Banca de DEFESA: Miriam Silvestre Limeira

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Miriam Silvestre Limeira
DATA : 27/07/2022
HORA: 14:00
LOCAL: PPGHIS
TÍTULO:

Entre o épico e o cômico: O cinema brasileiro, o humor e a história


PALAVRAS-CHAVES:

Cinema Brasileiro – Teoria da História – Teoria do Riso – Teoria do Cinema – Cinema e História – Gêneros Cinematográficos – Comédia Histórica


PÁGINAS: 277
RESUMO:

Esta pesquisa teve por objetivo refletir sobre formas de narrativa da história, no caso, em filmes cômicos brasileiros realizados em diferentes épocas. Aqui, a articulação que se propõe contempla dois gêneros cinematográficos (a comédia e o filme histórico) como veículos de imagens e mensagens capazes de encarnar formas de percepção sobre a história. É possível elencar e refletir acerca de temas voltados para a História do Brasil que foram objeto de elaboração em comédias na cinematografia nacional. O conceito de gênero cinematográfico e suas diversas ramificações remetem à riqueza do que se configura por trás do modelo histórico e as possibilidades narrativas quando de sua conexão com a comédia. Quais as percepções sobre a história estão sendo veiculadas nesse formato de comédia, de farsa? O que se apresenta como objeto de riso a respeito da história no cinema brasileiro? Estas foram duas questões que a todo momento se apresentaram no decorrer da pesquisa. Todas estas minúcias detalhadas nesta teia de possibilidades nos mostram a complexidade do objeto de maneira a estabelecer relações entre a comédia, o cinema e a história com um enfoque vinculado à cinematografia brasileira. Quanto às fontes, exploram-se três filmes que subverteram as convenções do gênero histórico através da comédia e que compartilham o recurso retórico à metalinguagem para falar de história e também da produção cinematográfica brasileira à época de suas respectivas realizações: Carnaval Atlântida (1952, direção de José Carlos Burle), Ladrões de cinema (1977, direção de Fernando Coni Campos) e A primeira missa ou tristes tropeços, enganos e urucum (2014, direção de Ana Carolina Teixeira Soares). Nos três filmes, a conexão entre os elementos presentes no imaginário do público sobre a Grécia Antiga, a Inconfidência Mineira e a celebração da primeira missa no Brasil (especialmente tendo por referência o quadro de Víctor Meirelles, de 1861), é explorada. Dentre os autores que forneceram subsídios para tramar essa rede de possibilidades de percepção sobre o passado, encontram-se Hayden White, Jacques Rancière, Hannu Salmi e Robert A. Rosenstone, contribuindo para o diálogo que possa conceber a comédia cinematográfica como uma forma de pensamento histórico.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1644442 - DANIEL BARBOSA ANDRADE DE FARIA
Interno - 2544015 - MARCELO BALABAN
Externo à Instituição - ELIAS THOMÉ SALIBA - USP
Externa à Instituição - Emile Cardoso Andrade - UEG
Notícia cadastrada em: 26/07/2022 18:30
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