MODELO INSTITUCIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO BRASIL: UMA ANÁLISE DO FINANCIAMENTO PARA O AGRONEGÓCIO
Desenvolvimento Institucional Brasileiro. Financiamento. Agronegócio. Crédito Rural.
As discussões desta tese situam-se no âmbito dos debates sobre desenvolvimento do Brasil, com ênfase particular em teorias que visam elaborar estratégias próprias, mais adequadas à realidade dos países periféricos. Nisto, o financiamento para o Agronegócio é analisado sob a ótica dos pensamento latino-americano, considerado autores clássicos para o pensamento brasileiro, bem como a teoria do Capitalismo Ibérico e Institucionalismo Histórico. Diante disso, considera-se como premissa que a ação estatal é primordial para o Desenvolvimento, de modo que seja possível mensurar o impacto da ação estatal para formulação das Instituições Financeiras e, consequentemente, para o desenvolvimento do Agronegócio, dada a importância do setor, e no sentido de analisar as instituições para o rural brasileiro a partir de teorias institucionais que considerem a trajetória histórica e a necessidade de compreender como o institucionalismo histórico do Brasil moldou o Agronegócio. Dado esse contexto, tem-se por objetivo compreender o papel político e econômico do Estado brasileiro para a consolidação e atuação do atual sistema Institucional de Financiamento para o Agronegócio. A metodologia desse estudo combinou análise teórica, por meio da historiografia, com a análise de dados secundários oriundos do Banco Central do Brasil. Os resultados indicam que as instituições para o financiamento do Agronegócio são a evolução das instituições desde o Brasil Colônia e Brasil Império, oriundos do esforço do Estado em construir um financiamento para o setor que atendesse os interesses dos produtores rurais e possibilitasse o crescimento e desenvolvimento.