EPIDEMIOLOGIA DO HIV E AIDS NO ESTADO DO TOCANTINS: ANÁLISE COMPARATIVA ANTES, DURANTE E APÓS A PANDEMIA DE COVID-19
“HIV, Aids, Notificação, Epidemiologia.”
Introdução: a pandemia de covid-19 impactou de forma significativa os serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento do HIV/Aids no Brasil e no mundo. No estado do Tocantins, observa-se a redução de ações essenciais, como testagem diagnóstica, início oportuno da terapia antirretroviral, oferta de profilaxia pré-exposição, monitoramento da carga viral e programas de prevenção da transmissão vertical, o que pode ter implicações diretas na dinâmica da epidemia e na resposta do sistema de saúde. Objetivo: analisar a situação epidemiológica do HIV/Aids no estado do Tocantins na última década, comparando os períodos anterior, durante e posterior à pandemia, avaliando a evolução dos casos e da resposta em saúde, caracterizando o perfil das pessoas diagnosticadas, e investigando desigualdades e iniquidades na implementação da política pública, com vistas à identificação de potencialidades futuras para o controle da epidemia. Método: estudo epidemiológico descritivo de série temporal, com análise de dados secundários referentes ao período de 2018 a 2023, a partir de sistemas oficiais do Ministério da Saúde. Serão incluídas variáveis relacionadas a indicadores epidemiológicos, taxas de detecção do HIV, incidência de Aids, mortalidade, além do perfil sociodemográfico, clínico e da resposta programática. A análise estatística envolverá estatística descritiva, testes do qui-quadrado e modelos de séries temporais para identificação de tendências e projeção de cenários futuros. Resultados Esperados: espera-se que o estudo resulte na produção de três artigos científicos, abordando: (1) a evolução epidemiológica do HIV/Aids e os impactos diretos da pandemia nos registros de casos; (2) mudanças no perfil sociodemográfico e clínico das pessoas vivendo com HIV, incluindo comorbidades e estágio da infecção ao diagnóstico; e (3) as desigualdades na resposta pública à epidemia, com ênfase nos efeitos da pandemia sobre populações historicamente vulnerabilizadas, como pessoas LGBTQIA+ e usuários de álcool e outras drogas.