Violência Doméstica, Violência Familiar, Masculinidade, Patriarcado, Gênero, Homens Ofensores,Histórico Familiar
A presente tese tem como intuito pesquisar os contextos de memória de violência doméstica e familiar contra a mulher e verificar quais influências individuais ou sociais atuam nos homens ofensores, investigando o histórico familiar e geracional de suas famílias e seus perfis, bem como sua situação laboral, a fim de entender os motivos que levam os ofensores de violência doméstica e familiar a agredirem suas parceiras. Esta pesquisa visa, portanto, a uma compreensão do fenômeno da violência, a partir de um grupo de acompanhamento a homens que respondem a processos por violência doméstica e familiar contra suas parceiras, bem como a coleta de dados que verifiquem o histórico familiar, a situação laboral e o perfil desses ofensores. Busca analisar as interações entre a violência social (psicodinâmica do trabalho) e a violência doméstica, além de pesquisar a centralidade do trabalho nos processos de violência de gênero.Utilizou-se como referencial teórico o pensamento sistêmico complexo, bem como estudos sobre patriarcado, gênero e masculinidades. A pesquisa inclui um grupo de homens, denominado “Grupo de Homens Ofensores”, além de um questionário baseado no genossociograma, aplicado aos participantes – ofensores que respondem a processos de violência de gênero no Distrito Federal. Também foram realizadas questionário-entrevistas com magistrados(as), promotores(as), defensores(as), delegados(as), advogados(as), servidores(as) e colaboradores(as) responsáveis pelo atendimento a ofensores que atuam nas equipes multidisciplinares junto aos Tribunais (Juizados) cadastrados. A pesquisa é quanti-qualitativa, com enfoque em políticas públicas voltadas à prevenção e enfrentamento da violência doméstica, fundamentando-se em autores que abordam a temática. Os termos utilizados visam assegurar o anonimato do pesquisador e do pesquisado, em conformidade com o comitê de ética em pesquisas e em observância às Resoluções e Protocolos de segurança, especialmente às Resoluções n.º 466/2012 e n.º 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (CNS/MS).