Banca de DEFESA: Rafaella Christina Rocha Moreira da Silva

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Rafaella Christina Rocha Moreira da Silva
DATA : 30/06/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório 4
TÍTULO:

"O papel do metabolismo de carboidratos na expressão de fatores de virulência em linhagens de Escherichia coli uropatogênicas ".


PALAVRAS-CHAVES:

Escherichia coli uropatogênica, metabolismo de carboidrato, transporte de açúcar, virulência, fitness, fímbrias tipo 1


PÁGINAS: 140
RESUMO:

Infecções no trato urinário (ITUs) são a causa mais frequente de infecções bacterianas em seres humanos. Estima-se que a cada ano, aproximadamente 150 milhões de pessoas são acometidas por essa patologia em todo o mundo. Responsável por 80%-90% dos casos, a enterobactéria Gram-negativa conhecida como Escherichia coli uropatogênica (Uropathogenic Escherichia coli – UPEC), é o agente causador mais comum de ITUs adquiridas na comunidade. A capacidade de UPEC em sobreviver no trato urinário depende tanto de sua fisiologia e metabolismo quanto de seus determinantes de virulência. Recentemente, foi demonstrado que há uma ligação entre o transporte e o metabolismo de vários carboidratos e a virulência em enterobactérias. Todavia, como o papel preciso da utilização de carboidratos na expressão e regulação da virulência bacteriana ainda não foi determinado, buscamos compreender o impacto que o metabolismo de diferentes fontes de carbono tem sobre a expressão de fatores de aptidão e virulência na patogênese de UPECs resistentes à múltiplas drogas (MDR), com ênfase na expressão das fímbrias tipo 1. O objetivo deste trabalho é compreender o efeito que o uso de diferentes fontes de carbono tem sobre a expressão de genes e mecanismos de virulência de linhagens UPECs MDR. Para este fim, quatro linhagens diferentes de UPECs MDR (representantes do grupo A, B1, B2 e D) foram submetidas a determinação do perfil de resistência aos antibióticos, a análise da capacidade de sobrevivência e reprodução (fitness bacteriano), de expressar fímbrias tipo 1 funcionais, de formar biofilme utilizando diferentes fontes de carbono e de sobreviver em sangue e soro. Em condições anaeróbicas semelhantes a encontrada ao longo do trato urinário, todas as UPECs analisadas utilizaram D-(-)-Sorbitol como fonte de carbono de alto rendimento. Três das quatro estirpes analisadas não utilizam D-(-)-Frutose como fonte de carbono para seu crescimento. Os dados obtidos através do Ensaio de Aglutinação de Levedura sugerem que o metabolismo de D-(-)-Frutose tem relação com a expressão de fímbrias tipo 1 funcionais na superfície celular de três das quatro estirpes analisadas. UPEC 76 não utilizou D-(-)-Frutose como fonte de carbono para seu crescimento ou para expressar fímbrias tipo 1 funcionais. Todas as UPECs analisadas são classificadas como produtoras moderadas de biofilme quando crescidas em N-acetil-D-glicosamina. Três das quatro estirpes apresentaram uma capacidade aumentada de sobreviver em sangue e soro ao utilizar N-acetil-D-glicosamina como fonte única de carbono. Em conjunto, nossos dados sugerem que o metabolismo de diferentes fontes de carbono (açúcares) modulam a expressão de fatores de virulência como o crescimento exarcebado, a expressão de fímbrias tipo 1 funcionais e a resistência ao soro em diferentes estirpes de Escherichia coli uropatogênica resistentes à múltiplas drogas de origem clínica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1775446 - TATIANA AMABILE DE CAMPOS
Interna - 1065897 - ANA FLAVIA ALVES PARENTE
Externo ao Programa - 1876284 - VICENTE DE PAULO MARTINS - UnBExterna à Instituição - LIVIA PIMENTEL DE SANT ANA DOURADO - UNIEURO
Notícia cadastrada em: 27/06/2023 11:39
SIGAA | Secretaria de Tecnologia da Informação - STI - (61) 3107-0102 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - app06.sigaa06