O PAPEL DA ICONICIDADE NO PROCESSO DE CRIAÇÃO DE SINAISTERMO EM LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA - LSB
Linguística Cognitiva. Iconicidade. Língua de Sinais. LSB. Sinal-termo.
O tema deste estudo, iconicidade na criação de sinais-termo acadêmicos em Língua de Sinais Brasileira - LSB, está inserido na área de concentração Teoria e Análise Linguística, especificamente, na linha de pesquisa de Léxico e Terminologia do Programa de Pós-graduação em Linguística – PPGL do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas – LIP da Universidade de Brasília – UnB. Nesta pesquisa, postulamos que a abstração mental do indivíduo - motivada por aspectos culturais, experiências corpóreas, conceptuais ou contexto de uso - podem ser fatores fundamentais para que os traços icônicos do signo sejam reconhecidos, categorizados e assimilados para que o fenômeno da iconicidade ocorra. Para tanto, por meio de abordagens qualitativas e descritivas, investigamos os processos cognitivos inerentes as abstrações conceptuais motivadoras do indivíduo em relação a produção de sinais-termo em LSB que se relacionam com a ocorrência do fenômeno da iconicidade e propomos um modelo metodológico de análise da iconicidade com base nos estudos de Taub (1997 e 2001), Wilcox (1992, 1993, 1995, 1998a, 1998b, 2000, 2001, 2002a, 2002b, 2003, 2004a, 2004b e 2013) e Faulstich (1993, 1995a, 1995b, 1997, 1998, 2001, 2002, 2003, 2006, 2007, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2020a e 2020b), com a finalidade de atendermos ao objetivo proposto de analisar o papel da iconicidade no processo de criação de sinais-termo acadêmicos produzidos por pesquisadores surdos e não surdos do Centro de Estudos Lexicais e Terminológicos - Centro Lexterm - da Universidade de Brasília – UnB. Por se tratar de uma proposta de investigação de um fenômeno – iconicidade - que necessita uma melhor compreensão em relação aos níveis de complexidade em que se apresenta, pretendemos, portanto, esclarecer que a proximidade entre forma e significado é apenas a ponta do iceberg, pois identificamos indícios de que há diferenças entre as categorias visíveis (forma e representação da forma) e invisíveis (conceptualizações cognitivas) do signo, percebido ou criado, que se relacionam de maneira complementar para construção de sentido do sinal-termo.