PALAVRAS QUE RESISTEM À TRADUÇÃO: o caso da língua Yorubá nos terreiros de Candomblé e nos espaços digitais
Língua yorùbá. Candomblé. Estudos da Tradução. Resistência cultural
Esta dissertação investiga o uso de palavras em língua yorùbá como marcadores identitários e culturais no Candomblé, tanto nos terreiros quanto em ambientes digitais. Inserida no campo dos Estudos da Tradução, a pesquisa parte da compreensão da língua yorùbá como elemento de resistência simbólica, portadora de sentidos intraduzíveis e fundamentais à preservação da cosmovisão africana. Com abordagem qualitativa, foram analisadas publicações de instituições religiosas em redes sociais, identificando termos recorrentes, variações ortográficas e estratégias tradutórias. Os resultados revelam que a não tradução e a manutenção da grafia original são práticas frequentes, associadas à afirmação de pertencimento, à resistência cultural e à transmissão de saberes ancestrais. A pesquisa contribui para ampliar a compreensão da tradução como prática política e decolonial, destacando a importância da preservação do léxico e da oralidade no fortalecimento da identidade afro-brasileira.