Banca de DEFESA: Joyce Silva dos Santos

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Joyce Silva dos Santos
DATA : 26/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Virtual Google Meet - ACESSO https://meet.google.com/ezh-ybbd-mpu
TÍTULO:

Avaliação da qualidade e da atividade biológica de formulações tópicas a base de óleo de rosa mosqueta (Rosa aff rubiginosa).


PALAVRAS-CHAVES:

emulsões, óleos vegetais, Rosa mosqueta, plantas medicinais, tecnologia farmacêutica._


PÁGINAS: 100
RESUMO:

Introdução: A pele é um importante órgão do corpo humano, que, ao servir de interface entre o meio interno e externo como forma de proteção, está constantemente exposta a diversos fatores estressantes. Os produtos naturais se destacam por suas propriedades compatíveis com o manto dérmico e sua composição tanto terapêutica quanto protetora da pele. O óleo de Rosa Mosqueta (Rosa aff rubiginosa) tem sido tradicionalmente utilizado no combate ao envelhecimento cutâneo, como agente clareador da pele, redutor de cicatrizes e como agente cicatrizante. Embora seja facilmente encontrado em farmácias no Brasil, poucos estudos foram desenvolvidos comprovando a eficácia desse óleo nos cuidados da pele e de feridas. Objetivo: avaliar a qualidade e a segurança de formulações tópicas (emulsões e microemulsões) desenvolvidas com óleo de rosa mosqueta para uso na prática clínica. Metodologia: Foram elaboradas duas emulsões contendo 30% de óleo de Rosa Mosqueta pelo método de inversão de fases, apenas diferindo em relação à presença ou ausência do antioxidante sintético BHT (2,6-Di-tert-butyl-p-cresol). As emulsões, juntamente com uma amostra do óleo puro foram acondicionadas em frascos airless e mantidas em câmara climática a 40ºC e 35% de UR e submetidas a testes de estabilidade acelerada por 90 dias durante os quais foram avaliados parâmetros organolépticos, microbiológicos, físicos e químicos. Também foram desenvolvidos diagramas de fases pseudoternário para fins de elaboração de microemulsões de óleo de Rosa Mosqueta, empregando-se método de baixa energia, usando como tensoativo o Tween 80 e testando-se dois cotensoativos diferentes: glicerina e propilenoglicol. As melhores microemulsões foram armazenadas por sete dias em estufa a 40ºC e 35% de UR e avaliadas quanto ao pH, condutivimetria, granulometria e estudo microbiológico. Tanto as emulsões como as microemulsões foram submetidas a testes de segurança (irritabilidade, viabilidade celular, perfil inflamatório), teste de permeação cutânea in vitro em modelo de célula de Franz e potencial cicatrizante ex vivo. As análises de permeação foram realizadas em HPLC, utilizando como analito de interesse o ácido linoleico. Resultados: Foi possível desenvolver uma emulsão com 30% de óleo de Rosa mosqueta, cujas características organolépticas mantiveram-se estáveis por 90 dias armazenadas em câmara climática. O óleo incorporado nas emulsões preparadas com antioxidante sintético teve sua atividade antioxidante preservada ao longo do tempo de armazenamento, enquanto o óleo puro apresentou degradação significativa desse parâmetro a partir do 15º dia de armazenamento. A emulsão preparada sem antioxidante sintético perda significativa da atividade antioxidante, comparável ao óleo puro. Quanto ao desenvolvimento da microemulsão, o uso de glicerina foi mais eficiente em comparação ao propilenoglicol, permitindo a incorporação de até 5% de óleo. O óleo puro, a emulsão e a microemulsão não apresentaram sinais de irritação no teste HET-CAM (Hen’s egg test chorionallantoic membrane), toxicidade celular ou ação inflamatória. No estudo de permeação nenhuma das formulações testadas apresentou absorção, indicando ação local. A emulsão contendo 30% de óleo de Rosa mosqueta foi mais eficiente para promover a penetração do ácido linoléico até a derme quando comparado com o óleo puro e a microemulsão. Embora sem diferenças significativas, o estudo de cicatrização ex vivo mostrou maior densidade de colágeno no grupo tratado com a microemulsão de Rosa mosqueta, juntamente com aumento significativo na liberação de TGFβ.Conclusão: A emulsão contendo 30% de óleo de Rosa Mosqueta e as microemulsões contendo 1,25% a 2,5% apresentaram boa estabilidade e qualidade microbiológica, e foram consideradas seguras para uso cutâneo. A emulsão foi mais eficiente para estimular a penetração de ácido linoleico nas camadas mais profundas da pele. Embora não tenha facilitado a penetração do ácido linoleico, a microemulsão de rosa mosqueta aumentou a liberação de TGFβ e densidade de colágeno em lesões confeccionadas em pele humana.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1697332 - DANIELA CASTILHO ORSI - nullExterno à Instituição - IDEJAN PADILHA GROSS - UnB
Externa ao Programa - 2495888 - IZABEL CRISTINA RODRIGUES DA SILVA - nullPresidente - 1750177 - LIVIA CRISTINA LIRA DE SA BARRETO
Externa à Instituição - TALITA FARAJ FARIA - SARAH
Notícia cadastrada em: 05/08/2024 14:07
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