Depósitos IOCG e IOA da Província Mineral de Carajás: Uma abordagem desde os processos de formação do minério/depósito relacionando texturas com composições químicas e isotópicas.
IOCG, Magnetita, Mineralogia, Geoquímica, Provincia Mineral de Carajás.
Os depósitos de óxido de ferro cobre-ouro (IOCG) são caracterizados por grandes volumes de magnetita como o principal óxido de Fe, que através de texturas e geoquímica registra as origens dos fluidos formadores de minério além de posteriores eventos hidrotermais. Combinadas, evidências petrográficas e geoquímicas da magnetita dos depósitos de Jatobá e Jaguar, localizados na Provincia Mineral de Carajás, refletem uma formação no início da alteração hidrotermal alcalino-cálcica com características comparáveis à magnetita rica em sílice. Os grãos de magnetita de ambos os depósitos se formam na presença de silicatos de cálcio-magnésio com uma modelagem geoquímica >450°C, os quais também apresentam lamelas de treliça ricas em Ti (ilmenita) e inclusões sub-micrométricas. Além disso, esses grãos de magnetita são acompanhados por uma mineralogia de sulfetos ricos em Ni e preservam a mesma assinatura geoquímica desde o início da formação hidrotermal até o estágio posterior de veios de baixa temperatura, sugerindo que o minério em cada depósito pode ser atribuído à evolução de um fluido portador de Ni, porém que contém as características Ca-Fe de um sistema IOCG.