ADI 5.617; Ronald Dworkin; Katharine Bartlett; interpretação jurídica; direito enquanto integridade; juiz Hércules; posicionalidade; epistemologia feminista
A dissertação analisa a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.617, julgada pelo Supremo Tribunal Federal, que declarou inconstitucional o artigo 9º da Lei 13.165/15, relativo à limitação do acesso ao fundo partidário por candidatas mulheres. O estudo relaciona as teorias de Ronald Dworkin e Katharine Bartlett no contexto da interpretação jurídica, investigando a possibilidade de conciliar a ideia de "única resposta correta" do juiz Hércules, proposta por Dworkin, com a teoria da posicionalidade de Bartlett. Para tanto, discute-se o direito enquanto integridade e a adoção de metodologias jurídicas feministas. A pesquisa qualitativa e exploratória combina análise bibliográfica e documental, com foco na aplicação das teorias à ADI 5.617. Conclui-se pela relevância do diálogo entre as teorias para refletir sobre os limites e possibilidades da interpretação construtiva e do direito enquanto integridade em relação a abordagens feministas do direito.