Banca de DEFESA: PESSI LOURENÇO CADEMO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PESSI LOURENÇO CADEMO
DATA : 27/03/2025
HORA: 09:00
LOCAL: on line
TÍTULO:

“A crise de vulnerabilidade das mulheres HIV positivo durante a pandemia COVID-19 em Manica, Moçambique_”


PALAVRAS-CHAVES:

“COVID-19; Mulheres HIV+; vulnerabilidade; bioética de intervenção ”


PÁGINAS: 100
RESUMO:

Resumo (português): “Este trabalho versa sobre os efeitos adversos da Pandemia COVID-19 nas Mulheres vivendo com HIV/AIDS na Província de Manica, Moçambique, sob referencial teórico da Bioética de Intervenção desenvolvida no PPG-Bioética da Cátedra Unesco de Bioética da Universidade de Brasília. Uma proposta usada por países periféricos para enfrentar o problema dos grupos sociais vulneráveis, visando a diminuição das desigualdades sociais por meio de práticas que priorizam a proteção da integridade e autonomia das mulheres vulneráveis. OBJETIVO: Conhecer as experiências e as principais dificuldades vivenciadas pelas mulheres vivendo com HIV no período da pandemia COVID-19, no acesso aos serviços de saúde, visando promover ações de prestação de serviços diferenciada para minimizar os encargos sobre o sistema de saúde. A pesquisa foi de abordagem qualitativa, usando analise temática como estratégia de análise de dados. O estudo foi desenvolvido no centro de Saúde Eduardo Mondlane, através de entrevistas semi-estruturadas, a um universo de 14 participantes, sendo 10 mulheres HIV+ diagnosticadas antes ou durante a vigência da covid-19 que acessavam as unidades sanitárias para o tratamento e 4 Profissionais de saúde, que atuam em qualquer área da saúde, de ambos os sexos, que atendiam diretamente pacientes soropositivos e COVID-19, e que estejam afetos no referido Centro de Saúde. A pesquisa teve como objeto a comparação do nível de testagem, diagnóstico e tratamento antiretroviral (TARV) dos meses de janeiro a junho dos anos 2019, 2021 e 2023. Os resultados mostraram que a pandemia de COVID-19 impactou negativamente na testagem, diagnostico e tratamento do HIV/SIDA, particularmente entre mulheres. Antes da pandemia (2019), os serviços de saúde eram estáveis e a adesão era regular. Durante a pandemia (2021), houve uma redução drástica nos serviços, com menos mulheres testadas e diagnosticadas, e aumento do abandono do tratamento antirretroviral (TARV) entre as poucas que testaram positivo. Após a pandemia (2023), observou-se um retorno gradual à normalidade, com mais mulheres sendo testadas, diagnosticadas e em acompanhamento, e menor abandono do TARV. A pesquisa evidencia que a pandemia não reduziu número de casos testados, diagnosticado e em tratamento no ano de 2021 não é porque os casos do HIV/AIDS baixaram, mas sim as restrições e o isolamento visando prevenir a propagação da COVID-19 e medo de o contrair houve pouca afluência a unidades sanitárias nos serviços relacionadas com HIV. Muitas interromperam cuidados regulares e apoio psicossocial, aumentando riscos à sua saúde. Os resultados revelaram que houve falta de um suporte governamental quanto a cesta básica para proteger os grupos mais vulneráveis sem meios de subsistência e que não podiam ir à rua para procurar meio de sustento durante a crise. Por isso o estudo recomenda as autoridades de saúde, mulher e ação social a desenvolver políticas públicas que considerem vulnerabilidades específicas e a garantia da continuidade assistencial a estes grupos mesmo em contextos de crise sanitária. ________________________________


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 404492 - CESAR KOPPE GRISOLIA
Interna - 404324 - MARIA DA GLORIA LIMA
Interna - ***.616.062-** - TELMA REJANE DOS SANTOS FACANHA - UnB
Externo à Instituição - THIAGO ROCHA CUNHA
Notícia cadastrada em: 17/03/2025 08:28
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