Avaliação do efeito antiepiléptico e neuroprotetor de um peptídeo bioinspirado da peçonha de vespas sociais em sua forma livre e associado a nanotecnologia
Antiepiléptico; Neurovespina; Nanotecnologia
A epilepsia é conceituada como um distúrbio neurológico qualificado por uma predisposição persistente do encéfalo de gerar crises convulsivas espontâneas e recorrentes. Apesar do uso de fármacos antiepilépticos com o intuito de controlar e prevenir crises epilépticas, sua utilização prolongada provoca um risco considerável de morbidade. Atualmente, as peçonhas de artrópodes têm sido consideradas importantes fontes de compostos neuroativos. O peptídeo Neurovespina bioinspirado da peçonha de vespas sociais, se mostrou extremamente promissor em modelos agudos e crônicos de crises convulsivas, induzindo um potente efeito anticonvulsivante e neuroprotetor, assim como não apresentou efeitos adversos detectáveis até o momento. No entanto, a meia-vida estimada do peptídeo é de 4 horas e a forma de administração restrita ao uso na forma parenteral. Portanto, o objetivo do presente trabalho é avaliar a atividade antiepiléptica e neuroprotetora do peptídeo Neurovespina associada a nanotecnologia em um modelo crônico de epilepsia do lobo temporal. Para avaliar o efeito antiepiléptico do peptídeo Neurovespina, foi empregado o modelo crônico de ELT, com indução de crises por pilocarpina (i.p) e durante o tratamento dos sujeitos experimentais foram monitorados utilizando uma câmera filmadora e por video-EEG para observação de Crises Espontâneas e Recorrentes (CERs). Após avaliação do efeito antiepiléptico, os animais foram eutanasiados e as alterações morfológicas estão sendo avaliadas por técnicas histológicas (Coloração de Nissl para neurônios). A análise semiquantitativa do dano neuronal será realizada em cada um dos sujeitos experimentais submetidos ao protocolo de avaliação da atividade antiepiléptica descrita anteriormente, exceto os submetidos ao protocolo para obtenção de vídeo-EEG. Espera-se um possível aumento da eficácia terapêutica do peptídeo, mantendo sua segurança farmacológica e visando um tratamento mais eficaz e confortável contra a epilepsia fármaco-resistente.