46 artigos. Em 67% dos estudos analisados, foram identificados componentes de vulnerabilidade social e programática de forma conjunta. A dimensão social incluiu discriminação, violência em diversos contextos, exclusão social, preconceito, evasão escolar, falta de moradia, trabalho informal, renda precária e uso problemático de álcool e/ou outras drogas. A dimensão programática envolveu desrespeito ao uso do nome social, discriminação institucional, hormonização sem supervisão profissional, falta de serviços especializados e integração inadequada com a Atenção Primária à Saúde (APS), com discrepâncias entre as políticas de saúde e sua aplicação prática nos serviços. Os estudos apresentaram predominância de pesquisas com mulheres trans (61% vs. 7% com homens trans), desigualdade geográfica nas publicações e enfoque em temas de HIV/aids e saúde mental, com distribuição equilibrada entre as metodologias. No estudo transversal, com amostra de 261 pessoas trans (57% homens, 37,6% mulheres, 5,4% travestis), predominaram pessoas jovens (66% entre 18-29 anos), negras (61,3%), em atividade remunerada (46,7%) e escolaridade até ensino médio completo (54,3%). Apenas 25% haviam retificado o nome civil, enquanto 73,2% relataram experiências discriminatórias. Cerca de metade das mulheres trans e travestis iniciaram a transição sem acompanhamento profissional. Doenças psiquiátricas foram frequentes. Destacou-se maior utilização de serviços de emergência em comparação com a APS. A busca por atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) quando adoeceu reduziu em 86% a chance de não ser acessado(a) pela ESF (p<0,001). Conclusão: Evidenciam-se iniquidades sociais e em saúde na população trans e travestis, demandando políticas públicas efetivas de saúde integral e uma APS reformulada para reduzir disparidades, fortalecer vínculos e ampliar a cobertura da ESF.”
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“Introduction: Transgender people have general and specific health needs that require comprehensive care, but they face daily conditions of vulnerability that generate inequalities in access to health services. In Brazil, no scoping review was found that analyzed situations of social and/or programmatic vulnerability of this population from the theoretical perspective of multidimensional vulnerability. In the Federal District (DF), no research was identified specifically regarding access to health services among transgender people and transvestites admitted to specialized outpatient clinics. Method: Two studies were developed in this work. The first study consists of a scoping review to map and analyze situations of social and/or programmatic vulnerability that affect the trans population's access to health care. Brazilian articles were searched in six scientific databases, without language restriction, published between 2019 and April 2023. The titles and abstracts were imported into the Rayyan platform, where they were selected for data extraction. The second research corresponded to a cross-sectional study, with data collected from medical records of transvestites, trans women, and trans men (> 18 years old) admitted to the Trans Outpatient Clinic of the Federal District in 2018, 2019, 2021, and 2022. To identify factors associated with “not having been accessed by the ESF,” bivariate analysis (X2 test or Fisher’s exact test) was used with calculation of the prevalence ratio and 95% CI, followed by binary logistic regression to estimate adjusted OR with 95% CI. Results: In the scope review, 46 articles were included. In 67% of the studies analyzed, components of social and programmatic vulnerability were identified jointly. The social dimension included discrimination, violence in various contexts, social exclusion, prejudice, school dropout, homelessness, informal work, precarious income, and problematic use of alcohol and/or other drugs. The programmatic dimension involved disrespect for the use of social names, institutional discrimination, hormone therapy without professional supervision, lack of specialized services, and inadequate integration with Primary Health Care (PHC), with discrepancies between health policies and their practical application in services. The studies showed a predominance of research with trans women (61% vs. 7% with trans men), geographical inequality in publications, and a focus on HIV/AIDS and mental health issues, with a balanced distribution among methodologies. In the cross-sectional study, with a sample of 261 trans people (57% men, 37.6% women, 5.4% transvestites), young people (66% between 18-29 years old), black people (61.3%), those in paid employment (46.7%), and those with a high school education (54.3%) predominated. Only 25% had changed their civil name, while 73.2% reported experiences of discrimination. About half of the trans women and transvestites began their transition without professional support. Psychiatric disorders were common. There was a higher use of emergency services compared to PHC. Seeking care at the Basic Health Unit (UBS) when ill reduced the chance of not being accessed by the ESF by 86% (p<0.001). Conclusion: Social and health inequalities are evident in the trans and transvestite population, requiring effective comprehensive health policies and a reformulated PHC to reduce disparities, strengthen ties, and expand FHS coverage.
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Sérgio Eduardo Soares Fernandes
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Uma nova visão sobre a epidemiologia das queimaduras no Brasil
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Orientador : EDGAR MERCHAN HAMANN
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MEMBROS DA BANCA :
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CARMELIA MATOS SANTIAGO REIS
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ALINE MIZUSAKI IMOTO
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EDGAR MERCHAN HAMANN
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HELEN DA COSTA GURGEL
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MAURO NISKIER SANCHEZ
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WALTER MASSA RAMALHO
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Data: 31/10/2025
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“Este estudo explora a relação entre variáveis socioeconômicas e geográficas dos municípios brasileiros e as mortes por queimaduras térmicas (QT) e elétricas (QE). Utilizando dados do Sistema de Informações de Mortalidade e indicadores municipais do IBGE, investigou-se o impacto de diversos fatores na mortalidade por queimaduras. A análise revelou uma associação significativa entre a mortalidade e IDHM (QE: 2000-2009 – RR = 1,4·10?3 (IC95%: 3,4·10?4–5,9·10?3), 2010-2019 - RR = 1,53·10?3 (IC95%: 2,46·10?4–9,57·10?3); QT: 2000-2009 - RR = 2,95·10?6 (IC95%: 7,63·10?7–1,14·10?5), 2010-2019 - RR = 1,24·10?7 (IC95%: 1,79·10?8–8,68·10?7)), índice de Gini (QE: 2000-2009 - RR = 33,02 (IC95%: 18,43–59,03), 2010-2019 - RR = 197,52 (IC95%: 111,2– 350,14); QT: 2000-2009 - RR = 25,77 (IC95%: 14,68–45,13), 2010-2019 - RR = 431,24 (IC95%: 237,24–781,89)), e percentual da população em áreas urbanas (QE: 2000-2009 – RR = 1,644 (IC95%: 1,253–2,1689), e 2010-2019 - RR = 1,55 (IC95%: 1,17–2,07); QT: 2000-2009 - RR = 2,42 (IC95%: 1,8–3,26), 2010-2019 - RR = 2,794 (IC95%: 1,98–3,96)). Os resultados sugerem que condições socioeconômicas inferiores estão correlacionadas com maiores riscos de mortes por queimaduras, indicando que representa um problema de saúde pública interligado às desigualdades sociais.”
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“This study explores the relationship between socioeconomic and geographic variables of Brazilian municipalities and deaths caused by thermal (TB) and electrical burns (EB). Using data from the Mortality Information System and municipal indicators from IBGE, the impact of various factors on burn mortality was investigated. The analysis revealed a significant association between mortality and HDI (EB: 2000–2009 – RR = 1.4·10⁻³ (95%CI: 3.4·10⁻⁴–5.9·10⁻³), 2010–2019 – RR = 1.53·10⁻³ (95%CI: 2.46·10⁻⁴–9.57·10⁻³); TB: 2000–2009 – RR = 2.95·10⁻⁶ (95%CI: 7.63·10⁻⁷–1.14·10⁻⁵), 2010–2019 – RR = 1.24·10⁻⁷ (95%CI: 1.79·10⁻⁸–8.68·10⁻⁷)), Gini index (EB: 2000–2009 – RR = 33.02 (95%CI: 18.43–59.03), 2010–2019 – RR = 197.52 (95%CI: 111.2–350.14); TB: 2000–2009 – RR = 25.77 (95%CI: 14.68–45.13), 2010–2019 – RR = 431.24 (95%CI: 237.24–781.89)), and percentage of the population living in urban areas (EB: 2000–2009 – RR = 1.644 (95%CI: 1.253– 2.1689), 2010–2019 – RR = 1.55 (95%CI: 1.17–2.07); TB: 2000–2009 – RR = 2.42 (95%CI: 1.8– 3.26), 2010–2019 – RR = 2.794 (95%CI: 1.98–3.96)). The results suggest that lower socioeconomic conditions are correlated with higher risks of death by burns, indicating that it is a public health issue linked to social inequalities.”
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ÉRIKA SOARES DE OLIVEIRA PATRIOTA
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Insegurança alimentar e crescimento infantil: cenário mundial e em contextos de vulnerabilidade social no Brasil
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Orientador : VIVIAN SIQUEIRA SANTOS GONCALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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NAIZA NAYLA BANDEIRA DE SÁ
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IVAN RICARDO ZIMMERMANN
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KENIA MARA BAIOCCHI DE CARVALHO
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Rafaella Lemos Alves
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VIVIAN SIQUEIRA SANTOS GONCALVES
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Data: 17/11/2025
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“Introdução: O déficit de crescimento infantil, importante indicador de desnutrição crônica, continua sendo um desafio persistente para a saúde pública, sobretudo entre crianças em contextos de vulnerabilidade social. Entre os determinantes estruturais que contribuem para esse cenário, destacase a insegurança alimentar (Insan), que exerce um papel central nas desigualdades nutricionais. Objetivos: Artigo 1: Revisar sistematicamente e conduzir uma metanálise de estudos de coorte que investigaram a relação entre a Insan e o déficit de crescimento em crianças com idade entre 0 e 59 meses. Artigo 2: Analisar a associação entre a prevalência do risco grave de Insan grave e a prevalência de déficit de crescimento entre crianças menores de cinco anos em situação de vulnerabilidade social em municípios brasileiros no ano de 2024. Metodologia: Foram conduzidos dois estudos com dados secundários sobre a associação entre Insan e déficit de crescimento em crianças menores de cinco anos. Artigo 1: Revisão sistemática e metanálise de estudos de coorte, conduzida de acordo com as recomendações do checklist Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta‐Analyses (PRISMA). Foram realizadas buscas abrangentes em bases de dados nacionais e internacionais, sem restrição de idioma ou período, para identificar estudos que investigassem a associação entre Insan e déficit de crescimento em crianças de 0 a 59 meses. Dois revisores avaliaram independentemente os estudos quanto aos critérios de elegibilidade préestabelecidos. Após a seleção, foram extraídas informações detalhadas sobre delineamento do estudo, população, medidas de exposição e desfecho, além das estimativas de efeito. O risco de viés foi avaliado de forma sistemática, e a qualidade da evidência foi avaliada por meio do sistema Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation (GRADE). As análises estatísticas foram realizadas por meio de modelo de efeitos aleatórios, considerando a heterogeneidade entre os estudos. Artigo 2: Estudo ecológico transversal com unidade de análise no nível municipal, realizado com dados secundários referentes ao ano de 2024. O estudo foi realizado com crianças menores de cinco anos beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF). Os dados sobre o estado nutricional foram obtidos a partir dos relatórios oficiais do Sistema de Vigilância em Alimentação e Nutrição (Sisvan). A prevalência de déficit de crescimento foi definida com base no indicador altura para a idade. O risco de Insan grave entre as famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) foi estimado utilizado o indicador de risco de Insan grave municipal e classificado em quatro categorias de risco (0-4,9%, 5-9,9%, 10-19,9%, ≥20%). Foi realizada uma análise descritiva da prevalência municipal de déficit de crescimento de acordo com as categorias das principais variáveis explicativas e contextuais. As estimativas foram apresentadas com seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%). A análise espacial ilustrou a distribuição geográfica e o agrupamento da exposição e do desfecho. Modelos lineares generalizados (GLM) com ligação logarítmica e distribuição de variância Gamma foram utilizados para estimar a associação, ajustada para o porte populacional dos municípios. Resultados: Artigo 1: Foram incluídos nove estudos de coorte envolvendo 46.300 crianças. Aproximadamente 80% (n = 7) dos estudos encontraram uma associação positiva entre Insan e déficit de crescimento. A razão de chances combinada foi de 1,00 (intervalo de confiança [IC] de 95%: 0,87-1,14; I²: 76,14%). A razão de risco combinada entre Insan moderada e grave e déficit de crescimento foi de 1,02 (IC 95%: 0,84-1,22; I 2: 85,96%). Artigo 2: Foram analisados dados de todos os 5.570 municípios brasileiros. Entre as 5.214.872 crianças menores de cinco anos beneficiárias do PBF e registradas em 2024 no Sisvan, 639.034 (12,25%; IC 95%: 12,22–12,28) apresentavam déficit de crescimento. Em relação à exposição, 2.664.253 famílias estavam em risco de Insan grave (12,81%; IC 95%: 12,77–12,85). A análise espacial revelou um agrupamento de alta prevalência tanto de déficit de crescimento quanto de risco de Insan grave nas regiões Norte e Nordeste. Em comparação com municípios com até 4,9% das famílias em risco de Insan grave, aqueles com 10–19,9% apresentaram prevalência significativamente maior de déficit de crescimento (β = 0,129; IC 95%: 0,09–0,16; p < 0,001), e o tamanho do efeito foi mais forte nos municípios com 20% ou mais das famílias em risco (β = 0,331; IC 95%: 0,26–0,40; p < 0,001). Nenhuma associação significativa foi observada na categoria de 5– 9,9%. Conclusão: Até onde temos conhecimento, estes estudos representam uma das primeiras investigações a revisar sistematicamente estudos de coorte internacionais sobre associação entre Insan e déficit de crescimento em crianças de 0 a 59 meses, bem como a conduzir uma análise ecológica nacional de abrangência municipal, utilizando dados de 2024 que integrou dados do Sisvan e do CadInsan. Artigo 1: Devido à alta heterogeneidade entre os estudos, a qualidade das evidências foi muito baixa. Estudos individuais mostraram uma associação entre a Insan e o déficit de crescimento em crianças de 0 a 59 meses; no entanto, essa associação não se manteve na análise combinada, possivelmente devido à alta heterogeneidade entre os estudos. Artigo 2: Esses resultados demonstram uma associação positiva entre o risco de Insan grave e a prevalência de déficit de crescimento em municípios brasileiros, destacando a Insan grave como um fator determinante estrutural da desnutrição infantil crônica.”
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“Introduction: Child stunting, an important indicator of chronic undernutrition, remains a persistent public health challenge, particularly among children living in socially vulnerable contexts. Among the structural determinants contributing to this scenario, food insecurity (FI) stands out, playing a central role in nutritional inequalities. Objectives: Article 1: To systematically review and conduct a meta-analysis of cohort studies investigating the association between HFI and stunting in children aged 0-59 months. Article 2: To analyze the association between the prevalence of severe food insecurity (FI) risk and the prevalence of stunting among children under five years of age living in social vulnerability in Brazilian municipalities in 2024. Methodology: Two studies were conducted using secondary data to examine the association between FI and stunting among children under five years of age. Article 1: A systematic review and meta-analysis of cohort studies were conducted in accordance with the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta‐Analyses (PRISMA) checklist recommendations. Comprehensive searches were performed in national and international databases, with no restrictions on language or publication period, to identify studies that investigated the association between FI and stunting in children aged 0 to 59 months. Two reviewers independently assessed the studies for pre-established eligibility criteria. After study selection, detailed information was extracted regarding study design, population, exposure and outcome measures, as well as effect estimates. The risk of bias was systematically assessed, and the quality of evidence was evaluated using the Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation (GRADE) approach. Statistical analyses were performed using a random-effects model, accounting for heterogeneity across studies. Article 2: This ecological crosssectional study uses municipalities as the unit of analysis and is based on secondary data from 2024. The study was conducted with children under five years old receiving Bolsa Familia Program (BFP) benefits. Nutritional status data were obtained from the official Brazilian Food and Nutrition Surveillance System (Sisvan) reports. Stunting prevalence was defined based on the height-for-age indicator. The risk of severe FI among families registered in the Single Registry for Social Programs (CadÚnico) was estimated using a severe FI indicator and classified into four categories of risk (0– 4.9%, 5–9.9%, 10–19.9%, ≥20%). Spatial analysis illustrated the geographical distribution and clustering of exposure and outcome. Generalized Linear Models (GLMs) with a logarithmic link and variance-gamma distribution were used to estimate the associations, adjusted for municipal population size. Results: Article 1: Nine cohort studies comprising 46,300 children were included. Approximately 80% (n = 7) of the studies found a positive association between HFI and stunting. Pooled odds ratio was 1.00 (95% confidence interval [CI]: 0.87−1.14; I 2: 76.14%). The pooled hazard ratio between moderate and severe HFI and stunting was 1.02 (95% CI: 0.84−1.22; I 2: 85.96%). Article 2: Data from all 5,570 Brazilian municipalities were analyzed. Among the 5,214,872 children under five years of age who were beneficiaries of the BFP and registered in 2024 with Sisvan, 639,034 (12.25%; 95% CI: 12.22–12.28) presented stunting. Regarding exposure, 2,664,253 families were at risk of severe FI (12.81%; 95% CI: 12.77–12.85). Spatial analysis revealed a clustering of high prevalence of both stunting and severe FI risk in the Northern and Northeastern regions. Compared to municipalities with up to 4.9% of families at risk of severe FI, those with 10–19.9% presented significantly higher stunting prevalence (β = 0.129; 95% CI: 0.09– 0.16; p < 0.001), and the effect size was stronger in municipalities with 20% or more of families at risk (β = 0.331; 95% CI: 0.26–0.40; p < 0.001). No significant association was observed in the 5– 9.9% category. Conclusion: To the best of our knowledge, these studies represent one of the first investigations to systematically review international cohort studies examining the association between FI and stunting among children aged 0 to 59 months, as well as to conduct a nationwide ecological analysis at the municipal level, using 2024 data integrating information from Sisvan and CadInsan. Article 1: Due to high heterogeneity, the quality of evidence was very low. Individual studies showed an association between HFI and stunting in children aged 0–59 months; however, this association was not sustained in the pooled analysis, possibly because of high heterogeneity across studies. Article 2: These findings demonstrate a positive association between risk of severe FI and stunting prevalence in Brazilian municipalities, highlighting severe FI as a structural determinant factor of chronic child malnutrition.”
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Damiana Bernardo de Oliveira Neto
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“Estudo sobre o perfil da população-chave que acessa a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV/Aids (PrEP) no Brasil.”
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Orientador : EDGAR MERCHAN HAMANN
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MEMBROS DA BANCA :
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FÁBIO CALDAS DE MESQUITA
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MARIA LUISA BALLESTAR TARIN
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ANDRE LUIZ DUTRA FENNER
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ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA
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EDGAR MERCHAN HAMANN
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MARIA DA GRACA LUDERITZ HOEFEL
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Data: 19/11/2025
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“_Objetivo: Analisar o processo de dispensação de medicamentos para Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil, no período de 2018 a 2021, e caracterizar o perfil sociodemográfico da população-chave que fez uso da PrEP na perspectiva das desigualdades de raça/cor e gênero. Métodos: Estudo descritivo e exploratório, que descreveu e explicou uma situação com base na investigação de condicionantes, sua complexidade e outras questões pertinentes. Foi utilizada análise de dados secundários a partir de informações pré-existentes disponibilizadas pelo Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom), do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do MS, para identificar o número de dispensações da PrEP considerando informações relacionadas a localidade, gênero, raça/cor, idade, anos de estudo, nacionalidade, sexo e orientação sexual. Resultados: Pessoas brancas (segmento representando aproximadamente 60%), com ênfase em homens gays, sendo 75% com alta escolaridade (12 anos de estudo ou mais), foram os grupos que apresentaram maior adesão à PrEP. Pessoas heterossexuais demonstraram menor adesão à profilaxia. Evidenciou-se que a representatividade da população negra que faz uso da PrEP ocorre, em maior parte, às custas da categoria “pardo”, o que pode indicar que, quanto mais escura for a cor da pele, menor é a adesão ou o acesso à PrEP. Conclusão: A maioria da população apresentou registro de apenas uma dispensação de PrEP, o que indica que a adesão à profilaxia foi predominantemente de curto prazo. Observou-se também que o número de dispensações é influenciado por questões de gênero e raça, resultando em menor adesão à PrEP por parte de mulheres, especialmente mulheres trans, pretas e pardas. Outros fatores, como idade (particularmente entre 18-24 anos e acima de 50 anos) e baixa escolaridade, também configuram possíveis barreiras sociais à profilaxia. Além disso, mesmo quando há adesão, pode haver maior probabilidade de descontinuidade. Sugere-se que ser mulher, negra, travesti ou transexual tem relação direta com a dificuldade de aderir à PrEP, especialmente quando se reside na região Norte do Brasil.”
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“_Objective: To analyze the process of dispensing pre-exposure prophylaxis (PrEP) medications for HIV by the Brasilian Ministry of Health (MS) from 2018 to 2021 and to characterize the sociodemographic profile of the key population using PrEP from the perspective of racial/color and gender inequalities. Methods: A descriptive and exploratory study that described and explained a situation based on the investigation of determinants, their complexity, and other relevant issues. Secondary data analysis was conducted using pre-existing information provided by the Medication Logistics Control System (Siclom) of the Department of HIV/AIDS, Tuberculosis, Viral Hepatitis, and Sexually Transmitted Infections (Dathi), under the Secretariat of Health Surveillance and Environment (SVSA) of the MS. The analysis focused on the number of PrEP dispensations considering information related to location, gender, race/color, age, years of schooling, nationality, sex, and sexual orientation. Results: White people (a segment representing approximately 60%), with an emphasis on gay men, 75% of whom have a high level of education (12 years of schooling or more), were the groups that showed the highest adherence to PrEP. Heterosexual individuals showed less adherence to prophylaxis. It was evident that the representation of the Black population using PrEP is largely due to the “brown” category, which may indicate that the darker the skin color, the lower the adherence or access to PrEP. Conclusion: Most of the population registered only one PrEP dispensation, indicating that adherence to prophylaxis was predominantly short-term. It was also observed that the number of dispensations is influenced by issues of gender and race, resulting in lower adherence to PrEP among women, particularly trans women, and Black and brown women. Other factors, such as age (particularly between 18-24 years and over 50 years) and low levels of education, also emerge as potential social barriers to prophylaxis. Moreover, even when adherence occurs, there is a higher chance of discontinuation. It is suggested that being a woman, Black, transgender, or transsexual is directly related to the difficulty in adhering to PrEP, especially for those living in the Northern region of Brazil”
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Mônica Guimaraes Macau Lopes
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ACESSO DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS AOS SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS NO DISTRITO FEDERAL
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Orientador : MAGDA DUARTE DOS ANJOS SCHERER
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MEMBROS DA BANCA :
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MARY ANNE DE SOUZA ALVES FRANÇA
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DANIELA LEMOS CARCERERI
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ERICA LIMA COSTA DE MENEZES
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MAGDA DUARTE DOS ANJOS SCHERER
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TATIANA OLIVEIRA NOVAIS
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Data: 25/11/2025
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“Introdução: O envelhecimento populacional, fenômeno natural e irreversível, tem sido acompanhado pelo aumento das doenças crônicas e pela ampliação das demandas por cuidado integral. Esse cenário impõe desafios aos sistemas de saúde, sobretudo diante de sociedades ainda pouco preparadas para garantir o envelhecimento com dignidade e inclusão. Entre as dimensões frequentemente negligenciadas nesse contexto está a saúde bucal, para o bem-estar e da qualidade de vida da pessoa idosa. Objetivo: Analisar de que maneira se efetiva o acesso de idosos institucionalizados aos serviços de saúde odontológicos no Distrito Federal. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de natureza exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa e triangulação na produção e na análise de dados, realizada entre outubro de 2024 e janeiro de 2025. A pesquisa foi realizada em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) do Distrito Federal e em Unidades Básicas de Saúde (UBS), tendo como participantes 33 idosos residentes em ILPIs, 08 profissionais de saúde bucal de UBS, 09 trabalhadores de saúde e 04 gestores de ILPIs. Os dados foram produzidos por meio de entrevistas semi estruturadas, pesquisa documental e observação não participante. Para a sistematização dos dados, empregou-se a triangulação, conduzida em etapas: (i) organização dos dados em categorias temáticas previamente definidas a partir dos objetivos da pesquisa e ajustadas durante a análise; (ii) comparação entre os achados oriundos das diferentes técnicas de coleta, buscando identificar convergências, divergências e complementaridades; e (iii) síntese interpretativa, que permitiu integrar as dimensões sociopolítica, técnica e simbólica do acesso, fornecendo uma visão mais abrangente e crítica do fenômeno estudado. A análise foi ancorada em categorias prévias que correspondiam aos objetivos da pesquisa, norteada pelas dimensões do acesso, sob uma perspectiva ampliada da gestão e da integralidade do cuidado. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília e pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (CEP/FEPECS). Resultados: Os resultados são apresentados em seções referentes aos objetivos do presente estudo: 1) caracterização dos participantes; 2) caracterização das ILPI no Distrito Federal; 3) a rede de serviços odontológicos no Distrito Federal e o atendimento a idosos; 4) atendimento odontológico de idosos institucionalizados: fluxos, elementos facilitadores e barreiras de acesso. Os achados demonstram que, embora existam avanços pontuais e esforços isolados de profissionais e gestores, persistem lacunas estruturais e simbólicas que limitam a efetividade do cuidado. As ILPIs ainda não se configuram como espaços plenamente integrados à Rede de Atenção à Saúde, e a articulação com a Atenção Primária revela-se frágil e descontínua. O acesso à atenção odontológica é condicionado por fatores institucionais, pela escassez de recursos humanos e materiais, bem como por uma cultura assistencial que tende a naturalizar o edentulismo e a invisibilizar a saúde bucal como componente do cuidado integral à pessoa idosa. Discussão: As evidências refletem não apenas falhas operacionais, mas um padrão de negligência sistemática que se perpetua pela ausência de políticas claras de integração entre ILPIs e a rede de atenção no SUS, apesar da APS ser a ordenadora da rede assistencial e ter responsabilidade sobre o território, dificultando o acesso regular a ações preventivas e ao acompanhamento contínuo. Esses dados foram identificados tanto nas observações de campo quanto nas entrevistas com gestores e profissionais das instituições analisadas. Torna-se, portanto, urgente estabelecer e fortalecer os vínculos entre as ILPIs e a APS, bem como ratificar a presença de equipes multiprofissionais completas e atuantes, como estratégia indispensável para qualificar o cuidado integral aos idosos institucionalizados. Destaca-se como convergência entre os entrevistados, o reconhecimento do atendimento in loco como alternativa possível e desejável, a depender da estrutura existente. Para eles, proporcionar o cuidado diretamente nas ILPIs teria potencial de reduzir as barreiras de mobilidade, facilitar a prevenção, ampliar a resolutividade e fortalecer o vínculo entre equipes e residentes. Contudo, o atendimento odontológico ainda é descrito como precário, intermitente e descontinuado, dependente de ações voluntárias ou de situações emergenciais, inclusive diante de queixas álgicas, reforçando desigualdades e revelando a fragilidade da rede em afiançar cuidado digno e oportuno aos idosos. A presença de profissionais de saúde bucal, como cirurgiões-dentistas ou técnicos em saúde bucal, não ocorre de forma contínua nas instituições, sendo marcada por longos períodos de ausência ou por atendimentos esporádicos, o que caracteriza uma efetiva inexistência da presença regular desses profissionais no cuidado cotidiano, mesmo que predominantemente ocorra por meio de parcerias pontuais com instituições de ensino ou ações voluntárias. Neste aspecto, a leitura dos documentos referentes às políticas públicas possibilitou identificar tanto os incrementos normativos quanto às contradições e lacunas persistentes, especialmente no que se refere à inclusão da saúde bucal n elementos centrais dos direitos à saúde da pessoa idosa, em geral. Evidenciam tanto conquistas quanto fragilidades na formulação e implementação das políticas públicas voltadas à essa temática. Não obstante a esses desafios, os avanços normativos no campo das políticas públicas para idosos no Brasil, como a Política Nacional do Idoso (1994), o Estatuto do Idoso (2003) e a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (2006), os cuidados odontológicos permanecem relegados a um papel que, quando não invisíveis, estão subjacentes com menor força e interesse nos demais processos relacionados aos marcos programáticos e às agendas de implementação. E, mesmo quando a Política Nacional de Saúde Bucal, por meio de seu programa Brasil Sorridente (BRASIL, 2004) reforça a ampliação do acesso populacional, seus dispositivos não alcançam de maneira efetiva os contextos de maior vulnerabilidade, como as ILPIs. De modo que, embora o direito à saúde esteja assegurado em lei, sua materialização para os idosos institucionalizados ainda depende de vontade política, gestão intersetorial e incorporação da saúde bucal no envelhecimento saudável, e não como área periférica do cuidado. Em face disso, ressalta-se que a legislação atual para os idosos, apesar de seu valor, atua mais como um ideal do que como um guia prático efetivo. A distância entre o que é garantido no papel e o que é oferecido na prática revela uma negligência institucionalizada, que perpetua a exclusão e a desigualdade. Ainda, o estudo reforça que o problema brasileiro não se limita à escassez de recursos, mas envolve sobretudo gestão, governança intersetorial e vontade política. A invisibilidade que marca a atenção primária às pessoas idosas institucionalizadas não é fruto apenas de lacunas operacionais, mas sobretudo da ausência de compromisso político e ético em assegurar que o direito à saúde seja efetivado como direito universal, e não como privilégio restrito. Dentro desse escopo, o cuidado odontológico é relevante para a qualidade de vida dos idosos. Assim, retomar a saúde bucal como um elemento essencial do cuidado integral à pessoa idosa implica não apenas reconhecer a centralidade da velhice como questão social, mas traduzir esse reconhecimento em políticas públicas efetivas, sustentadas por gestão intersetorial e compromisso ético. Considerações Finais: A análise realizada evidencia que os desafios no acesso aos serviços não são meros incidentes isolados, mas refletem entraves sistêmicos e institucionais profundamente enraizados, envolvendo processos de governança, práticas profissionais e políticas públicas. Portanto, assegurar atenção odontológica qualificada e contínua aos idosos institucionalizados requer planejamento estratégico, articulação intersetorial, valorização dos profissionais de saúde bucal e reconhecimento do cuidado como componente primordial do envelhecimento saudável. Depende não apenas de recursos materiais ou programas existentes, mas de uma ação coordenada, ética e política a agenda do cuidado integral à pessoa idosa, contribuindo nesta discussão diante dos que transforme princípios legais e normativos em práticas consistentes, equitativas e sustentáveis. A superação das barreiras identificadas é vital para garantir um cuidado integral, humano e digno aos idosos residentes em ILPIs.
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“Introduction: Population aging, a natural and irreversible phenomenon, has been accompanied by an increase in chronic diseases and an increased demand for comprehensive care. This scenario poses challenges to healthcare systems, especially in societies still poorly prepared to ensure aging with dignity and inclusion. Among the frequently neglected dimensions in this context is oral health, which contributes to the well-being and quality of life of older adults. Objective: To analyze how institutionalized elderly individuals have access to dental health services in the Federal District Methodology: This is an exploratory and descriptive study, with a qualitative approach and triangulation in data production and analysis, conducted between October 2024 and January 2025. The study was conducted in Long-Term Care Facilities for the Elderly (LTCFs) in the Federal District and in Basic Health Units (UBS). Participants included 33 elderly individuals living in LTCFs, 8 oral health professionals from UBSs, and 9 healthcare workers and four LTCF managers. Data were collected through semi-structured interviews, documentary research, and non-participant observation. Data systematization was achieved through triangulation, conducted in stages: (i) organization of data into thematic categories previously defined based on the research objectives and adjusted during analysis; (ii) comparison of findings from different collection techniques, seeking to identify convergences, divergences, and complementarities; and (iii) interpretative synthesis, which allowed for the integration of the sociopolitical, technical, and symbolic dimensions of access, providing a more comprehensive and critical view of the phenomenon studied. The analysis was anchored in pre-defined categories that corresponded to the research objectives, guided by the dimensions of access, from a broader perspective of management and comprehensive care. The project was approved by the Human Research Ethics Committee of the Faculty of Health Sciences of the University of Brasília and by the Research Ethics Committee of the Foundation for Teaching and Research in Health Sciences (CEP/FEPECS). Results: The results are presented in sections related to the objectives of this study: 1) participant characterization; 2) characterization of LTCFs in the Federal District; 3) the dental service network in the Federal District and care for the elderly; 4) dental care for institutionalized elderly: flows, facilitators, and barriers to access. The findings demonstrate that, although there are specific advances and isolated efforts by professionals and managers, structural and symbolic gaps persist that limit the effectiveness of care. LTCFs are not yet fully integrated into the Health Care Network, and the connection with Primary Care is fragile and discontinuous. Access to dental care is conditioned by institutional factors, the scarcity of human and material resources, as well as a care culture that tends to naturalize edentulism and render oral health invisible as a component of comprehensive care for the elderly. Discussion: The evidence reflects not only operational failures, but also a pattern of systematic neglect perpetuated by the lack of clear integration policies. Although primary care facilities (LTCFs) are responsible for the care network and the SUS (Unified Health System), regular access to preventive measures and ongoing monitoring is hindered by the primary care network. This was identified both in field observations and in interviews with managers and professionals at the institutions analyzed. Therefore, it is urgent to establish and strengthen links between LTCFs and primary care, as well as to confirm the presence of complete and active multidisciplinary teams, as an indispensable strategy for improving comprehensive care for institutionalized elderly individuals. A notable convergence among the interviewees is the recognition of on-site care as a possible and desirable alternative, depending on the existing structure. For them, providing care directly at LTCFs would have the potential to reduce mobility barriers, facilitate prevention, increase resolution, and strengthen the bond between teams and residents. However, dental care is still described as precarious, intermittent, and discontinuous, dependent on voluntary actions or emergency situations, including in the face of pain complaints, reinforcing inequalities and revealing the The network's fragility in ensuring dignified and timely care for the elderly. The presence of oral health professionals, such as dentists or oral health technicians, is not continuous in institutions, characterized by long periods of absence or sporadic appointments. This effectively characterizes a lack of regular presence of these professionals in daily care, even though this predominantly occurs through specific partnerships with educational institutions or volunteer efforts. In this regard, reading the documents related to public policies made it possible to identify both regulatory improvements and persistent contradictions and gaps, especially regarding the inclusion of oral health in the comprehensive care agenda for older adults, contributing to this discussion regarding the central elements of older adults' health rights in general. They highlight both achievements and weaknesses in the formulation and implementation of public policies addressing this issue. Despite these challenges, despite regulatory advances in public policies for older adults in Brazil, such as the National Policy for the Elderly (1994), the Statute for the Elderly (2003), and the National Policy for the Health of Older Adults (2006), dental care remains relegated to a role that, if not invisible, underlies with less force and interest other processes related to programmatic frameworks and implementation agendas. And, even when the National Oral Health Policy, through its "Smiling Brazil" program (BRASIL, 2004), reinforces the expansion of population access, its provisions do not effectively reach the most vulnerable contexts, such as LTCFs. Thus, although the right to health is guaranteed by law, its materialization for institutionalized older adults still depends on political will, intersectoral management, and the incorporation of oral health into healthy aging, rather than as a peripheral area of care. Considering this, it is noteworthy that current legislation for the elderly, despite its value, acts more as an ideal than as an effective practical guide. The gap between what is guaranteed on paper and what is offered in practice reveals institutionalized neglect, which perpetuates exclusion and inequality. Furthermore, the study reinforces that the Brazilian problem is not limited to a lack of resources, but rather involves management, intersectoral governance, and political will. The invisibility that characterizes primary care for institutionalized elderly individuals is not only the result of operational gaps, but above all, a lack of political and ethical commitment to ensuring that the right to health is realized as a universal right, not a restricted privilege. Within this scope, dental care is relevant to the quality of life of the elderly. Thus, reinstating oral health as an essential element of comprehensive care for the elderly implies not only recognizing the centrality of aging as a social issue, but also translating this recognition into effective public policies, supported by intersectoral management and ethical commitment. Final Considerations: The analysis highlights that challenges in accessing services are not merely isolated incidents, but reflect deeply rooted systemic and institutional barriers involving governance processes, professional practices, and public policies. Therefore, ensuring quality and continuous dental care for institutionalized elderly individuals requires strategic planning, intersectoral coordination, the appreciation of oral health professionals, and recognition of care as a fundamental component of healthy aging. It depends not only on material resources or existing programs, but also on coordinated, ethical, and political action that transforms legal and regulatory principles into consistent, equitable, and sustainable practices. Overcoming the identified barriers is vital to ensuring comprehensive, humane, and dignified care for elderly individuals living in long-term care facilities.
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