EXPRESSÃO HETERÓLOGA DA ENZIMA L-ASPARAGINASE DE Fusarium proliferatum EM SISTEMA DE EXPRESSÃO Escherichia coli
L-asparaginase; fungos filamentosos, leucemia linfoblástica aguda, proteínas recombinantes
A L-asparaginase é uma enzima com propriedades de hidrólise da L-asparagina, um aminoácido essencial para células neoplásicas e não essencial para o organismo humano e síntese de células normais, sendo convertida em ácido aspártico e amônia. Essa enzima é amplamente utilizada no tratamento de doenças linfoproliferativas e linfomas, com destaque para a Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA), se tornando um dos principais agentes quimioterápicos dos últimos anos. A Lasparaginase atualmente aplicada nos esquemas terapêuticos são oriundas de microrganismos como Escherichia coli e Erwinia chrysanthemi, além da L-asparaginase PEGuilada que foi introduzida com o objetivo de diminuir a variedade de efeitos imunogênicos, neurotóxicos e de hipersensibilidade que os pacientes apresentam durante o tratamento oncológico, se tornando necessária a busca por novas fontes de produção da enzima. Portanto, esse trabalho avaliou a produção e atividade de L-asparaginase do fungo filamentoso do Cerrado brasileiro, Fusarium proliferatum, utilizando Escherichia coli com gene de L-asparaginase deletado como sistema de expressão. Um vetor de expressão foi utilizado para introdução do gene de L-asparaginase do fungo, pET-28a, possuindo uma sequência de 6 histidinas, que foi introduzida na porção N-terminal com o objetivo de auxiliar no processo de purificação por afinidade com uma coluna carregada com níquel. A triagem de clones transformados resultou na seleção de um clone que foi utilizado ao longo de todo o trabalho, e a otimização de condições de cultivo revelou que a temperatura de 37 °C, utilizando uma concentração de 0.5 mM de IPTG foi a mais adequada para produção da enzima. A proteína foi extraída por metodologia de rompimento celular utilizando sonicador e analisada por eletroforese em gel de SDS-PAGE e western blot . Os ensaios demonstraram que a proteína se está na forma de corpos de inclusão e etapas de solubilização e purificação foram realizadas.