Avaliação da implementação de novas tecnologias para o controle do mosquito Aedes aegypti no Distrito Federal
Controle de Vetores; Distrito Federal; Estações Disseminadoras de Larvicidas; Borrifação Residual Intradomiciliar; Wolbachia
Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão dos vírus da dengue, febre amarela urbana, zika e chikungunya apresenta desafios importantes para a saúde pública no Brasil. Este estudo propõe uma avaliação da implantação de novas tecnologias recomendadas pelo Ministério da Saúde para o controle desse vetor no Distrito Federal (DF). Com delineamento ecológico, longitudinal e quase-experimental e abordagem mista (quantitativa e qualitativa) o estudo analisa três tecnologias-chave — Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL), Borrifação Residual Intradomiciliar para Aedes (BRI-Aedes) e método Wolbachia e explora o impacto dessas ferramentas na redução de focos do mosquito Aedes aegypti e na transmissão em Regiões Administrativas do DF, no período de 2024 a 2026. Os dados quantitativos foram coletados por meio de monitoramento entomológico utilizando Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) e armadilhas ovitrampas. Dados epidemiológicos de incidência de casos prováveis de dengue foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A análise qualitativa envolverá entrevistas e questionários com profissionais de saúde e membros da comunidade. Em áreas com EDL, Candangolândia observa-se redução do IIP de 0,83% (mai/24) para 0% (out/24), porém aumentando para 3,46% em jan/25. Sol Nascente/Pôr do Sol, o IIP (após reduzir a 0%) aumentou para 1,63% (jan/25). Na Candangolândia (início jul/24) registra-se redução do IMO em ~80%, IPO em ~74% e IDO em ~23% (2025 vs. 2024). Em contraste, Água Quente (início fev/25) houve aumento de ~60% no IMO, ~38% no IPO e ~16% no IDO (2025 vs. 2024), possivelmente por favorabilidade ambiental. Para BRI (início fev/25) no Recanto das Emas, as ovitrampas aumentaram ~29% (IMO) e ~24% (IPO) (2025 vs. 2024). Wolbachia será implementada no 2º semestre de 2025. Em caráter preliminar, os achados reforçam a necessidade de considerar fatores climáticos na implementação e análises qualitativas de aceitação e custo-benefício para uma compreensão da viabilidade e efetividade dessas novas ferramentas no controle da espécie Aedes aegypti e na formulação de políticas de saúde pública no DF.