Este artigo apresenta os resultados de um pré-teste metodológico de um projeto que investiga o potencial de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) na criação de desinformação. Foram analisadas as ferramentas ChatGPT (OpenAI), Gemini (Google DeepMind) e Copilot (Microsoft) para avaliar como cada uma lida com pedidos de geração de conteúdo desinformativo em diferentes graus de complexidade. Os resultados mostraram comportamentos distintos: enquanto o Copilot se recusou categoricamente a criar qualquer tipo de desinformação, o ChatGPT e o Gemini apresentaram respostas variadas, dependendo do tema e do grau de complexidade dos prompts. A pesquisa identificou a necessidade de ampliar a lista de prompts para incluir solicitações mais avançadas, como textos manipulativos baseados em desinformação preexistente, para fins educacionais, a fim de testar a capacidade das ferramentas de reconhecer e bloquear esses conteúdos. Também se propõe a criação de um novo grau de realismo para classificar respostas que, embora não gerem fake news diretamente, oferecem informações desinformativas. Conclui-se que, apesar da necessidade de aprimoramentos, o modelo metodológico adotado demonstrou ser eficaz para avaliar a capacidade das ferramentas na geração de desinformação.