Democracia participativa; Movimentos Sociais; Resistência Democrática; Frente Povo Sem Medo; Repertórios de Ação Coletiva;
A pesquisa trata da relação entre democracia e movimentos sociais e das contribuições desses últimos ao processo de resistência democrática, a partir do campo extra institucional, por meio de seu repertório, ações táticas e performance, quando dos ataques à democracia e suas instituições, entre os anos de 2019 e 2022, referentes ao governo de Jair Bolsonaro, incluindo o 8 de janeiro de 2023. O campo político e empírico está circunscrito a uma dessas redes de resistência, a Frente Povo Sem Medo. O objetivo geral é pesquisar e tentar explicar de que maneira as redes de organizações integrantes da FPSM se articularam entre si e com outras redes de resistência, em defesa da democracia brasileira e as principais ações e escolhas táticas que compuseram o repertório utilizado. A pergunta de tese é: Como a Frente Povo Sem Medo se articulou interna e externamente e que repertório utilizou na trincheira da resistência democrática, entre os anos de 2019 e 2022? A hipótese é que a FPSM, por meio de ativismo extra institucional colaborou com a aproximação do demos às instituições e com o fortalecimento de um modelo de democracia mais permeável à influência dos cidadãos comuns. O suporte teórico se baseia nas literaturas sobre democracia participativa, movimentos sociais, ativismos, repertório, escolhas táticas e performances. A metodologia se utilizará da Análise de Redes e Estudo de Casos e coletará dados em fontes primárias e secundárias. As redes serão analisadas no âmbito on-line utilizando ferramentas automatizadas de raspagem de publicações nas mídias sociais digitais, e matérias jornalísticas na imprensa nacional on-line para registrar discursos e ações de ataques à democracia por dentro e por fora das instituições, que geraram contramanifestações de resistência e defesa extra institucional da democracia.