Efeito antioxidante na prevenção da disfunção das células ciliadas externas em roedores expostos a elevados níveis de pressão sonora
; Antioxidantes, Ruído, Perda auditiva induzida por ruído
Introdução: O ruído é o agente físico mais comum em nosso ambiente e é um fator de risco presente em várias atividades humanas, no cotidiano da comunidade, no ambiente doméstico e, também, na maioria dos processos de trabalho. O melhor meio de prevenir danos primários no caso da exposição a elevados níveis de pressão sonora é a proteção contra o ruído. Como essa proteção nem sempre é possível, por várias razões, o uso de antioxidantes vêm sendo estudo para prevenir ou tratar a PAIR. Objetivo: Avaliar o efeito da melatonina e da coenzima Q10 na prevenção da disfunção das células ciliadas externas e internas da orelha interna em ratos Wistar expostos a elevados níveis de pressão sonora. Metodologia: trata-se de um estudo experimental aprovado pelo CEUA sob o número SEI 23106.001211/2020-39. A amostra foi composta por 60 animais, divididos em 8 grupos. Os grupos 1 e 5 receberam Coenzima Q10, os grupos 2 e 6 receberam melatonina, os grupos 3 e 7 receberam apenas soro (veículo para melatonina) e os grupos 4 e 8 receberam apenas óleo (veículo para coenzima). A aplicação da medicação foi feita durante 14 dias por via intraperitoneal. Após o 4 dia de aplicação os animais dos grupos 1,2,3 e 4 começaram a ser expostos ao ruído. Durante 10 dias, pelo período de 8 horas, os animais permaneceram na sua própria gaiola dentro de uma cabine acústica, e foram expostos ao ruído branco na intensidade de 100 dB. Foram realizadas 3 avaliações auditivas (EOAPD e PEATE) nos animais, para caracterizar a lesão gerada pelo ruído, nos tempos D0 (antes de iniciar a intervenção), D15 (dia seguinte ao término da exposição ao ruído), D30 (15 dias após ao último dia de exposição ao ruído). Resultados parciais: Após a eliminação pelos critérios de exclusão e devido as alterações de orelha média manifestadas durante o experimento, além de outras causas de óbitos, concluíram a pesquisa 20 animais. Observou-se alteração dos valores da amplitude e relação sinal/ruído das EOAPD, principalmente do primeiro para o segundo exame. O grupo 1, coenzima ruído foi o grupo que apresentou piora significativa no exame D15, porém com total recuperação dos valores no exame D30. O grupo 2, melatonina ruído, foi o que apresentou menor piora dos valores, na comparação entre o D0 e o D15 e melhora no D30. Já o grupo 4, óleo ruído, foi o grupo que apresentou maior prejuízo nos valores no D15 e piora no exame do D30. Na avaliação do limiar eletrofisiológico, não foi observada uma alteração significativa ao longo dos exames.