Assinatura de microRNAs e expressão de PARP1 como biomarcadores de resposta terapêutica no câncer de mama triplo-negativo
“ Câncer de mama triplo-negativo (TNBC), microRNAs, PARP1, Biomarcadores, Resposta Patológica Completa, Paclitaxel, Atlas Genômico do Câncer (TCGA) ”
“ O câncer de mama é uma doença complexa e heterogênea, com tumores semelhantes apresentando prognósticos e respostas terapêuticas diversas. O subtipo triplo-negativo (TNBC) representa cerca de 15% dos casos, sendo a quimioterapia a opção primária de tratamento. A avaliação da Resposta Patológica Completa (pCR) após a quimioterapia neoadjuvante é realizada por meio da carga residual de câncer (Residual Cancer Burden – RCB). Apenas um terço das pacientes com TNBC alcançam a pCR, indicando um prognóstico favorável a longo prazo, com uma sobrevida livre de doença em 5 anos para mais de 90% dos casos. Nesse contexto, mutações em genes que atuam em vias de reparo do DNA têm sido exploradas como biomarcadores para direcionar terapias específicas, como os inibidores da enzima PARP (Poli ADP-Ribose Polimerase). Além disso, os microRNAs têm se destacado como potenciais biomarcadores diagnósticos e prognósticos, por regularem a expressão gênica via RNA de interferência, atuando em vias tanto oncogênicas quanto supressoras tumorais. Este estudo investigou o perfil de microRNAs e a expressão PARP1 em linhagens celulares de câncer de mama e amostras tumorais fixadas em formol e embebidas em parafina (FFPE) de pacientes com TNBC, além da análise de dados clínicos e genômicos provenientes do TCGA (The Cancer Genome Atlas). Foram analisadas as linhagens MCF-7 (Receptor Hormonal Positivo, HR+), MDA-MB-231 (TNBC, BRCA1 competente) e MDA-MB-436 (TNBC, BRCA1 mutado). Observamos diferenças significativas no perfil de expressão de miR-7, miR-21, miR-671 e miR-146a entre as linhagens, além de alterações em resposta ao Paclitaxel e na expressão de PARP1, correlacionada ao perfil desses microRNAs. Nas biópsias, identificamos miR-7, miR-21 e miR-146a com potencial preditivo de pCR em pacientes com TNBC.”