PPGHIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DEPTO HISTÓRIA Telefone/Ramal: Não informado https://www.unb.br/pos-graduacao

Banca de DEFESA: ELIANE CRISTINA BRITO DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELIANE CRISTINA BRITO DE OLIVEIRA
DATA : 16/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Híbrida
TÍTULO:

O “ELEFANTE VERMELHO” NA CAPITAL DA DITADURA: A Escola Pública do Distrito Federal na Ditadura Militar (1960-1985)


PALAVRAS-CHAVES:

Ditadura Militar; Escola Pública; Centro de Ensino Médio Elefante Branco (CEMEB); Resistência; Movimento Estudantil Secundarista; Anticomunismo; Território Livre; Distrito Federal; Repressão aos professores; Jornais estudantis; Acervo Escolar.


PÁGINAS: 289
RESUMO:

O Centro de Ensino Médio Elefante Branco (CEMEB), situado em Brasília/Distrito Federal, é um símbolo de resistência do movimento estudantil secundarista no Brasil. No auge da Guerra Fria, em 1962, a escola foi pejorativamente chamada de “Elefante Vermelho”, quando foi foco de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava supostas irregularidades no Ensino Médio da capital federal. Esta pesquisa aborda as estratégias de resistência de professores e estudantes no colégio Elefante Branco antes e durante a Ditadura Militar. Busca-se compreender por que a escola foi vista como espaço perigoso para o projeto autoritário mesmo antes do golpe de 1964, além de apresentar como foram articuladas as táticas de enfrentamento da escola pública do DF nesse contexto. O trabalho se delineia por meio da historicização das fontes, a partir da análise de documentos do Arquivo Nacional, do Banco Nacional Digital (BND), do jornal Correio Braziliense, do acervo da Câmara dos Deputados (CPI de 1963), das entrevistas com ex-alunos e ex-professores realizadas pelo Museu da Educação do DF e, principalmente, do acervo escolar do CEMEB, organizado para realização desta tese. Tendo sido concebida como expoente do projeto educacional de Anísio Teixeira, a escola foi severamente impactada pela crescente repressão e anticomunismo, que culminou na CPI de 1963. A pesquisa oferece uma análise crítica sobre o legado dessas políticas de vigilância ideológica, evidenciando os desafios enfrentados por educadores e estudantes em um ambiente de repressão política anticomunista e censura antes mesmo da eclosão da ditadura militar no Brasil. Aborda-se, ainda, a gênese do movimento estudantil em Brasília, a influência de partidos de esquerda e a produção de jornais estudantis como “A Tocha”, “Elefrente”, “Boletim Informativo GECEM” e “Denúncia”, além da decretação de “território livre” pelos estudantes dentro do Elefante Branco em 1968. Por fim, a pesquisa evidencia como os estudantes engajados em movimentos de esquerda do Elefante Branco se tornaram agentes ativos contra as políticas autoritárias do governo militar. A história desse colégio não apenas enriquece o entendimento do movimento estudantil secundarista e da luta dos professores, como também contribui para a historiografia brasileira e para o entendimento global das lutas por democracia em tempos de autoritarismo.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANGELICA MULLER - UFF
Presidente - 1644442 - DANIEL BARBOSA ANDRADE DE FARIA
Externa ao Programa - 2747367 - EDLENE OLIVEIRA SILVA - nullExterna à Instituição - EVA WAISROS PEREIRA - UnB
Notícia cadastrada em: 15/07/2024 13:10
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