ANGIOTOMOGRAFIA versus ULTRASSONOGRAFIA COM CONTRASTE POR MICROBOLHAS PARA A DETECÇÃO DE ENDOLEAKS PÓS-EVAR: uma revisão sistemática e metanálise
Angiotomografia, CEUS, EVAR, Endoleak.
Contexto A ultrassonografia com contraste (CEUS) surgiu como uma alternativa promissora à angiotomografia computadorizada (ATC) para vigilância pós reparo de aneurisma endovascular (EVAR). Embora a ATC continue sendo o padrão-ouro para avaliação estrutural, preocupações com a exposição à radiação e a nefrotoxicidade do contraste têm encorajado investigações sobre a CEUS como uma modalidade de imagem mais segura e econômica. Objetivo Esta revisão sistemática e metanálise teve como objetivo comparar a precisão diagnóstica da CEUS e da ATC na detecção de enoleaks após EVAR, avaliando sua sensibilidade, especificidade e aplicabilidade clínica. Métodos Uma busca sistemática foi conduzida no PubMed, Embase, Web of Science, Cochrane Library e Scopus, seguindo as diretrizes PRISMA. Doze estudos, compreendendo 1.702 pacientes e 1.982 exames pareados, foram incluídos. Sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN) foram extraídos, e modelos metaanalíticos foram aplicados para avaliar o desempenho diagnóstico agrupado. Resultados O CEUS demonstrou maior sensibilidade geral (81,3%–100%) do que a ATC (32,8%– 100%), particularmente para endoleaks tipo II (491 vs. 467 casos, respectivamente). O CEUS também identificou 8,8% mais endoleaks totais (645 vs. 593) e mostrou desempenho superior na detecção de sua origem hemodinâmica. Em contraste, a ATC foi mais eficaz na detecção de endoleaks tipo I (61 vs. 54 casos) e na identificação de casos sem origem aparente. Conclusão O CEUS prova ser uma alternativa eficaz, segura e econômica para vigilância pósEVAR, particularmente na detecção de endoleaks tipo II. No entanto, a ATC continua essencial para avaliar a integridade do enxerto e planejar reintervenções. A abordagem ideal pode envolver um protocolo integrado, equilibrando a precisão do diagnóstico, a segurança do paciente e a sustentabilidade da assistência médica. Mais estudos prospectivos são necessários para padronizar os protocolos do CEUS e validar sua ampla aplicação clínica.