Banca de DEFESA: RODOLFO NAZARETH JUNQUEIRA FONSECA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RODOLFO NAZARETH JUNQUEIRA FONSECA
DATA : 05/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: https://www.youtube.com/watch?v=c6Caa9tT0Ow
TÍTULO:

A Biografia de um Patrimônio Cultural entre a rememoração, o apagamento e a potência das Ruínas – Estudo de Caso de um Sítio Arqueológico na Cidade de Ouro Preto (MG)


PALAVRAS-CHAVES:

Patrimonialização; Patrimônio Cultural; Processo sócio-histórico; Longa Duração; Ruínas; Ouro Preto


PÁGINAS: 322
RESUMO:

Esta tese analisa a patrimonialização tardia do Sítio Arqueológico do Morro da Queimada, território em ruínas de um próspero arraial minerador do início do século XVIII, anterior a própria cidade de Ouro Preto (MG). Sua patrimonialização é analisada enquanto um processo que é por natureza dinâmico, descontínuo, inacabado ou não consolidado ainda na atualidade do caso. Para tal, documenta-se e estrutura-se esta patrimonialização em um largo período, jogando luzes sob sua descontinuidade, identificando e analisando sociologicamente momentos, processos, discursos e sujeitos, de maneira a constituir a proposta de um método de análise sócio-histórica da patrimonialização na longa duração.

Neste método a patrimonialização é abordada em sua processualidade sócio-histórica tanto linear quanto anacrônica, constituída de políticas de memória, contíguas, coexistentes ou concorrentes no tempo e no espaço de um bem cultural, nos quais diferentes interdependências sociofuncionais tomam em cada tempo uma forma de patrimonialização do lugar, formando uma figuração, que por sua vez, se expressa em mentalidades e imaginários em que o que, como e para quem se preserva muda ao longo do processo sócio-histórico. Demonstra-se que é exatamente na mudança dos padrões de interdependência é que ocorre a mudança das concepções de patrimônio cultural ao longo do tempo. O que importa não é o patrimônio em si, mas as relações, interdependências e equilíbrio de tensões estabelecidas, a partir e com o patrimônio em diferentes tempos. O que é ou não patrimônio está em movimento e muda na longa duração. Uma patrimonialização precisa ser movida pela capacidade de imaginar dentro das políticas de memória, a ponto de reconhecer como um bem patrimonial foi, é, e continuará sendo atravessado por diferentes governos, políticas e institucionalidades no tempo e no espaço. Neste sentido, o que é socialmente considerado patrimônio, ao mesmo tempo, inclui e exclui o não patrimônio. A ruína é revelada como a síntese anacrônica do processo, expressão do movimento e da dialética entre preservar e destruir, existente em toda patrimonialização, porque se coloca na encruzilhada, dialética, além do lugar de memória e da oposição entre história e memória, nem somente material ou imaterial, inacabada e potente ao que pode ser ou se tornar, o que fundamenta a proposição da noção do “lugar de ruína”. É necessário patrimonializar a ruína no movimento entre o destruir e o por vir.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1255605 - EDSON SILVA DE FARIAS
Interno - 2328733 - EMERSON FERREIRA ROCHA
Externo à Instituição - CLOVIS CARVALHO BRITTO - UnB
Externa à Instituição - Diana Dianovsky - IPHAN
Externo à Instituição - LEONARDO BARCI CASTRIOTA - UFMG
Notícia cadastrada em: 07/08/2024 10:00
SIGAA | Secretaria de Tecnologia da Informação - STI - (61) 3107-0102 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - app14.sigaa14