Banca de DEFESA: MARCONDES HENRIQUE BARBOSA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARCONDES HENRIQUE BARBOSA SILVA
DATA : 20/07/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

UMA CONSTRUÇÃO DISCURSIVA: A IDENTIDADE DAS BICHAS NEGRAS NO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

bicha negra; Análise de Discurso Crítica (ADC); raça; identidade; categorização.


PÁGINAS: 264
RESUMO:

Essa tese tem por objetivo central o estudo da identidade de bichas negras no Brasil. Como objetivos secundários, delineamos um aporte teórico e metodológico capaz de estudar interseccionalmente (COLLINS; BILGE, 2021) a raça e o racismo por meio da linguagem. O corpus da pesquisa é concebido a partir da concepção de Paul Gilroy (2012), que identifica a importância da música negra na luta antirracista. Os sujeitos que compõem o universo pesquisado são as bichas negras cantoras, tendo a compreensão metonímica de que os discursos proferidos por elas são, simultaneamente, individual e coletivo, são parte de um todo. O corpus utilizado nas análises feitas ao longo da pesquisa é composto pelas letras das músicas dos álbuns Incendeia (2018), de Caio Prado; Galinheiro (2020), de Hiran; Remonta (2016), de Liniker; Pajubá (2017), de Linn da Quebrada; Dolores Dala, O guardião do alívio (DDGA) (2021), de Rico Dalasam. A pesquisa é qualitativa e pensada sob a perspectiva linguística, tendo por método a Análise de Discurso Crítica (ADC), realizada sob a ótica da transdiplinaridade proposta por Chouliaraki e Fairclough (1999), unida à análise relacional e textualmente orientada, de Fairclough (2016; 2003), e à análise cognitivo-funcional, de Dijk (2017). O conceito de identidade negra é pensado a partir das bichas negras e se divide na dimensão rizoma e na dimensão raiz (GLISSANT, 2005), sendo ambas necessárias para o antirracismo. A abordagem histórica de Dijk (2021) possibilita a compreensão do racismo e do antirracismo de modo relacional, situando os textos em um modo específico de antirracismo. Em termos de transdisciplinaridade, as pesquisas multidisciplinares realizadas sobre a raça, sobre a categorização, a Teoria dos Frames e a Antropologia são articuladas para estudar o antirracismo a partir da autorrepresentação, do autodiscurso e da escrita sobre si, de modo que configuram formas de pretuguês (GONZALEZ, 2020) e de escrevivência (EVARISTO, 2017a; 2017b). Como resultado das análises, esperamos identificar o discurso sobre si como possibilitador da criação de categorias divergentes das categorias da colonialidade, oferecendo conceitos e categorias que são parte da luta antirracista. Os resultados de análise estão organizados em três seções, em que são abordados os discursos sobre o espaço, sobre o Outro e sobre si.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRE LUCIO BENTO - SEEDF
Externa à Instituição - APARECIDA DE JESUS FERREIRA - UEPG
Presidente - 1713830 - KLEBER APARECIDO DA SILVA
Externo ao Programa - 1467761 - PAULO PETRONILIO CORREIA - nullInterna - 1766155 - ROSINEIDE MAGALHAES DE SOUSA
Externo ao Programa - 2290568 - WANDERSON FLOR DO NASCIMENTO - null
Notícia cadastrada em: 10/07/2023 18:52
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