Avaliação de Inventário do Ciclo de Vida de Carvão Obtido em Fornos-Fornalha a partir de Biomassa Vegetal
Sistema de Fornos-Fornalha, Carvão Vegetal, Avaliação do Inventário de Ciclo de Vida, Biomassa Vegetal
Cuidar do nosso planeta e usar os recursos com responsabilidade é muito importante para a sustentabilidade ambiental e social. A ideia de sustentabilidade abrange a reparação de danos à natureza e afeta a sociedade, a economia, a cultura e as formas de governo das pessoas. A madeira representa 9% da energia limpa utilizada. Em 2022, a indústria siderúrgica utilizou 6,9 milhões de toneladas de carvão vegetal no Brasil. A eficiência na produção de carvão envolve conversão de energia e rendimento gravimétrico que dependem essencialmente dos fornos utilizados. Os fornos de carbonização de biomassa variam em eficiência e impacto ambiental. Eles não são tão bons na conversão de combustível em calor e produzem muitas emissões, principalmente no ar. Eles também podem usam resíduos como parte do processo como forma de otimizar o desempenho. A melhoria do desempenho desses fornos exige investimento em pesquisas e adoção de novas tecnologias. Novas melhorias como acendimento automático e a utilização do subproduto como os finos de carvão no formato de biochar podem melhorar o processo, bem como, a utilizando do gás produzido no aquecimento do carbono. Um sistema de melhoria de fornos é o Sistema de Fornos-Fornalha (SFF) para carvão vegetal, foi desenvolvido em parceria por vários Ministérios do Governo Federal, em 2019, como parte do Projeto de Siderurgia Sustentável, seguindo algumas diretrizes da ONU. O objetivo é defender práticas sustentáveis na produção de carvão vegetal, visando conter o desmatamento e a liberação de gases de efeito estufa, comuns aos métodos convencionais. Isso implica apoiar métodos ecologicamente sensíveis e otimizar o uso de recursos. O estudo foi conduzido de acordo com as normas ISO 14040 e ISO 14044, que fornecem diretrizes para a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) e o Inventário do Ciclo de Vida (ICV). O SFF foi estudado com o objetivo de avaliar os efeitos ambientais associados à sua construção, excluindo os equipamentos de proteção individual e ferramentas de construção civil. A unidade funcional analisada foi o SFF, que contém uma unidade de carbonização com quatro fornos, semelhante ao forno Rabo-Quente, e uma fornalha com câmara de combustão e chaminé. Foi levantado e avaliado o Inventário da construção do SFF, concebendo a Avaliação do Inventário do Ciclo de Vida (AICV), com isso, também foram avaliadas as categorias de impacto como: acidificação, aquecimento global, eutrofização, depleção abiótica, depleção da camada de ozônio e toxicidade humana dos materiais constantes no inventário. O estudo apontou que os processos de aço e terra foram as principais causas da maioria dos impactos ambientais e que os processos da madeira e manta cerâmica contribuíram para a mitigação dos impactos ambientais.