Banca de DEFESA: Wagner Eduardo Estácio de Paula

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Wagner Eduardo Estácio de Paula
DATA : 30/08/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Reunião 02 da FS
TÍTULO:

A Ética da Libertação como referencial epistemológico na reconfiguração da Bioética de Intervenção


PALAVRAS-CHAVES:

Bioética de Intervenção; Ética da Libertação; Epistemologias do Sul; Participação Comunitária; Desenvolvimento Latino-Americano.


PÁGINAS: 1000
RESUMO:

A Bioética de Intervenção (BI), desenvolvida na Universidade de Brasília, promove a inclusão social e a participação comunitária nas decisões que afetam a vida, desafiando o principialismo e as epistemologias anglo-saxônicas inadequadas à América Latina. A BI propõe uma abordagem antihegemônica e socialmente responsável, respondendo às demandas das comunidades marginalizadas. A Ética da Libertação, proposta por Enrique Dussel, centra-se na defesa dos oprimidos, criticando o utilitarismo e priorizando a dignidade humana. Ambas as abordagens visam resolver problemas reais dos mais vulneráveis e se originam na América Latina. Este estudo teórico e qualitativo analisa a integração da BI com a Ética da Libertação, explorando suas origens, conceitos principais e a síntese das duas, culminando no fortalecimento da BI frente aos desafios da globalização e exclusão capitalista. A BI enfatiza a necessidade de focar nos mais vulneráveis, abordando desigualdades e injustiças sociais, enquanto a Ética da Libertação complementa essa abordagem ao promover uma prática inclusiva e eticamente responsável, que reconhece a dignidade e as diferenças intrínsecas do "Outro". A discussão sobre a alteridade, central na Ética da Libertação, critica a totalização ontológica e a negação da diversidade perpetradas pelo colonialismo, propondo uma ética que valorize a pluralidade cultural e social, fortalecendo ainda mais os argumentos já utilizados pela BI. Ao incorporar categorias como Outro, Alteridade e Princípio-libertação, a BI adquire poderosas ferramentas para superar os paradigmas tradicionais que frequentemente ignoram vozes marginalizadas. Neste movimento, o utilitarismo na BI é analisado criticamente, destacando suas limitações em uma estrutura capitalista, enquanto a Ética da Libertação oferece uma visão mais justa e equitativa, promovendo a solidariedade crítica e o bem-estar coletivo. Completando essa visão, o "princípio-libertação" propõe uma ética que transcende a mera reflexão crítica, aspirando a uma transformação ativa das condições de opressão, enfatizando a responsabilidade ativa e a solidariedade com as vítimas. Integrando esses princípios, a BI se qualifica para enfrentar desafios éticos contemporâneos, promovendo uma sociedade mais equitativa e respeitosa com todas as formas de vida.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FABIANO MALUF - SESDF
Externa à Instituição - ISIS LAYNNE DE OLIVEIRA MACHADO - PUCPR
Externa ao Programa - 2807480 - MARIANNA ASSUNCAO FIGUEIREDO HOLANDA - nullPresidente - 466085 - PEDRO SADI MONTEIRO
Interno - ***.879.058-** - VOLNEI CARAFFA - UnB
Notícia cadastrada em: 26/08/2024 16:27
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