Impacto da posição prona em respiração espontânea em pacientes com COVID-19 em uma unidade de urgência e emergência.
COVID-19, Serviços Médicos de Emergência, Decúbito Ventral, Intubação, Mortalidade
A posição prona em posição prona em respiração espontânea (PPRE) foi utilizada durante a pandemia para aumento da oxigenação e redução do risco de intubação orotraqueal (IOT), refletindo positivamente na sobrevida de pacientes com COVID-19. Objetivos: Identificar, em pacientes internados com COVID-19 em Unidade de Urgência e Emergência (UUE), a taxa de sucesso ou falha da PPRE em evitar a IOT e/ou mortalidade, bem como as respostas fisiológicas respiratórias e cardiovasculares associadas. Métodos: Coorte retrospectiva, realizada por levantamento de dados em prontuário eletrônico. Avaliados 43 pacientes, divididos em grupos Sucesso (manutenção de ventilação espontânea) ou Falha (IOT e/ou óbito). As variáveis fisiológicas respiratórias e cardiovasculares avaliadas na admissão e alta da UUE foram, respectivamente: frequência respiratória (FR), saturação periférica de oxigênio (SpO2), relação entre saturação periférica de oxigênio e fração inspirada de oxigênio (SpO2/FiO2); frequência cardíaca (FC), pressão arterial média (PAM). Dados analisados pelos testes Shapiro-Wilk e T Student independente. Resultados: Dos 43 pacientes que realizaram a PPRE, 25 (58%) não foram intubados e sobreviveram durante o seguimento, neste grupo as respostas fisiológicas respiratórias FR, SpO2 e SpO2/FiO2 foram significativamente melhores (p≤0,05) em relação ao grupo Falha, não houve diferença entre as variáveis fisiológicas do sistema cardiovascular. Conclusão: a PPRE reduziu as taxas de IOT e mortalidade dos pacientes com COVID-19 em ventilação espontânea, com respostas fisiológicas respiratórias superiores, comparadas ao grupo Falha.