Análise dos Efeitos da Crise da COVID-19 nas Transições dos Estados de Emprego no Mercado de Trabalho Goiano
transições; estados de emprego; pandemia; mercado de trabalho; Goiás.
O estudo aborda os efeitos da crise da COVID-19 nas transições dos estados de emprego no mercado de trabalho em Goiás. Os estados de emprego considerados foram: emprego formal, emprego informal, emprego por conta própria, desocupado e inativo. Convergindo com os literatura a respeito da temática, os resultados mostraram que as mudanças no mercado de trabalho goiano estão relacionadas ao contexto econômico e as características individuais da população. A análise utilizou o modelo Logit Multinomial e abrange o período de 2018 a 2022, empregando dados microeconômicos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As estimativas indicaram que os trabalhadores goianos mais afetados pelas dinâmicas do mercado de trabalho devido as adversidades impostas pela pandemia foram os que não ocupavam empregos formais, com efeitos mais intensos sobre as mulheres que pertencem a raça/cor de pretos, pardos e indígenas, as com menor nível educacional, as que possuem filhos com idade inferior a 7 anos e as que no domicílio tem a condição de cônjuge. O conhecimento dessas variáveis configura um importante instrumento no respaldo a formulação de políticas públicas que busquem mitigar os impactos frente ao mercado de trabalho, que recaem, predominantemente, em determinados grupos sociais, os tornando mais vulneráveis em períodos de crise e desaceleração econômica, tal como verificado na pandemia.