Banca de DEFESA: Gabrielle Kéfrem Alves Gomes

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Gabrielle Kéfrem Alves Gomes
DATA : 28/04/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma teams
TÍTULO:

ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DA INCORPORAÇÃO DAS INSULINAS ANÁLOGAS NA REDE ASSISTENCIAL DO SUS


PALAVRAS-CHAVES:

Políticas Públicas de Saúde, insulinas análogas, diabetes mellitus


PÁGINAS: 1000
RESUMO:

“Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) constitui um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia, que é o resultado de defeitos na ação e/ou na secreção de insulina. No caso do Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) o tratamento é baseado na aplicação de insulinas exógenas. No intuito de tornar o perfil de insulina injetada mais próximo do nível fisiológico, insulinas análogas foram desenvolvidas que incluem as de ação prolongada e de ação rápida. No Brasil, a incorporação das insulinas análogas no SUS para o tratamento do DM1 se deu com a inclusão das insulinas de ação rápida pela Portaria SCTIE-MS nº 10 publicada no Diário Oficial da União (DOU) nº 38, de 22 de fevereiro de 2017 e regulamentado pelo Protocolo Clínico para Diabetes Tipo 1 aprovado pela Portaria Conjunta Nº 08, de 15 de março de 2018 assistencial do SUS. Método: Tratase de uma Pesquisa de Implementação (Implementation Research) utilizando método misto em multifaces (Multiphase Mixed Methods).O estudo foi realizado em três etapas: a primeira etapa consiste em um inquérito nacional online junto aos gestores estaduais e municipais de saúde a respeito da estrutura da rede assistencial, serviços referenciais e os fluxos estabelecidos para disponibilização das insulinas análogas de ação rápida nos municípios brasileiros a partir da implementação do PCDT DM1/MS. Na segunda etapa, uma análise documental dos protocolos estaduais de acesso às insulinas análogas a fim de analisar a sua qualidade comparado ao PCDT DM1/MS a partir do instrumento AGREE II (Appraisal of Guidelines Research & Evaluation). Na terceira etapa uma avaliação de Conhecimentos, Atitudes e Práticas (CAP) junto aos responsáveis pela prescrição e dispensação de insulinas análogas de ação rápida. Resultados: Foram analisados 13 documentos e a maioria (46%) estava intitulada como protocolos para dispensação. Quanto a avaliação global, o PCDT apresentou maior pontuação (5,7) seguido de um documento estadual, com média de 5,0. Apenas uma das diretrizes foi recomendada sem modificações, sendo três delas não recomendadas. Em todos os documentos avaliados foram identificadas fragilidades importantes em mais de um Domínio, com destaque para os baixos valores para “aplicabilidade”; “envolvimento das partes interessadas” e “independência editorial”. No inquérito nacional observou-se que em relação a aquisição estadual de insulinas análogas, sejam elas basal ou de ação rápida, a maioria 89% (n=24) dos estados já a realizava. Ainda que a incorporação de insulinas análogas de ação rápida a nível federal tenha ocorrido em fevereiro de 2017, o recebimento das insulinas análogas nos estados ocorreu somente a partir de outubro de 2018 em 77,7% (n=21) deles, de novembro de 2018 a janeiro de 2019 em 18,5% (n=5) dos estados e foi finalizado o início da distribuição em março de 2019 no último Estado. Quanto à distribuição, esta se iniciou em cerca da metade dos estados em outubro (51,8% (n=14)), e no restante dos estados o início desta etapa se estendeu de novembro de 2018 até abril de 2019. O início da dispensação ocorreu de forma mais distribuída entre outubro de 2018 a maio de 2019. Em relação ao processo de disponibilização das insulinas análogas, a maioria dos estados 59,3% (n=16) referiram dispensar as insulinas análogas em farmácias do CEAF na capital do Estado ou farmácias regionais; 11,1% (n=3) de forma descentralizada junto à rede de serviços públicos dos municípios do Estado e em dois deles (7,4%) somente em centros de referência, sendo que os demais estados referiram formas mistas de dispensação. Conclusão: Ainda existe uma lacuna para a padronização da estrutura e da qualidade de documentos orientativos de acesso ao tratamento do DM nos estados brasileiros. Observa-se uma fragilidade na relação de documentos oficiais que normatizem ou orientem a construção destes documentos estaduais. Adicionalmente, observa-se uma lacuna de diretrizes formais para guiar o processo de implementação no Brasil, o que se constitui em oportunidade para o desenvolvimento de modelos alinhados à realidade do SUS. Necessidade de Alinhamento das ações necessárias e responsáveis, minimizando entraves e integrando as esferas de gestão. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRÉ DE OLIVEIRA BALDONI - UFSJ
Externa ao Programa - 2532427 - DAYDE LANE MENDONCA DA SILVA - nullExterno à Instituição - LEONARDO RÉGIS LEIRA PEREIRA - USP
Presidente - 1996218 - NOEMIA URRUTH LEAO TAVARES
Externo ao Programa - 1010476 - RINALDO EDUARDO MACHADO DE OLIVEIRA - null
Notícia cadastrada em: 22/04/2025 16:41
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