Teatro de Animação e Sala De Aula Invertida como Processos de Socialização e Aprendizagem no Terceiro Ciclo
Teatro de Animação. Sala de Aula Invertida. Educação Básica. Aprendizagem. Pedagogia das Artes Cênicas
O processo de aprendizagem e socialização nas aulas de teatro na escola pode ser um caminho difícil e doloroso para alguns estudantes. Como professor/artista/pesquisador, percebo a necessidade de ampliação do debate teórico sobre tal temática. Desta feita, para que o percurso de iniciação aos princípios basilares do teatro na escola ocorra com mais tranquilidade e de forma gradativa, tem-se aqui uma Proposta Pedagógica. A partir desta reflexão, o presente estudo tem como objetivo analisar as possibilidades do Teatro de Animação aliado à Sala de Aula Invertida, como perspectivas pedagógicas para o ensino de Artes Cênicas no Terceiro Ciclo de Aprendizagem em uma escola da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. O Teatro de Animação pode ser entendido como o ato de oportunizar a ideia de “vida” a elementos inanimados, tais como: bonecos, personagens de sombras, entre outros. Já a Sala de Aula Invertida é vista como uma extensão da sala de aula presencial, onde o estudante realiza um estudo prévio dos conceitos estabelecidos pelo professor. Como viés metodológico, faz-se uso do estudo de caso, de cunho exploratório qualitativo, desenvolvido no Centro de Ensino Fundamental 101, localizado na Região Administrativa do Recanto das Emas, Distrito Federal, com estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Nesse viés, têm-se os seguintes procedimentos metodológicos: uma Proposta Pedagógica contendo 60 aulas distribuídas em três anos (20 aulas para cada ano – 6º, 7º e 8º) sobre teatro de sombras, boneco de luva e boneco de animação direta; utilização da Sala de Aula Invertida; registo em Diário de Bordo (pelos estudantes); registro audiovisual das aulas de teatro; e, aplicação de três questionários online. Para os apoios teóricos têm-se as ideias de: Dewey (2010) e Larrosa (2022), sobre experiência na arte; Bergmann e Sams (2018), sobre Sala de Aula Invertida; Ausubel (2000) e Hooks (2017), sobre aprendizagem e socialização na escola; Carvalho (0000), sobre o Terceiro Ciclo; Amaral (2002, 2007, 2011), e sobre teatro de animação Amorós e Paricio (2005), artigos da Móin-Móin Revista de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas e da revista Fantoche - Arte de los Títeres.